Terra, água, luz e o infinito, compõem nosso espaço.

Como deixar de apreciar a natureza, sob a luz do sol a vida se desenvolve, na escuridão da noite a paz para o descanso, ao amanhecer o orvalho propicia o brilho que a vida merece, ao anoitecer o sentimento de mais um dia vencido, se a chuva molha a terra vem a certeza de que novas vidas estão por vir.

Entender o que envolve a vida de cada ser é complexo, infindáveis são as formas de vida que compõem o universo, é simplesmente maravilhoso observar a engenhosidade que ao natural faz o ajustamento entre as mais variáveis formas de vida, garantindo o equilíbrio necessário e justo para que cada espécie continue a sua saga universal.

Cada região, cada formação geográfica em especial propicia as características necessárias para acolher e proteger a universalidade de seres.

Vaguear e observar as transformações universais, dom divino dado ao ser humano, criado com a capacidade e inteligência observadora, capaz de registrar transformações, formar os bancos de dados, explorando informações que permitem conhecer os potenciais de cada variedade existente.

Cada variedade, cada espécie tem seu ciclo limitado ao tempo, difícil compreender suas fases, como saber do seu nascer, da sobrevivência, da morte ou o fim do ciclo, mas que permite o renascer por diversas formas, sem depender da interferência humana.

O homem cria através de sua pretensa supremacia, artificialidade através de tecnologias, superficialidades perfeitas, pelas quais prova por muitas vezes a grande limitação em compreender aquilo que o dom superior e divino não nos permite compreender.

Encontros e desencontros, descobertas e redescobertas trazem a nós a sensação de sucesso elevado, sem ao menos compreender que a artificialidade não qualifica a originalidade de vidas e seres do universo. A inteligência humana pode criar, transformar e desenvolver através de tecnologias, mas é certo que a essência de ser é própria em cada espécie.

Cidadão e família, grupos sociais, raças com ou sem berço, todos presos ao mais primário dos valores,“a vida”, sem a qual nada nos é permitido, sem terra, água e ar não há vida, nadaa desfrutar.

Ao longo dos séculos vidas vieram e se foram, as raças se miscigenaram, migrações marcaram e transformaram territórios, culturas variadas se difundiram, homem branco, negro, amarelo indígena, aborígenes, esquimós e tantos outros. São incontáveis as variáveis de raças, costumes e culturas que habitam ou habitaram o planeta terra.

Cada qual construindo em torno de si para satisfazer interesses pessoais e locais, garantir e defender interesses, o ser humano, o mais “civilizado dos seres”, constrói redomas para proteger-se, arma-se para se defender e ceifar vidas. Produz força brutal a avassaladora contra si.

A primazia universal garante o sol nascente a todos, mas por muitas vezes há quem pretenda encobrir este sol, limitando e oprimindo seres, espaço e condição digna de vida. O desequilíbrio entre raças e seres permite a supremacia de uns aos outros, regras criadas artificialmente nem sempre trazem em si, garantias certas à vida.

A incompreensão do universo está estampada em estudos e pesquisas, que se ampliam a cada dia. Cientistas condecorados em suas descobertas nos trazem esperança de melhores dias, mas infelizmente a incompetência humana ao conduzir e administrar o dia a dia nos, traz insegurança, incertezas e mais que tudo a dúvida. Dúvida do dia seguinte, da sobrevivência humana no planeta terra.

O mais primário nas necessidades humanas, alimentar-se e respirar, indispensáveis à vida, é por vezes destruída pelo próprio ser humano, a demarcação territorial, a briga na busca do poder material, viver em função do capital, pode ser o primeiro passo na destruição da raça humana.

A natureza é dona de si, por mais que o homem interfira, ela se defende, respira e continua com vida plena. Quando menos se espera ela ruge e responde de forma descomunal aos olhos do homem. Terremotos, tempestades, vulcões, catástrofes que não dão chances ao ser humano. Nessa hora tenta-se avaliar as causas e consequências, por mais que estes fatos se repitam na maioria das vezes os danos causados são de dimensões indescritíveis.

O homem busca conhecer outros planetas, sem nem explicar o surgimento da nossa mãe terra. Ciência e inteligência humana tentam decifrar enigmas, mas muitas das teses apenas esvaem-se ao longo do tempo.

A supervalorização das capacidades às vezes nos põe a pensar, pois o ser humano vê em si e no outro a sua imagem e semelhança. Subestima-se a simplicidade, a sabedoria e o conhecimento dos humildes em detrimento aos conceitos mirabolantes em muitos casos não comprovados.

Nestas situações que o trem da vida descarrilha, nos põe sem rumo nem prumo, bestialmente ficamos a procura de explicações e autoconvencimento quanto aos erros primários da pretensa inteligência superiora do ser humano. As tecnologias e descobertas científicas devem contribuir à raça humana, dando-lhe desenvolvimento e crescimento.

A diversidade da inteligência humana cria milhões de conceitos e novas verdades, desenvolve-se o conhecimento artificial, através do qual o homem pode perseverar pela sua extinção, a capacidade de vida no planeta chega ao extremo limite. A sofisticação da espécie humana pode levar a uma corrida suicida, permitindo que as guerras de experiências venham a dizimar sonhos e esperanças da espécie.

Apelos e apegos ao sacro e profano, curva-se o homem aos mais escusos e estranhas razões para em nome da vida! Matar, furtar, roubar, destruir culturas e a história.