Em uma tarde bonita.

Em uma bela mansão.

Goethe conversando com sua namorada.

Uma linda mulher.

Viúva e intelectual.

Da  mais elevada burguesia europeia.

Johanna Schopenhauer.

A mãe de Schopenhauer.  

Goethe era considerado o Voltaire do seu tempo.

Disse a sua mulher amada.

Seu filho Artur Schopenhauer.

Será um dia reconhecido pela humanidade.

Como grande gênio.

Naturalmente a namorada imaginava apenas ser um galanteio afetivo.

Os anos passaram.

Artur um menino arredio.

Às vezes sendo expulso.

Das escolas por onde passava.

Posteriormente tendo Fichte como professor.

Entretanto, odiava seu obscurantismo filosófico.

Quando conheceu Hegel.

Ao ser publicado sua obra.

A Fenomenologia do Espírito.

Como a dialética tríade.

Entendia Hegel como charlatão.

Tese antítese e síntese, nova tese.  

Diante do quadro acadêmico.

Do seu tempo histórico.

Imagina a Filosofia se destruindo.

Foi quando revolver criar o seu próprio sistema filosófico, epistemologizado.

Um novo paradigma para fundamentar o pensamento.

A sua tese fundamental.

O mundo que vivemos e entendemos.

Consiste em uma grande ilusão.

Invertida como verdade.

 Representada  na inversão.

Fenômenos incompreensíveis devidos suas invenções propositadas ao contrário.

Pergunto disse Schopenhauer qual o sentido no mundo.

Simplesmente não existem significações

 Tudo que existem são as representações invertidas.

O estar no mundo é um engano.

Então como entender o mundo espiritualizado.

A não ser pelo caminho da subjetividade perversa.

Objetividade e particularidade são representações parciais.

Como se a realidade fosse  possível.  

A loucura de Hegel dizia Schopenhauer.

O  fenômeno representado.

Não é nem mesmo a representação.  

Mas ideologia invertida como entendimento  desejado.

Não existe verdade na compreensão.

Apenas subjetivação consensualizada.

Parcialidades somadas.

Entretanto, o desejo de obter a verdade.

É um ato falho subjetivado produto da natureza cega da vontade.

Que mundo é esse não compreensível.

A cegueira perpassa todas as coisas.

Desarticulada de qualquer objetivo.

Sendo  destituída de sua significação.

As percepções são fatos fenomenológicos enganosos.

Esta além do tempo e espaço.

Tudo que existe não possui causa.

A relação causa e efeito, um delírio dos insignificados.

O desejo da representação objetiva, nos leva a pseudo-objetividade.

Causando sofrimentos

A dor só termina com a morte.

Entretanto, pelo mundo da arte.

Atingimos a contemplação da vontade.

Que deve ser o expresso desejo.

Das renúncias ideológicas.

No entanto tudo em parte é falsificação.

Significando, portanto, uma  recusa epistemológica.

Professor:  Edjar Dias de Vasconcelos.