SENHOR SAI UMA MOEDINHA AÍ?

QUANTO SAI ESSA DOAÇÃO EM SEU CORAÇÃO E NO ORÇAMENTO!

* José Wilamy Carneiro Vasconcelos

RESUMO

Este artigo é direcionado aos inúmeros brasileiros (pedintes de maneira geral) que anda na informalidade por motivos diversos: A Desigualdade Social. O desemprego. A Informalidade. A Toxicomania. A Crise Financeira. A globalização. A Sobrevivência por um mundo melhor.

 INTRODUÇÃO

 A priori; esta é uma pesquisa que tenho observado durante os últimos anos em minha cidade, situada geograficamente na Região Nordeste, no estado do Ceará e em outra região.  O aumento freqüente e desordenado de indivíduos usando a informalidade nos logradouros, pontos de ônibus, no centro da cidade, nos bares, praças, festas, acostamentos, nos sinais e outros pontos sensíveis que aglomera a grande população.

Minha observação levou ao fato que, nascido e criado desde menino numa cidadezinha do interior e no final do Século XX, ainda predomina as cadeiras nas calçadas, os vizinhos com aquele laço de amizade que não se vê em cidade grande. Mas, as mudanças chegaram, e vieram em forma galopante para tirar o sossego dos moradores de uma singela cidade.

De uns tempos para cá, as coisas mudaram; como diziam meus avôs. Pessoas que foram embora para a “cidade grande” alguns anos atrás chegaram de volta e com uma decepção no rosto que por lá “As coisas não andam muito bem”. Para se refugiar e fugir do inesperado voltou para suas origens, e se acomodam nas casas de seus pais. Muitos já formaram famílias, com três ou mais filhos trazendo-os consigo.  

E, como sabemos o mundo está passando por grandes transformações sociais, econômicas e culturais, que aqui citei acima.

Além dos filhos nascidos oriundo da mesma localidade de onde nasceram; outros refugiam para as cidades na procura de sua sobrevivência.

As aglomerações de indivíduos se espalham por toda a cidade. O aumento de pedintes para conseguir “uma moedinha”, “um trocado” se concentram em todo lugar da cidade. Na homilia da Igreja, no estacionamento na rua, nos principais pontos de paradas de pedestres e outro tantos.  Um fato levou-me a atenção quando certo dia ao sair às pressas de meu trabalho, já atrasado, com sede, sem almoçar, pois já passava das 14h00min horas percebi na parada de ônibus, um rapaz novo, aparentemente uns 20 anos de idade pedindo um trocado para seu sustento. E a insistência superou mais de longos (vinte minutos na parada de ônibus). Nada contra o pedido do rapaz, mas o que me levou a crer foi à fundamentação forjada, descarada, sem nexo que ele fazia em seu depoimento. Entrou no ônibus sem pagar, o motorista ignorou e ele foi pedindo até o encontro de outra três  ou mais parada de ônibus.

Cada caso é um caso, sabemos que o país passa por grandes transformações. Famílias despejadas por falta de pagamento do aluguel; o desemprego, a fome, a indiferença de um irmão que tem mais e não quer partilhar com outro mais carente, deixando de lado o orgulho e fazer o ato de caridade para com o próximo.

Mas, isso tem um lado oculto, obscuro. É nesse ponto de vista que aqui escrevo para meus leitores. Na minha observação e numa pesquisa extra formal, ou seja, de minha inteira concepção observei que a grande maioria dos pedintes que estão nas ruas que lhe pede uns “trocadinhos” “uma moedinha” para seu auxilio, é para outra finalidade e fim. Digo-lhes, que primeiramente é um caso crônico que precisa ser estudado, analisado ao Poder Público em Casas de Recuperação.

Enquanto isso, a população vive amedontrada com pessoas nas ruas e muitos são agressivos, nas paradas de ônibus, nos sinais, nos estacionamento ao estacionar seu veículo, nas calçadas das lojas deitados em papelões, sem nenhum norte, pedindo uma moedinha aqui e ali, para sustentar o que lhe convier. E os indivíduos em geral passam por esse constrangimento junto com eles a tentar ajudar e encontrar uma forma mais viável para a sobrevivência e bem-estar do seu próximo.  Até quando essa pequena moedinha doada para um irmão torna-se benefício para amenizar o seu sofrimento e tirar dessa desigualdade social tão cruel.

Será que ao amenizar o sofrimento do irmão em uma doação de uns trocados naquele momento é a melhor ou maior solução no momento? REFLETIREMOS NO QUESITO!

CONCLUSÃO

Vivemos num mundo de imensa transformação social, cultural e econômico. Atualmente nossos irmãos venezuelanos passam por essa crise. Tempos atrás, o povo do Haiti, e de outrora os africanos. A Grécia com transformações econõmicas. As fronteiras estão superlotadas com refugiados. Mas, digo-lhes; primeiramente temos que suprir nossas necessidades, de nosso povo, que passa por uma das maiores crises financeiras de todos os tempos e por não dizer de processo político muito atribulado.

Nada nos impede de ajudar o próximo.  É uma questão de sobrevivência. Já faz parte da História dos Mundos. Das Grandes Civilizações, dos Povos Astecas, os africanos, os Povos Maias, o Povo do Egito Antigo. A Grécia, Mesopotâmia, Os Judeus e outros.

O artigo aqui apresentado é uma maneira de despertar a conscientização e valorização como ser humano de nosso povo para nosso povo. Na melhoria de um mundo melhor, mais igual, mais humano. Do outro lado, como seria a forma mais digna e justa em ajudá-los indiretamente terá um (real beneficio) para eles; não os tornando mais distante com essa simbólica ajuda “um buraco sem volta” aos desempregados, os toxicômanos; as crianças pedintes em altas horas que são as maiores vítimas, os indigentes e os abandonados por sua própria família em geral.