Saúde na Idade Média
Publicado em 17 de outubro de 2019 por Thiago de Faria Paiva
Thiago de Faria Paiva
Discente do Curso de Educação Física Bacharelado do Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO
“ Mens Sana in Corpore Sano”. Aproximadamente todos já ouviram essa expressão de origem romana que significa “Uma mente sã, em um corpo sadio” e rapidamente identifica como um encorajamento à necessidade de se cultivar, simultaneamente o intelecto e o físico. Trata-se, na verdade, de um verso do ilustre poeta romano Juvenal, que integra a boa saúde física e mental como uma das bênçãos que se deve clamar aos deuses, preferivelmente a uma vida extensa, mas sem virtude.
Primeiramente durante o tempo que era apenas uma Cidade-Estado que se estendia pela Itália e pelo Mediterrâneo Ocidental, no período republicano, a realização de esporte em Roma era considerada apenas como modo de treinamento militar para os jovens cidadãos. Existia um espaço na cidade, o Campo de Marte, no qual eram feitas as manobras das legiões em que os jovens podiam se exercitar no arco, na equitação e na esgrima, entre outras atividades. No entanto, naquele tempo, o esporte por esporte não integrava na formação da criança e do jovem romano, ao oposto do que ocorria nas cidades-estado gregas.
Seu trajeto vem ao longo do tempo transitando por inúmeros estágios, desde a Pré-História com a prática da atividade física. Encontra-se na Antiguidade, tendo como essenciais referências Grécia e Roma.
Na Idade Média torna-se uma idade tenebrosa da Educação Física. Inicia-se a fundamentação da Idade Moderna e acentua-se na Idade Contemporânea.
A transformação das eras que a humanidade passou, fez com que os exercícios físicos tomassem rumos diferentes, diversificados e influenciados pela cultura sócio filosófica de cada era e, logo repercutindo em pensamentos modernos sobre a Educação Física.
Ao decorrer do tempo, essas alterações tornam-se cada vez mais presentes e com a criação da máquina, acompanhado de seu aprimoramento o homem começa se tornar cada vez mais prisioneiro do trabalho e como seguimento nasce à necessidade de lazer, por intermédio de atividades físicas de personalidade natural, médico, musical, psicomotriz e desportivo e essencialmente na visão pedagógica.
Surge no Brasil a Educação Física no período da colonização e é influenciado por inúmeras fases, desde a Idade Moderna até os dias atuais, que frisaram seu caminho na história, especialmente na época da ditadura que permaneceu por muitos anos.
Um pequeno número de processos foram importantes para a mudança das concepções tradicionais, em nosso país, tornando-se hoje, numa nova veracidade da disciplina. Com o desenvolvimento continuo do ser humano, surge a Educação Física dos dias de hoje.
A história da Educação Física no Brasil está atada desde a colonização do nosso território. Os seus principais habitantes, os índios foram os essenciais percursores das atividades físicas.
Essa Atividade física era de caráter natural, semelhante das civilizações primitivas e tinham como o principal fator a sobrevivência.
Institivamente, os índios conheciam as qualidades de um corpo forte e sadio continuariam a luta pela sobrevivência e da espécie.
As atividades físicas indígenas estavam coerentes à caça e pesca, canoagem, natação, arco e flecha e a corrida.
Essas populações do Brasil que levam uma vida natural eram ótimos corredores, caçadores e valentes guerreiros e foram sublimados em inúmeras poesias e prosas, por vários autores brasileiros.
Os índios brasileiros praticavam também a dança, um ritual religioso que ocorria nas cerimônias comemorativas e ofereciam como recreação, após um dia fatigado.
A população arruinada de Portugal veio para o território brasileiro, para o processo de colonização, recebendo um pedaço de terra e transformando-se em fazendeiro, as chamadas Capitanias Hereditárias.
Com a vinda da Companhia de Jesus em 1.549, os padres Jesuítas eram opostos à escravidão indígena e assim iniciou a fase da catequização.
Os padres eram encarregados da educação dos filhos da nobreza e dos curumins, que aprendiam a ler e eram educados para a religião cristã.
As crianças indígenas estudavam somente pela manhã. No período da tarde era destinado para as atividades de sobrevivência como a pesca e a caça. A educação dos filhos dos nobres era fundamentada no Latim, filosofia, teologia e a retórica (arte de discursas em público), organização feita para frequentarem a Universidade de Coimbra, no tempo em que os curumins estudavam de 1ª a 4ª série.
As aulas eram separadas pela manhã e tarde. Nesse período, os alunos participavam de brincadeiras e jogos com o acompanhamento dos professores jesuítas e assim nasce às primeiras aulas de Educação Física na história, desde o descobrimento do Brasil.
O Estado, representado pelo Rei introduziu normas para a educação. O ensino primário se atentava com a ortografia, língua e em especial com normas de civilidade. Foram elaboradas aulas de comércio para construir comerciantes aptos e, portanto, colaborarem com o desenvolvimento do país (contabilidade, caligrafia e língua).
Com a expansão da população operária no território foi agregado à necessidade de um tempo livre, após o trabalho, para a diversão que estava relativa com as atividades lúdicas para o entretenimento e recreação, composto por jogos e brincadeiras.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MONTEIRO, Salete. 11 fevereiro 2014. História da Educação Física e da Educação Física no Brasil. Disponível em:< http://www.webartigos.com/artigos/historia-da-educacao-fisica-e-da-educacao-fisica-no-brasil/118547/> Acesso em 09 Março 2017.