POLÍTICA E MEMÓRIA!

Professor Me. Ciro José Toaldo

 

Conforme prometido, neste artigo continuarei abordando sobre parte da infância e adolescência, vividas em Capinzal SC, especificamente na região onde nasci e fui criado, entorno do antigo ‘Frigorífico Ouro’. A memória sempre deve ser estimulada, aliás, quando posso visitar minha mãe, tenho a possibilidade de fazer voltar o filme a respeito de minha vida! Asseguro que nesta região fui feliz, pois nela degustei com intensidade o bom tempo de meninice, adolescência e juventude.

Muitas são as recordações, não há com descrever todas. O ‘Frigorífico Ouro’ foi marcante, meu falecido pai e os que residiam naquelas imediações, trabalhavam nele e viviam em função dele. Entre o apito que chamada os trabalhadores ou os berros dos porcos, ficaram as lembranças de seus ‘sons’ inesquecíveis. O apito era o relógio público, o berro dos porcos, era a certeza que os operários teriam empregos! Um dos trabalhos de meu pai era pesar aqueles animais que chegavam à indústria! Por infinitas vezes, em cima de um muro, ficava observando o minucioso anotar das cargas apontadas pelo pai. Até hoje, quando sinto o cheiro dos porcos, tenho a lembrança de seu trabalho!

Como morávamos na Rua Carmelo Zocoli e o frigorífico ficava mais abaixo, portanto havia morros íngremes, repletos de pedras, inclusive cortantes, era necessário cuidado e habilidade para descer e subir! Gostava de fazer as obrigações e de brincar com uma 'gaiota', espécie de carrinho de mão, como dos atuais pedreiros, mas aquele era especial por ter sido feito pelo meu avô materno. Quantos 'tombos' foram levados naqueles morros!

Algo marcante foi conviver com as famílias da vila operária, daquela do lado de cima do frigorífico, com várias ruas e grande quantidade de casas, como a da próxima da Fundição, chamada de vila operária da 'rua do meio’ ficava entre a Rua Ernesto Hachmann e Rua Carmelo Zocoli. Nela morava a tia Zulmira e tio Dileto (Tico), ambos falecidos. Não faz muitos dias, o Bonifácio que morou naquela rua, lembrou-me o nome de todos moradores dela. Ir à casa da tia, onde em frente havia um campinho e brincávamos - inclusive nas pilhas de tábuas da madeireira Hachmann!

Em relação ao segundo tema, relacionado ‘política’, obviamente se mencionará a ‘pandemia’, ela anda deixando-nos apavorados! No Mato Grosso do Sul (MS) as aulas estarão suspensas até dia 30 de junho! Precisamos refletir, sem defesa ou ataque a ninguém: a pandemia deve ser uma questão de saúde pública, mas não se deve esquecer-se da economia! Infelizmente o viés econômico está sendo deixado de lado! Literalmente para haver um ‘clamor’ para acabar com o país! Iremos, como gado confinado, nos curvar aos ditames de ‘alguns governadores atrelados aos planos comunistas’? Deixo essa questão no ar, pois aqui no MS, ao menos em minha cidade existe certa normalidade; obviamente todos estão se cuidando, o uso de máscara, álcool gel, os grupos de riscos resguardados... A vida segue seu fluxo! Por que não ser assim em outros lugares?

Enfim, a preocupação com a vida, atrelada ao covid-19, parece tomar outras diretrizes, elas irão trazer/trazem consequências desastrosas à nação! Não perdemos apenas para este vírus, mas, para nós mesmos, pois a politicagem, com seus absurdos e aberrações massacra muitos Estados, como exemplo, Santa Catarina. Há outro fator nesta jogada, nem mencionarei a questão da corrupção com as compras sem licitação, mas lembro da guerra velada de grandes laboratórios que tentam descartar a ‘cloroquina’; além do interesse pelo poder.

Deus nos proteja e livre da angustia e possível depressão de milhões de criaturas! Parece que não conseguimos nos desvencilhar desta maldição, sempre fazendo parte da História que do Brasil, ela se chamada de corrupção! E pasmem: em nome dela, dizem que sempre defendem o povo!

Até o próximo!