Será o ano da VW?
Publicado em 24 de fevereiro de 2010 por Evaldo Costa
Nos últimos anos tivemos algumas mudanças importantes na liderança do mercado global automobilístico. Depois da queda de GM e do mercado americano, assistimos a Toyota assumir a posição de líder no ranking dos maiores fabricantes.
Vimos nesta primeira década do novo século, a China assumir a condição de maior produtor de veículos do planeta, desbancando a soberania dos americanos. E as mudanças não ficaram por aí. Pela primeira vez, também, testemunhamos o bloco oriental, liderado por Japão, China e Coréia, assumir a liderança na produção de veículos automotores. Condição essa, que durante todo o século passado pertenceu ao bloco ocidental.
Voltando as marcas, mudanças continuam ocorrendo na parte de cima da tabela dos grandes construtores, em parte, fortalecidas por parcerias, joint venture, fusões e aquisições. Além disso, as principais marcas estão destinando volumosos investimentos nos mercados mais expressivos visando ampliação do market share.
Na última semana, durante a convenção da National Automobile Dealers Association – NADA, em Orlando, nos Estados Unidos, assisti a uma apresentação do presidente e CEO da Volkswagen, Stefan Jacoby na qual ele disse que a marca está alocando pesados investimentos no mercado Norte Americano para alcançar a meta de produzir 800 mil unidades anuais até 2018.
Os investimentos vem justamente no momento em que a Volkswagen começa a dar sinais de recuperação naquele mercado. Além do apetite da marca que, naturalmente, compete pela liderança global, ela tem a seu favor o aperto financeiro americano que parece “empurrar” os consumidores para veículos mais econômicos que é uma de suas especialidades.
A seu favor, pode contar, também, a crise da GM, os problemas enfrentados recentemente pela Toyota e Honda dando origem a gigantesco recall, com potencial de abalar a credibilidade das marcas japonesas. Nunca é demais lembrar que a Volkswagen está se preparando para competir em outros segmentos de mercado, como é o caso do badalado lançamento da Amarok. No mercado americano, está a caminho, o novo Touareg, na opção hibrida e o sucessor do Beetle.
Para atingir a sua meta de crescimento a Volkswagen foca cinco pilares: produção, organização, produtos, marca e a rede de distribuição. Isso parece já estar acontecendo, pois segundo Jacoby a marca saiu da décima sexta para a quinta posição no ranking de satisfação dos concessionários americanos com o fabricante. Para ele, ainda há espaço para melhorar de posição neste quesito, nos próximos anos.
Evaldo Costa
Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil
Escritor, consultor, conferencista e professor.
Autor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas”
Site: www.evaldocosta.com
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