Somos  unos no divisível, no solitário diante da multidão que passa.

 Poços de amor, desamor, gratidão e injustiça, desvelo, insensibilidade.

O ciclo vital, após inserido em nossos corpos, faz-se atuante, sequencial: como na atividade intensa das rodas de um trem – força, tração, resistência, frenagem = movimento, ação.

Fulgor da infância,  adolescência... maturidade.

 Maduros nos pomos a correr contra o tempo. Implacável, impagável, inexorável.

O tempo

O ser

O estar

O ter

Cenas do tempo e da vida nos tornam vivos e imortais à medida que nos entranhamos no cotidiano das pessoas que nos rodeiam de afeto.

Amores rosa, vermelhos, sangrentos, diluídos na multidão de outros amores.

Não há fuga, não há engano. Há movimento nascer, viver, amar padecer a dor de existir, o prazer de viver.

Somos tecido em expansão, sempre prontos para  formarmos nova roupagem, assumirmos nova imagem do novo-velho-novo.

Ser no espaço, no deserto, na selva. Simplesmente ser.