O dia a dia de repente foi alterado. A correria, falta de tempo, afastamento dos entes queridos, viagens, casamentos, festas e sonhos de uma hora para outra foram interrompidos por medida de proteção em razão da pandemia de coronavírus. Além dessas frustrações, o excesso de informações, principalmente nas redes sociais, tem provocado reações psicológicas negativas nas pessoas.

É normal que em momento de crise aquelas pessoas que não apresentam problemas de saúde mental comecem a ter alteração no sono, ficar mais irritadas e ter dificuldade de concentração. Já quem tem histórico de ansiedade, depressão, pânico e transtorno obsessivo-compulsivo poderá ter seus sintomas potencializados.

Ficar dentro de casa influencia na qualidade de vida das pessoas, pois terão que aprender a ficar consigo mesmas e isso lhes dá medo, porque o nosso maior desconhecido somos nós mesmos. Será necessário conhecer-se e desfrutar da sua própria companhia. É importante que a pessoa viva um dia de cada vez. É preciso ter cuidado com a paranoia que toma conta dos pensamentos de forma irracional e paralisa o indivíduo, gerando o sentimento de impotência, medo e insegurança, desencadeando a ansiedade.

Queixar-se não adianta, só prejudica a saúde mental e contribui para baixar a imunidade que se transforma em uma porta para entrada de qualquer vírus. Alimente-se de bons pensamentos, organize sua nova rotina. Escute músicas, leia bons livros, ligue para as pessoas que você gosta, assista a filmes, faça trabalhos manuais, medite, ore, procure manter sua mente ocupada com coisas boas para diminuir a ansiedade.

Chegou o momento de dar novo significado a vida e rever valores. O olhar que cada um terá para esse momento de isolamento é subjetivo.  Para uns, pode ser um momento de tristeza e sofrimento, enquanto outros perceberão como uma oportunidade de parar, olhar para sua vida, refletir e encontrar meios para fazer diferente daqui para frente, se tornando um ser melhor.