Que maravilha, a chuva que cai!

Lava-me o corpo e o lixo vai,

Levado ao longe, lavando tudo,

A chuva cai e penetra ao fundo.

Molha-me a face e me dá a vida,

Restaura o verde, cor tão querida;

Meus campos rompem até a rocha,

Refresca a face apagando tocha.

A seca brava que me impuseram,

As verdes matas que escureceram,

Tornaram cinzas pela ganância,

Chuva é verde com elegância...

Formosa chuva que hoje me rega,

Trazendo a cor que mais me alegra,

Caindo em pé, correndo deitada,

Há tanto tempo é esperada...

Da Natureza o maior presente,

Que posso ter é chuva fluente,

Da Natureza também sou parte,

Eu sou o mundo à beira do enfarte.