Sarra Marroquino, sarauí ou Saraniano

Por Lahcen EL MOUTAQI | 05/03/2020 | Sociedade

A maioria das publicações sobre o Saara marroauino tende a uma posição com a perspectiva de evoluir no tempo, uma situação a mais que estagnante, relativo a um território, de fato, cujo o status pós-colonial se definiu, quando o Marrocos tinha organizado a marcha verde visando incorporar este território, até então sob o domínio espanho.  

Como se presume na obra, ( Diário de um acampamento saharaui). O grito das pedras, de Jean-François Debargue. Sem escapar-se da tendência do engajamento. A intenção é de criticar a vida nos campos dos refugiados no território argelino, perante à proposta dos saarauis.

Como se disse, o criador das ovelhas na região de Auge,  o morador no sítio da Hamada de Tindouf, isso envolve uma missão do desenvolvimento agrícola em diferentes domínios. Para isso é necessário juntar informações sobre as condições de vida dos refugiados, os vínculos mantidos com países estrangeiros, sobretudo a ajuda humanitária.

Anotando os retratos dos entrelaçados sararauis, cenas da vida, descrições de paisagens, considerações filosóficas e reflexões sobre o conflito no Saara Ocidental.

Estas Cenas do relato revelam a situação da greve de fome, cada vez mais obra dos manipuladores e traidores, face a uma realidade difícil que não permite o conformismo.

O sarauí em geral, segundo nossas leituras, acostuma a convivir com situações e ritmos contrastantes da política do ímpeto. Sendo algo da dúcida parte das histórias coloniais. Criticando este conflito ameaçador, em poucas linhas referendo a situação do Saara Ocidental, ela lembra a razão de ser e de existir, amplamente mal interrogada ou negligenciada pelo desacordo das partes.

Por quase 45 anos, umas centenas dos saarauis se repetem nos campos da Argélia, a poucos quilômetros da fronteira com Marrocos, tratando as vezes de uma porção inóspita do deserto sarauí.

Quando os espanhóis se retiraram da colônia saariana em 1975, assinaram os "Acordos de Madri" com o Marrocos e Mauritânia, dividindo este território. Tais acordos não foi definitivamente levado as resoluções da ONU e nem respeita o território. As forças marroquinas e mauritanas acordaram sobre o Saara Ocidental, diante de uma resistência atroce, por parte da bandeira da Frente Polisario, que se pretende ser a Frente de Libertação, antes suas armas foram contra os colonizadores espanhóis.

Essa resistência acaba sendo combatida, com a ajuda de tanques e bombardeiros, causando a fuga dos combatentes e de muitos civis para o leste do saara. Dos quais estudantes sarauís que receberam o asilo dno território argelino, outro lado da fronteira.

Durante 16 anos, o Saara ocidental parece o palco de confrontos de guerreiros, dos combatentes da Frente Polisario e do exército marroquino, cuja Mauritânia se retirou deste conflito em 1979.

Nesta época da Guerra Fria, os dois lados se comportam de forma diferente, levados ora pelos blocos do leste e ora do oeste. Em 1991, um acordo de cessar-fogo foi assinado sob a proposta das Nações Unidas. Tal missão de paz mandatada no Saara Ocidental visa a organizar um referendo. O que é repetidamente adiado, os saharauis não constituem um registro legítimo do direito capaz de ser aplicável no quadro do plano de autodeterminação.

Ultimamente, o Marrocos propõe uma nova via para resolver este conflito, a favor da antiga colônia espanhola, isso é através de um plano de autônoma, sob a soberania do Reino Cherifiano.

Chamando a atenção sobre a questão do saara marroquino, os refugiados saarauis na Argélia, um povo esquecido da história e do direito de it e ver no espaço recuperado do território espanhol. Deixados acampados pelo outro lado de um muro construído para proteger contra trafico de drogas e terrorismo, a espera de uma saída deste conflito territorial, objeto do pragmatismo econômico e política internacional.

Criticando as considerações históricas ou geopolíticas, os acordos latentes são limitados a buscar os direitos humanos, a resolver algo da vida cotidiana nos campos do calor avassalador, racionamento de alimentos,  face ás doenças crônicas e a inação dos jovens e ativistas, sem força do mundo fragmentado pelo estranho que se deixa dormir enquanto estar mantido cansado.

A pergunta é como imaginar os campos do refugiados na Argélia, a gestão, a organização ou a implantação ?. Um relato preciso do alojamento formado por um entrelaçamento de tendas e de pequenos tijolos de barro, mantidas nos pontos cardeais, de acordo com uma geometria desenhada com uma linha de giz.

Por outro lado é imporante citar algumas histórias, a reversão de projetos emanados das organizações internacionais, a “Fundação Gaddafi”), estagnada por décadas cuja ajuda é de emergência, devido à incapacidade de manter programas de desenvolvimento. É neste contexto em particular que, ao longo desta época, interroga-se, sobre o significado dos campos e do aspecto irrisório da missão humanitaria: preocupadando a colocar os jardins pedagógicos junto aos indivíduos com ethos nômades. Além dos pastores de animais, caçadores, guerreiros e caravanas,  referentes aos saharauis denegrindo tudo o que se relaciona com o trabalho da terra, atividade reservada a grupos de tradição sedentária, sem condições de defender uma questão de soberania. Enquanto as motobombas rendem suas almas, ganhar a guerra proclamada sem hora prejudica o estado e o espírito de existir, no sentido de cavar, varrer e suavizar algumas parcelas dos aspectros imaginados.

Muitas críticas do mundo esquecido dos saranianos, origem das expedições estrangeiras, sob as reuniões relâmpagos dos pretendidos ser os separatistas de uma causa perdida, dos manipuladores e exploradores dos sofrimentos do povo desenraizado, bem como dos membros das famílias saarauis, aquelas que foram separadas de seus entes, por mais de 45 anos. Provocando as extremistas religiosos, homens e infelizes dos campos convertidos após longas estadias na Europa e na America latina.

De um país ao outro, as críticas ás descrições das paisagens e da consignação dos gestos humanos constituem as fatias secas de carne, dos sacrificados dos galhos e das acácias ou das materiais de tecer cordas de tendas.

Tudo isso faz parte dessas descrições que poucos que se preocuparam com as pequenas coisas dos desertados, sobretudo do regime da Frente polisário, que nada pode se resolver a não ser por uma imensidão inegualável à questão de subrevivência, as críticas do próximo ao das contas das viagens pelo Saara.

 Constituem últimos estilos de uma experiência sobre o saara, capaz de gerir as evocações poéticas e espirituais do biduino. Aquele que tem  referências citadas no estilo literário ou no religioso. (Foucauld, Clézio, Char, Saint Exupéry, Jean XXIII, Luc ...etc.

Acompanha a a continuação desta crónica, na outra semana;

Lahcen EL MOUTAQI, pesquisador universitário