O Presidente russo, Vladimir Putin traz o seu apoio ao rei Mohammed VI de Marrocos sobre a espinhosa questão do Sara Ocidental  no momento em que o reino enfrenta fortes tensões por parte da ONU. A Rússia tomou conta da posição de Marrocos  num comunicado conjunto de dois líderes após a última reunião no Kremlin no ínico do mês de abril 2016.

 Rússia e Marrocos não apoiam nenhuma  tentativa de acelerar ou de precipitar o prosseguimento do processo político, afirmaram os dois líderes neste comunicado conjunto, referindo-se ás próximas resoluções do Conselho da Segurança. 

 O chanceler russo, Sergei Lavrov, por seu lado, destacou em uma entrevista coletiva que a ONU deve continuar a desempenhar um papel construtivo, apesar do mal-entendido registrado por Marrocos contro o Srectário Geral da ONU, Ban-Kimoon na margem última visita ao campos de Tindouf, sudeste da Argélia em março 2016, posicionando contra Marrocos sobre o dossiê do saara marroquino.

 Trata-se de um velho problema que mobilizou o Rei de Marrocos a buscar apoio dos membros permanentes do Conselho da Segurança da ONU para uma solução definitiva com base no plano de autonomia, apresentado em 2007.

 Esta visitas do rei de Marrocos  para Arabia Saúdita  em 20/04/2016 foi também para reforçar a estratégia junto ao Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo Pérsico e garantir ao mesmo tempo parceiros políticos, econômicos capazers de investir nas províncias do sul de Marrocos.

 A questão do Saara Ocidental levou Marrocos a tomar decisões depois das  declarações do Ban-Ki-moon e do conteúdo do seu relatório anual 2016, considerado pela classe política marroquina tendencioso e a favor da Frente separatista do Polisario. Ao inves de procurar intensificar as negociações  entre as partes preferiu provocar tensão entre as partes numa situação de provocação no sentido de voltar a levantar as armas.

 Saara Ocidental é uma antiga colónia espanhola incorporada por Marrocos, através da “Marcha Verde” em 1975, mas reivindicado por separatistas (Polisário). Rabat oferece uma ampla autonomia sob a sua soberania para o vasto território de menos de um milhão de habitantes, enquanto que a Polisário, apoiada pela Argélia, reclama um referendo de autodeterminação.

 Lahcen EL MOUTAQI