AMOSAMUR – ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE SANTA MARIA DO URUARÁ E REGIÃO – C.N.P.J./M.F. DE Nº 23.042.104/0001-64.

 

 

 

 

 

 

Professor Sydney Pinto dos Santos (Organizador)

 

 

 

 

RELATÓRIO ACERCA DO ESTUDOSÓCIO-ECONÔMICO DA REGIÃO DO URUARÁ – PRAINHA – PARÁ 2015 -2016

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SANTA MARIA DO URUARÁ - PRAINHA PARÁ

2015-2016

 

Colaboradores:

 

Coordenação do Setor de terras Local (Moacir Viegas Malaquias)

Coordenador do ADEPARÁ (Acrísio de Melo e Silva)

Diretores de Escolas (Elinelma Castilho de Morais e Regina Maria Pereira Marques)

Agente de Tributos (Francisco Esquerdo)

Coordenador do Matadouro Local (Benedito Silva)

Representante do Comércio em Santa Maria (Vanuza Miranda)

Associação de Moradores do Beira- Rio (Aroldo da Silva Borges)

Liderança Santa Cruz (Raimundo Eulálio

Associação da Terra Preta (Paulo Alvarenga Esquerdo)

Comunidade de Igarapé - Açu (Escola Diogo Moraes Braga e Sr. Djalma Meireles)

Comunidade de Porto Franco (Professora Kátia Mágno)

Comunidade São Paulo (Escola Bernardina Ferreira Gomes)

Comunidade São Raimundo (Professora Luzimar Barroso)

Comunidade Caraxíó (Martinha Pinto de Almeida e Austro

Unidade Básica de Saúde (Carmerindo Câmara dos Santos)

Igrejas Evangélicas (Pastores Elias, Josafá, Beneilson, Falcão)

Igreja Católica (Edegar Pires Miranda e Every Lucas Fernandes)

Clubes (Manoel da Cruz Viégas, Teixeira e Mauro Pacheco)

Ensino Médio (Rosângela da Silva Pereira)

Indústrias Madeireiras (Abimael Cunha e Antônio Sobrinho)

Atividade Pesqueira ( Capatazia Z-31)

Agropecuária ( Manoel Castro Alvarenga)

Agricultura (Emater do Município)

Transportes (Lourenço Diniz e João Alvarenga)

AMOSAMUR ( Diretoria da Associação)

POLÍCIA MILITAR (Comandante Sgt Edgar)

Estaleiros (Antônio Ferreira Gomes - Tuíca)

 

RESUMO

Este trabalho tem como principal finalidade destacar as atividades, campos de atuação da população local, setores produtivos locais, fontes de rendas, e os avanços que ora de destacaram nos últimos tempos na Vila de Santa Maria do Uruará, suas comunidades adjacentes, na Região do Uruará em si, e na própria margem direita do Município de Prainha - Pará; assim como mostrar os principais ramos que fortalece a economia local, como os transportes, o comércio, a atividade madeireira, a pesca e outras que se mostram presentes no dia a dia da população local, e que, com isso possibilitam a geração de renda,m emprego, trabalho e recursos circulantes na referida vila. Fazendo com que a população local se vejam como agente transformador direto do progresso, desenvolvimento e do fortalecimento socioeconômico desta tão expressiva vila e região do Uruará. Procura, também, enfatizar, e demonstrar os caminhos viáveis a serem seguidos dentro de um processo modificar, naquilo que concerne à implantação dos serviços públicos primordiais ao cidadão. Assim como implementar a construções de postos na Vila de Santa Maria do Uruará, dos serviços básicos, os quais vem atender a grande demanda da margem direita do município de Prainha, como também das populações de outros núcleos urbanos como Itamucuri, Vila de Cuçari, Distrito de Pacoval e outros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SIGLAS E ABREVIATURAS

 

ADEPARÁ - AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARÁ

AMOSAMUR - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE SANTA MARIA DO URUARÁ E REGIÃO

CELPA - CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ

COSANPA - COPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ

EJA - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

EMATER - EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL

IBAMA - INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATUARAIS RENOVÁVEIS

ICMBIO - INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

INCRA - INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA

ITERPA - INSTITUTO DE TERRAS DO ESTADO DO PARÁ

PPD - POSTO DE POLICIAMENTO DESTACADO

SAGRE - SECRETARIA DA AGRICULTURA E GESTÃO DE RECURSOS ECONÔMICOS

SEDUC - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ

SENAT - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE

SEMA - SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE (ESTADUAL E MUNICIPAL)

UBS - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

UFOPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ

URE - UNIDADE REGIONAL DE ENSINO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RELATÓRIO ACERCA DO ESTUDOSÓCIO-ECONÔMICO DA VILA DE SANTA MARIA DO URUARÁ E REGIÃO DO URUARÁ – PRAINHA – PARÁ 2015 -2016

Professor Sydney Pinto dos Santos (org.)

 

APRESENTAÇÃO

O desenvolvimento social e econômico de uma região, cidade, vila ou comunidade, depende exclusivamente da supressão das necessidades básicas da população, assim como, também, perceber quais aspectos são relevantes para que o sujeito esteja sempre em consonância das propostas futuras relacionadas ao progresso e desenvoltura das diferentes atividades desenvolvidas cotidianamente pelos cidadãos, seja, eles produtores, co-produtores e/ou consumidores, o que promove esta inter-relação e interação social mais aprofundada no sentido restrito da cidadania, bem-estar e evolução da sociedades e daqueles que nela convivem: os cidadãos.

Portanto, este estudo socioeconômico tem por base o estudo dos aspectos e fatores que atualmente interferem positivamente no seio da população da Vila de Santa Maria do Uruará, das comunidades adjacentes a esta e da própria Região do Uruará. Quando pode-se perceber que as atividades que são promovidas diariamente fazer uma inter-conexão com o mercado consumidor local, assim, como, em algumas situações, aproximar estas relações comerciais e sociais com outros núcleos urbanos ou mesmo municípios da Região Oeste do Pará e de outros estados, como é o caso da exportação do pescado local para centros como Santana e Macapá no estado do Amapá.

Sabido que este dinamismo, apesar de suas causas cruciais expressam também consequências muitas vezes amargas e até irreversíveis, como é o caso da exploração desenfreada da floresta e da poluição do rio. Onde a primeira, além de acabar com a floresta nativa na região, possibilita a ocupação desordenada do espaço, assim como a eliminação das espécies da fauna. No segundo caso, sãos as espécies aquáticas que aos poucos vão sofrendo os impactos causados pela ação direta e indiretamente do homem.

 

 

 

 

 

JUSTIFICATIVA

O município de Prainha – Pará, em seus aspectos atuais conta com um processo em expressivo desenvolvimento, seja ele no campo econômico, no social, no político e infraestrutural, pois para que isso fosse possível, houvera vários fatores que desde o ano de 2010, quando o município esteve entre os piores municípios em desenvolvimento (PORTAL DAS CIDADES, 2010), contribuíram para que este quadro fosse mudando gradativamente. Pois parceiros de órgãos políticos, administrativos, empresários locais e de outras regiões, assim como a implantação, manutenção de políticas de governo e sociais fizeram que a economia, a geração de renda e trabalho tomasse uma nova dimensão. Uma dimensão na qual os cidadãos pudessem se sentir elementos participativos de uma política social de mudança. No entanto, consideramos isto ainda muito elementar tendo em vista que os serviços públicos ainda estão aquém daqueles que a população espera: um atendimento capaz de suprir em curto espaço de tempo e espaço, suas necessidades básicas, como: pagamento de taxas e tributos, recebimento de vencimentos, envio e recebimento de encomendas, envio postais, recebimento de benefícios e pensões, saques, empréstimos, abertura de contas, depósitos, transferências de numerários e outros. Inclusive quando se fala de um município que tem dimensões expressivas, sendo cortado pelo maior rio do mundo, o Amazonas. Assim dificultando ainda mais o trafego de pessoas de um lugar para o outro. E, também quando não conta com uma instituição bancária, no caso uma agência, para facilitar ainda mais os serviços oras descritos anteriormente. O que faz com que os munícipes, tanto da margem direita com o da margem esquerda deste município de Prainha, se desloquem para outros municípios como Santarém, Almeirim e Monte Alegre no sentido de suprir as necessidades diversas que ora se apresentam no cotidiano da população local. O que pode implicar em algumas situações expressamente constrangedoras como: enfrentamento de filas, sistema bancário inoperacional, falta de numerários, perdas de dias uteis nos locais de trabalho; “atrapalhamento” de suas funções vitais nas repartições do município, tempo que se leva para executar tais serviços; sendo o pior de todos, o constrangimento por não poder sacar a quantia de numerário devido, por causa do limite imposto; a sua segurança no trajeto, assim como o transtorno no seu bem-estar.

Diante do expresso aqui seria de grande relevância e envergadura para o município e os grandes centros urbanos existentes no município (Santa Maria do Uruará, Pacoval e Boa Vista do Cuçari) e para as comunidades menores, a implantação de serviços e o melhoramento de outros no sentido de permitir a conveniência entre a necessidade e o bem-estar do cidadão, assim como permitir que os serviços diversos fossem executados dentro do próprio espaço territorial do município, evitando o desgaste físico, as adversidades diversas, assim como possibilitar a circulação contínua de dividendos. Sendo que os serviços que se fazem necessários tanto na sede, como nestes núcleos urbanos são: saneamento básico (COSANPA), bancário (BANCO DO BRASIL e CAIXA ECONÔMICA FEDERAL), de assistência à agricultura   e a pecuária (SAGRI, EMATER, ADEPARÁ), de correspondência e pagamento de taxas (CORRREIOS), de segurança (POL. CIVIL  e POL. MILITAR), civis (CARTÓRIO e  CARTÓRIO ELEITORAL), de estudos etnográficos e de educação (UFOPA, UREs e SEDUC), de distribuição de energia elétrica (CELPA), de comércio (SEST/SENAT e SENAC), de aforamento, registro e demarcação de terras (ITERPA, SETOR DE TERRA MUNICIPAL, INCRA) e outros que se fazem necessários à conduta de uma política de cidadania, desenvolvimento, planejamento e progresso na margem direita do Município de Prainha, em espacial à Região do Uruará (Santa Maria do Uruará).

OBJETIVOS

Geral: Implantar postos de atendimento dos principais serviços públicos no núcleo urbano (Santa Maria do Uruará), promovendo desta forma atender à população das comunidades adjacentes a esta e também de outros núcleos urbanos como Itamucuri, Pacoval e Boa Vista do Cuçari.

Específicos:

Permitir a conveniência dos serviços públicos entre a necessidade e o bem-estar do cidadão; assim como permitir que os serviços diversos sejam executados dentro do próprio espaço territorial do município (Região do Uruará), evitando o desgaste físico, as adversidades diversas aos comunitários; assim como possibilitar a circulação contínua de dividendos ou recursos financeiros na Vila de Santa Maria do Uruará e comunidades adjacentes. Como ampliar a compra e venda de serviços, e de outras atividades comerciais.

HISTORICIDADE, ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS DA ÁREA A SER ATENDIDA

VILA DE SANTA MARIA DO URUARÁ

Núcleo urbano situado à margem esquerda do Rio Pará do Uruará, Município de Prainha – Pará, conta com uma dinâmica comercial, social, cultural, econômica, bastante diversificada; quando os seus mais de 7.500 moradores ( (DADOS AMOSAMUR, ENSINO MEDIO E IC –SMMD) exercem variadas funções de acordo com a necessidades de cada um, e agrupando em campos diversificados de apenas um aspecto socioeconômico. Possibilitando desta forma uma flexibilidade na vida cotidiana do cidadão e dos co-cidadãos que neste “núcleo urbano” (LEI ORGÂNICA MUNICIPAL DE Nº 001/2006) habitam. O que permite uma transformação cultural diversificada de costumes, ações, comportamentos e proposições (CARVALHO, 2005).

Nesta perspectiva acredita-se que, a Vila de Santa Maria do Uruará, através de sua historicidade e estudos feitos anteriores (DOS SANTOS; PINTO; FERREIRA, 2010) foi se modificando gradativamente de acordo com os interesses e necessidades básicas de cada cidadão, grupo de cidadãos e das atividades ora que se desencadeiam pelos anos que prosseguem.

Na atualidade a Vila de Santa Maria do Uruará, possui no sentido Norte/Sul 18 ruas, as quais tem 14 metros de largura; assim como no sentido Leste/Oeste contém 12 ruas, as quais possuem a mesma dimensão em suas larguras; totalizando 30 ruas. Assim, a vila possui 9 ruas asfaltadas, não na sua totalidade, mas perfazendo um total de 3,5 km de pavimento asfáltico, o que possibilitou uma melhor mobilidade aos transeuntes, assim como de veículos e outros.

GEOGRAFIA E HISTORICIDADE DA VILA DE SANTA MARIA DO URUARÁ

Como anteriormente foi falado, a Vila de Santa Maria do Uruará, está situada na margem esquerda do Rio Pará do Uruará, o qual nasce há 60 km desta vila, e que desemboca no Rio Amazonas nas proximidades da sede do município. Permitindo um vasto espaço navegável, feito por lanchas, canoas, barcos, balsas, botes, embarcações de cabotagem. Assim como permitindo um espaço de extrativismo da vida aquática na região do Uruará, no que concerne ás mais diferentes espécies de peixes e outros, como crustáceos, no caso o camarão.

Desta forma, o espaço urbano deste núcleo urbano, tem uma área especifica de 2 km de largura por 3,4 km de comprimento segundo elaboração, estudo, análise e especificação do ITERPA (2015), o que possibilitou melhorias no entendimento da gleba territorial da própria vila com seus domínios urbanos, espaciais e de planejamento urbano.

No espaço planejado atual a vila de Santa Maria do Uruará (2014 – 2015) conta atualmente com 10 travessas (ruas que estão no sentido de Norte a Sul, especificamente da margem do Rio Uruará em direção a área de terra firme, quando esta última é constituída de uma flora bastante diversificada, constituída de inúmeras espécies, como itaúba, ipê (amarelo e roxo), cedrorana, pau-d’arco, e outras; possuindo até o dado momento 18 ruas, as quais se direcionam no sentido leste oeste; quando no sentido leste as ruas também se direcionam para o Rio Pará do Uruará, devido a sua grande curvatura em um trecho em mais de 90 graus, o que impedirá que futuramente seu crescimento não se permita para Leste.

FIGURA 01: IMAGEM AÉREA DA VISTA PARCIAL DA VILA DE SANTA MARIA DO URUARÁ

FONTE: DOMÍNIO PUBLICO - 2012

No entanto, no que diz respeito ao crescimento contínuo da vila, o mesmo necessita de uma possibilidade e sensibilidade daqueles que possuem áreas ás margens daquela que já está habitada, mas que se tem facilitada, através do diálogo estabelecido entre a AMOSAMUR -  ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE SANTA MARIA DO URUARÁ E REGIÃO, Poder Público e o Setor de Terras deste.

Lembrando que, à margem para a qual a vila faz “frente” permite a atracação de embarcações, sua estadia, assim como carga e descarga de mercadorias, embarque e desembarque de passageiros, o que muitas vezes é facilitado pela cheia e vazante do “inverno e verão amazônico”, dando um grande dinâmica e flexibilidade neste contexto das atividades implicadas pelas embarcações de cabotagem. Sendo que, nas proximidades existem outros portos que facilitam o embarque de objetos (tijolos, mercadorias, tábuas, máquinas pesadas, caminhões, carros, animais de grande porte, assim como das toras de madeiras e da madeira beneficiada.)

FIGURA: 02: VISTA PARCIAL DE SANTA MARIA DO URUARÁ E RIO PARÁ DO URUARÁ

FONTE: Arquivo Pessoal - 2014

O embarque de madeiras tanto em toras como também aquelas beneficiadas são feitas em embarcações (balsas) que variam muito em seus tamanhos, podendo atingir até mais de 50 metros de comprimento, as quais tem provocando três tipos de transtornos à navegação e ao ambiente: derrubada das matas ciliares das margens do Rio Pará do Uruará, assim como da vegetação nativa do rio (aguapés, murerus, apés, gramíneas aquáticas, vitória-régia, e outras); transformação da água do rio em um aspecto turva, afugentando algumas espécies nativas do rio (aracus, acarás, tucunarés, branquinhas, jutuaranas, etc.,  e possibilitando o aparecimento de outras, com o grande número de piranhas, o que afugentou algumas atividades exercidas pelos comunitários, como o banho de rio e a natação; o “impedimento” da circulação das embarcações de médio e pequenos portes, tendo em vista que o posicionamento (de atravessado) no rio, diminui o espaço de trânsito de canoas movidas a motor-rabeta, barcos, e lanchas.

Além desses transtornos, ainda pode-se observar a grande quantidade de lixo despejado no leito do Rio Pará do Uruará, feito pelas embarcações que transitam entre o trecho Santa Maria - Prainha- Santarém, tornando-o muitas vezes mais um depósito de dejetos de que um meio ambiente aquático com suas diversidades da flora e da fauna (SEMA – PRAINHA 2014).

Assim sendo, o período histórico de Santa Maria do Uruará desde os anos de 2010, quando começou a se localizar os primeiros habitantes, perfazem vários períodos de desenvolvimentos, que teve sua culminância na década de 80-90, quando foram feitas o planejamento urbano da vila, proporcionando com isso a estruturação espacial que até os dias atuais se faz presente. Tendo a responsabilidade de manter este planejamento contínuo, dentro das medidas e dimensões anteriormente estabelecidas, a associação de Moradores de Santa Maria do Uruará e Região – AMOSAMUR; o Setor de Terras e Tributos do Município e o próprio Poder Público. O que proporciona aos próprios moradores condições viáveis de deslocamento, acessibilidade e mobilidade pública-urbana, tanto de pedestres, animais e veículos.

Atualmente a Vila de Santa Maria do Uruará, conta com mais de 150 ambientes comerciais, os quais estão desenvolvendo diferentes atividades e setores que vai desde o comércio varejista à drogarias, peças automotivas de reposição e consertos a manutenção de veículos; artigos de armarinhos a alimentação, assim como outros produtos de confecções, calçados. Por outro lado temos a pequena indústria centrada na produção de tijolos, móveis (movelaria e marcenaria), serraria (beneficiamento de madeiras); estaleiros (construção naval); estâncias (distribuição de madeira na construção civil local); matadouro (abate de carne ao consumo local).

No que diz respeito ao transporte, os mais presentes são os do meio aquático e o terrestre; quando o aquático conta com três embarcações que fazem o trajeto Santa Maria – Prainha – Santarém; assim contando com três lanchas, com capacidade para 50 passageiros, as quais diariamente fazem a conexão entre o porto de Santa Maria do Uruará com outros portos de Prainha, Monte Alegre e Santarém. Permitindo com isso a diminuição do tempo no percurso, assim como maior comodidade e eficiência no serviço, proporcionando a resolução de ações em tempo recorde.

Já em referência ao transporte terrestre, conta-se atualmente com uma empresa com 4 (quatro) ônibus, os quais todos os dias fazem o trajeto entre Santa Maria do Uruará e a cidade de Santarém, em curto espaço de tempo, já que a abertura da PA- 372, que liga Santa Maria do Uruará à PA- 370, possibilitou este dinamismo entre estes dois municípios pela margem esquerda do Rio Amazonas. O que não só facilitou o intercâmbio comercial, mas de passageiros e mercadorias entre os vários núcleos urbanos à sua margem.

Ainda sobre a PA-372, a mesma possibilitou a entrada no município de caminhões-frigoríficos, os quais fazem a conservação do pescado obtido na Região de Lagos (Camapu, Itamucuri e Cucari), transportando grandes quantidades das mais variadas espécies de peixes, principalmente na época do verão amazônico, o que facilita a sua aproximação até às margens dos lagos onde os peixes se acumulam neste período de seca.

1 – COMÉRCIO

O comércio na Vila de Santa Maria do Uruará está centrado nos materiais de construção, alimentícios, drogaria, cosméticos, roupas/calçados, material de expediente, peças de veículos, combustíveis, bebidas, instrumentos diversos, assim como na compra, venda e troca de artigos de primeira necessidade. Quando não só visa a atender à população local, mas todos os comunitários das comunidades adjacentes ou mesmo àquelas que transitam temporariamente por este lócus.

QUADRO DEMONSTRATIVO DOS TIPOS DE COMÉRCIOS EXISTENTES NA VILA DE SANTA MARIA

TIPO DE ATIVIDADE COMERCIAL

QUANTIDADE

01

AÇOUGUES

9

02

SUPERMERCADOS

4

03

MERCANTIL

9

04

MINI COMÉRCIO DE SECOS E MOLHADOS (VAREJO)

25

05

FARMÁCIA/DROGARIA

6

06

LOJAS DE AUTOPEÇAS

6

07

ARMARINHOS

3

08

SORVETERIA

2

09

BARES

13

10

VENDAS DE COMBUSTÍVEL

5

11

LOJAS DE ROUPAS E CONFECÇÕES

7

12

SAPATARIAS

5

13

LANCHONETES

4

14

PANIFICADORAS

6

15

LOJAS DE ELETRO-ELETRÔNICOS

2

16

FRUTARIAS

3

17

CONSERTOS E BORRACHARIA

5

18

ESTANCIAS

6

19

PIZZARIA

01

TOTAL

131

Fonte: Estudo de Campo na Vila de Santa Maria do Uruará e Região do Uruará – 2014 -2015

PERCENTUAIS DOS VALORES GERADOS MENSALMENTE NOS DIFERENTES SETORES DO COMÉRCIO:

FONTE: COMERCIANTES LOCAIS 2014 – 2015

Devido a alguns fatores externos à economia local, como aumento do valor do dólar, do combustível, da inflação, e da energia, os valores oscilaram para baixo em algum setor, visto a queda nas vendas dos produtos destes setores. Possibilitando com isso uma pequena recessão no quantitativo dos valores circulantes ou dividendo locais.

2 – ATIVIDADE PESQUEIRA

Observando o mercado consumidor da atualidade, percebe-se que o pescado ainda supri a mesa da maior parte da população. No entanto, isto é favorecido pela quantidade ou demanda oferecida, assim como pelo custo e importância nutritiva que esse elemento propõe.

Nas últimas décadas o que se observa é um declínio em relação a quantidade capturada do pescado, assim como o aumento do preço no mercado nacional. Mas isto é proposto por várias razões, sendo uma delas a captura desenfreada desse pescado, principalmente na época do defeso, que por razões biológicas as futuras gerações estarão propensas a consumir um pescado de tamanho completamente reduzido de várias espécies. (PINTO, 2010)

Esta atividade pesqueira é feita em lagos, lagoas, rios e igarapés, assim como os “poços” que ficam na época do verão, os quais são resultantes do escoamento da quantidade de água que ora existiam nos lagos e lagoas da região.

Esta área lacustre corresponde desde a comunidade de Vira Sebo, passando pelo Lago do Tamuataí, chegando a grande área do Camapu, quando este faz limites com o Lago do Itamucuri e os lagos do Vento Fresco e Caxipá, pertencente à área ribeirinha do Puru, às margens do Rio Amazonas.

Atualmente com a abertura de novos ramais e estradas na região, houve a possibilidade de caminhões-frigoríficos chegarem próximos à área de captura do pescado, o que aumentou a quantidade de exportação em toneladas para outros núcleos urbanos. No entanto, pode possibilitar uma diminuição considerável do pescado nos lagos da região, assim como estabelecer a escassez aos chamados geleiros e cubeiros do município.

GRÁFICO 02: DEMONSTRATIVO DA QUANTIDADE DE PESCADO POR ESPÉCIE EM 2015 (VERÃO)

FONTE: SEMA - SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE PRAINHA - 2015

2.1 – QUANTO AO DINAMISMO DA ATIVIDADE PESQUEIRA E SEUS ASPECTOS GERAIS

Existem um número expressivo de espécies de pescado, que suprem tanto às comunidades próximas, quanto outros centros da Amazônia, como Santarém, Monte Alegre, Breves, Soure, Santana (Amapá), Cametá, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista, e outros como a própria capital do Estado, Belém.

Entre as principais espécies existentes nesta área de captura estão, o curimatá, o tambaqui, pacu, pirarucu, bacu, cujuba, acari, aracu, pirapitinga, matrinchã, uruanã, surubim, mapará, apapá, lambari, sardinha, tamuatá, acará, acaraaçu; além de outros como pirarara, jaú, filhote, mandubé, mandii, entre outros, que se procriam no Amazonas e adentram na época do inverno amazônico aos lagos, rios e igarapés.

Estas espécies não são endêmicas desta região, mas se procriam em grandes quantidades em determinada época do ano. No entanto devido alguns fatores negativos, tanto o tamanho, quanto a quantidade, veem sofrendo um declínio expressivo nas últimas décadas, devido aos seguintes fatores:

1 – Desrespeito ao período do defeso do pescado;

2 – Material inadequado utilizado na captura do pescado (tamanho de malha e quantidade de malhadeira);

3 – Aumento no número de pescadores na região e no próprio município de Prainha;

4 – Aumento na quantidade de barcos de armazenamento, assim como no tamanho no que diz respeito a tonelagem;

5 – aparecimento de equipamentos que facilitaram percorrer o trecho onde se localizam os cardumes, como lanchas movidas a motor-rabeta;

6 – Aumento na demanda de consumidores e surgimento de novos locais de compra do pescado;

7 – Viabilidade proporcionada pelas estradas e ramais, possibilitando a entrada de caminhões-frigoríficos até próxima a área de captura do pescado.

QUADRO SINÓTICO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PESCADO NA VILA E REGIÃO DO URUARÁ

ESPECIE

LOCAL DE CAPTURA

ESPÉCIE DE APETRECHO

01

CURIMATÃ

LAGOS E RIO

MALHADEIRA, TARRAFA

02

SURUBIM

LAGOS E RIO

MALHADEIRA, ANZOL

03

PESCADA

LAGOS E RIOS

MALHADEIRA

04

TAMBAQUI

LAGOS E RIOS

MALHADEIRA

05

TAMUATÁ

LAGOS, RIO E IGARAPÉ

MALHADEIRA, TARRAFA

06

ACARI

LAGOS, RIO E IGARAPÉ

TARRAFA, MALHADEIRA

07

TUCUNARÉ

RIOS, IGARAPE

MALHADEIRA, ANZOL

08

URUANÃ

RIO, LAGOS E IGARAPÉ

MALHADEIRA

09

PACU

RIO, LAGO

MALHADEIRA, TARRAFA

10

PIRAPITINGA

RIO E LAGOS

MALHADEIRA

11

ACARÁ

RIO, LAGO E IGARAPÉ

MALHADEIRA, ANZOL

Fonte: Capatazia da Z-31 da Região do Uruará – 2015

Dentre os grandes problemas que ocasionam o desaparecimento das espécies, como diminuição na sua quantidade e tamanho; apresenta-se o tamanho da malha das redes de captura do pescado nos lagos e rios da região; ocasionando com isso uma diminuição da oferta do pescado em períodos do ano nas comunidades que tem o pescado como fonte alimentícia.

Outro fator colaborador para que haja este declínio está relacionado à pesca em grande quantidade e que não vão para o consumo interno, mas para outros núcleos consumidores, como a cidade de Santarém, e que hoje, o transporte é feito por “cubeiros” e caminhões-frigoríficos que deslocam-se do município anteriormente citado. Provocando com isso, um desequilíbrio na compra e venda aos donos de “geleiras” do município de Prainha; assim como possibilitando um escoamento da renda e da circulação de valores na região onde a área pesqueira está contida.

QUADRO SINÓTICO DOS INSTRUMENTOS DE TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO DE PESCADOS CAPTURADOS NA ÁREA DE PESCA NA REGIÃO DO URUARÁ E CAMAPU EM TONELADAS NO VERÃO DE 2015

INSTRUMENTOS/MEIOS

QUANT. TON.

LOCAL DE EXP. OU VENDA

01

GELEIROS

340 Ton.

Santarém, Santana, Breves, e outros

02

CUBEIROS

65 ton.

Santarém, Monte Alegre e Macapá

03

CAMINHÕES – FRIGORÍFICOS

140 ton.

Santarém

04

PESCADORES INTERNOS

25 ton.

Vila de Santa Maria e comunidades

05

PESCADORES ARTESANAIS (FAMILIAR)

7 Ton.

Vila de Santa Maria do Uruará

Total

577 ton.

 

Fonte: GELEIROS, PESCADORES ARTESANAIS E CAPATAZIA Z-31 LOCAL - 2015

2.2 – Da criação de pescado em tanques, viveiros e outros espaços:

Muito se tem pensado na criação de pescado em viveiros, tanques e outros meios que proporcione um dinamismo entre o produtor e o consumidor local, assim como um espaço para o entretenimento e lazer àqueles que apreciam a atividade pesqueira, não apenas como uma atividade relacionada ao alimento, mas aquela que proporciona satisfação em momentos de recreação e lazer.

Desta forma, o que se precisa é investimento nesta área, com a possibilidade de abertura de crédito, com o sentido amplo de comprar os equipamentos necessários à criação em tanques ou viveiros. Sendo que muito agricultores se mostram interessados nesta atividade ou pratica, no entanto, as informações ainda são muito ínfimas, no que concerne à obtenção dos alevinos, dos tamanhos dos espaços de criação, do ambiente mais adequado, das autorizações legais, assim como das espécies mais adequadas à comercialização.

Neste sentido, entende-se que a criação em tanques ou viveiros de pescados, proporcionaria uma diferenciação na dieta e cardápio do consumidor local, assim como possibilitado um dinamismo maior com a atividade pesqueira e as diretrizes relacionadas ao meio ambiente, da não promoção da captura desordenada e nem do uso proibidos de equipamentos por leis ambientais e pesqueiras. Além disso iria fomentar renda à região, como gerar emprego e circulação de divisas

3 – ATIVIDADE AGROPECUARISTA

A atividade agropecuarista está relacionada àquela da criação de várias espécies de gado, como: caprinos, ovinos, bubalinos, bovinos, equinos, suínos, e outros, como galináceos: peru, marrecos, patos, galinhas, picotes, etc. Quando na região do Uruará, as criações mais presentes são de gado bovino, usado para a criação “solta”, para exportação e para o consumo local. Do gado bubalino, direcionado para a criação solta e de venda para o mercado externo.

A produção de galináceos ainda é muito incipiente, mas há alguns produtores que permitem a venda deste produto em épocas de maior solicitação. Visto que, a maioria dos moradores que produziam estavam alocados nas comunidades adjacentes à Vila de Santa Maria do Uruará, e pelo seu deslocamento para este núcleo urbano, deixaram esta atividade, visto que o espaço atual, não permite tal criação.

Sabe-se que, nos últimos anos, a produção de bovinos e bubalinos passou de 27 mil cabeças para um total de 32 mil cabeças de gado, promovendo com isso um crescimento considerável de animais direcionados ao abate para o consumo local, para a criação de subsistência e para exportação ao mercado do Oeste do Pará e outros. Visto que a venda deste produto é feita em tonelagem e não em arroba como em outras regiões.

QUADRO DEMONSTRATIVO DA QUANTIDADE DA PRODUÇÃO NA AGROPECUÁRIA NA REGIÃO DO URUARÁ – por milhares de cabeça ano 2015

Tipo de Gado- Criações

Número por Milhares –cabeça

01

Bovinos

32 mil

02

Bubalinos

9 mil

03

Equinos

2,5 mil

04

Caprinos

0,30 mil

04

Suínos

1 mil

05

Ovinos

1,2 mil

06

Galináceos

3,5 mil

Total

49,5 mil

Fonte: ADEPARÁ, EMATER – PRAINHA - 2015

4 – TRANSPORTES

A questão do transporte se tornou muito peculiar, no sentido de tomar, nos últimos anos um "alavancamento", isto porque, os proprietários de barcos de madeira passaram a substituir os mesmos por lanchas de ferro; assim o transporte aquático de Santa Maria do Uruará para outros núcleos urbanos, passou a ganhar destaque, visto que passou a contar com 4 unidades que possibilitam a rapidez, eficiência, segurança e conforto no transporte que ora se promove entre a própria sede do município (cidade de Prainha) e outros núcleos urbanos da região Oeste do Pará ( Santarém, Monte Alegre), por exemplo.

Desta forma, não só ganhou os empresários deste setor, mais também a população, que anteriormente levava dias para cumprir com algumas obrigações ou outros serviços fora do lugar de origem.

Já no que concerne ao serviço de transporte terrestre, o mesmo foi modificado para melhor, pela inclusão da Linha Santa Maria - Santarém, ocorrendo todos os dias, ida e volta, com exceções os sábados. Assim a executora do serviço abarcou para sua frota novos veículos, possibilitando com isso, uma aceitação maior da população usuária deste serviço.

5 – AGRICULTURA

A agricultura é pouco expressiva na Região da Vila de Santa Maria do Uruará, assim como na própria região do Uruará, mas bastante concentrada em outras áreas da margem direita, ganhando destaque a região do Cuçari; visto que na região do Uruará, se concentra o extrativismo vegetal (extração de madeira) e o extrativismo animal (pescado). Fazendo com que a própria produção da farinha da mandioca se torne escassa em determinadas épocas do ano, tornando o produto mais oneroso ao consumido nesta época de escassez.

6 – INDÚSTRIA

6.1 – Marcenaria

Espaço onde se produz móveis para atender o mercado interno e também para outros mercados regionais. Quando na sua fabricação são utilizados materiais (madeiras) da própria região; o que permite fazem uma conexão entre o pequeno madeireiro, a marcenaria e o consumidor final.

Existem em número de 05 (cinco) unidades ou empresas deste ramo, sendo que uma é específica na produção de caixilho para portas, sendo uma produção de cunho exportação. Possibilitando assim um dinamismo entre a produção interna e o mercado consumidor externo.

6.2 – Olaria:

Espaço onde se produz material para a construção de casas, muros, e outras construções.

A vila de Santa Maria do Uruará, possui uma (01) olaria, onde são produzidas 20 mil unidades por mês, o que atende à demanda das construções na vila; pois, também são importados outra quantia relevante dos municípios de Santarém, Muaná, São Sebastião da Boa Vista e Santana (Amapá).

6.3 – Estaleiro:

Local da produção, confecção e reforma de embarcações de pequeno e médio porte e de diferentes calados. Quando estas embarcações como canoas, barcos, botes e lanchas feitas de madeira, extraídas e fornecidas por madeireiros locais são destinadas à produção pesqueira, ao transporte de passageiros, assim como passeio e outras atividades, como por exemplo ao transporte de bovinos.

Estão instalados 06 (seis) principais estaleiros, localizados em pontos estratégicos na Vila de Santa Maria do Uruará, o que possibilita um deslocamento fácil, rápido e seguro até o rio.

É uma indústria que permite a contratação um número expressivo de funcionários, que vai desde construtores navais, carpinteiros, calafates e outros.

6.4 – Serraria:

Local que recebe a madeira em toras, para em seguida, passar pelo processo de beneficiamento ou desdobramento no sentido de atender a demanda local ou para ser exportada.

São muitas as espécies que são desdobradas, como por exemplo, o ipê, a itauba, pau-d’arco, angelim, cedrorana, e outras, as quais são transformadas em ripas, ripões, tábuas, caibros, esteios, pranchas, vigas, vigões, que são direcionadas à construção de casas, palcos, cercas, coberturas, embarcações e para os trabalhos nas marcenarias, estaleiros e outras atividades de carpintaria em geral.

Atualmente as serrarias, que somam em número de 06 (seis) possibilita a contratação de um grande número de mão-de-obra, possibilitando assim a geração de trabalho e divisas; assim como fazendo uma conexão de grande relevância com o comércio local, gerando com isso uma renda de “valores circulantes” de grande expressividade à vila de Santa Maria do Uruará.

6.5 – Matadouro/abatedor

Local de abate de animais, com sentido de suprir o mercado e o comércio que trabalha com esta atividade, os açougues. O que permite que a o dinamismo na alimentação do habitante, o qual era feito especialmente de carne de peixe.

A carne que segue um calendário específico de abate atende 07 (sete) açougues que conseguem atender a demanda da comunidade local, tendo em vista que o valor da carne em relação ao preço do quilograma consegue seguir abaixo de outros centros urbanos, possibilitando o poder de comprar na quantidade maior deste alimento. Sendo que o quantitativo de cabeças abatidas são de 24 unidades.

A localização do ambiente de abate está situada fora da área urbanizada, o que ajuda no afastamento de alguns animais considerados “repulsivos” aos olhos do morador, assim também como de cães. Permitindo com isso um trabalho de seleção, transporte e distribuição da carne aos locais de venda.

Sendo que este local está composto pelas seguintes partes: curral de espera, sala de abate, sangradouro, descanso de carne.

 

 

7 – EXTRATIVISMO VEGETAL

Hoje o extrativismo tem fomentado a economia da Região do Uruará, e principalmente, da Vila de Santa Maria; pois além de gerar renda, e emprego, possibilitou a um maior movimento ao comércio, ao transporte e aos serviços.

7.1 – DESDOBRAMENTO E BENEFICIAMENTO DE MADEIRA

Este desdobramento de madeira, a maioria de lei, são executados por seis serrarias, as quais estão concentradas em áreas nas adjacências da Vila de Santa Maria do Uruará, mais que estão dentro espaço determinado a gleba da vila; quando o produto restante (madeira beneficiada) é direcionada à construção civil local, às estâncias de venda; ou exportadas em lotes para outros centros urbanos e outros estados do Brasil.

Este desdobramento segue toda uma ordem de diretrizes executado pelo órgão ambiental maior (o IBAMA), assim como sendo fiscalizado pela Polícia Federal e o ICMBIO, como também da SEMMA Estadual e Municipal, da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, e outros.

Os percalços causados pela atividades madeireira, também não deixa de existir, como intrafegabilidade de estradas e vicinais; poluição do rio (Rio Pará do Uruará); uso de equipamento e veículos pesados na vias da Vila de Santa Maria; como também o mais complexo ( o desmatamento); visto que, as desculpas se abraças na de que os projetos de extrativismo da madeira são todos legais.

Assim, o quantitativo de madeira desdobrado mensalmente, expressa um volume muito grande, o que permite ser o carro-chefe da economia local, além da pesca, do comércio, da agricultura, da pecuária e outros setores menos expressivos, porém importantes.

8 – EDUCAÇÃO

A Vila de Santa Maria do Uruará, na última década, conseguiu expressivos avanços, principalmente pelo fato do aumento da clientela educacional, o que é de praxe; assim como a aquisição de materiais educativos para as escolas já existentes; houve também a regularização do Ensino Médio, o qual anteriormente funcionava na base Modular de Ensino; como a construção de novas salas de aulas, o que veio de uma forma abrangente atender os agentes da Educação Infantil; Ensino Fundamental (Menor e maior) e Ensino Médio; no entanto, os avanços são irrisórios pelo quantitativo que a cada ano aumenta.

Desta forma, quanto à infraestrutura escolar, a Vila possui duas Escolas: Escola Municipal de Ensino Fundamental "EZILDA ARAGÃO BRASIL"  e Escola Municipal de Ensino Fundamental "JOAQUIM PEREIRA MENDES", na última funcionando o Ensino Médio no turno noturno.

O ensino Médio no que concerne ao turno matutino, funciona em local improvisado, mas que para o momento atende às necessidades escolares/educacionais, visto que, se estuda a possibilidade da construção de um espaço exclusivo para o funcionamento deste nível de ensino.

Desta forma, a escola Ezilda Aragão Brasil, conta com uma população educacional de 700 alunos, entre aqueles da Educação Infantil e Ensino Fundamental (menor e maior) e Educação de Jovens e Adultos, este último funcionamento à noite.

Já a escola Joaquim Pereira Mendes, conta com um quantitativo de 960 alunos, entre Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA.

O Ensino Médio Regular, conta com um total para 2016 de 465 alunos matriculados neste nível de ensino; o que se leva a uma conclusão de que será necessário mais salas de aulas a cada ano que passa, no sentido de atender dentro dos parâmetros legais/educacionais, visto a inexistência do prédio, mas já estudado pela SEDUC, a sua construção em breve espaço de tempo.

9 – INFRAESTRUTURA ESPACIAL URBANA          E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

Os lotes da Vila de Santa Maria do Uruará, são terrenos que possuem 10 metros de frente, por 30 metros de laterais ou comprimento, o que possibilita ao proprietário ter amplo domínio de construção e posse no lote. Estes lotes estão concentrados em quadras que medem em síntese e dentro da "Proposta de Planejamento Urbano de Santa Maria do Uruará", 120 metros de laterais ou comprimento (sentido Leste/Oeste) por 60 metros de largura (sentido Norte/Sul), dando assim um grande dinamismo à construção de imóveis, sejam eles residenciais ou comerciais ou mesmo híbridos. Quando seu espaço territorial se limita: ao Norte, com o Rio Pará do Uruará; ao Sul, com Isaura Mendonça Aragão, Ludinei Fuziel Pinto; ao Leste, com o Sr. Benedito da Luz Esquerdo, e a Oeste, com a Transuruará (PA-371) e Sr. Rosinaldo Mendes Fernandes (mediações da serraria Santa Maria Madeireira e Porto de embarque).

No entanto, existem algumas variações nestes lotes, mas são insignificantes, o que dar condições o suficiente para sempre manter o ordenamento espacial e paisagístico da Vila, o que merece por sua características, e pelo quantitativo populacional (7450 hab) somente na área urbana de ser denominada de "cidade"

A Vila de Santa Maria do Uruará, conta atualmente com vários equipamentos públicos, que ora possibilitam a interação, vivência, convivência dos comunitários e dos transeuntes que por aqui circulam, temporariamente e/ou esporadicamente; que além das ruas já existentes, e àquelas planejadas para o futuro da "Ordem Espacial Urbana da Vila de Santa Maria do Uruará", conta ainda com:

a) Igrejas: Católica (Santa Maria; São João e Santa Rita (planejada); Igreja Batista; Igreja Assembleia de Deus; Igreja Quadrangular; Igreja Mormons; Igreja da Paz; Igreja Cristã do Brasil.

b) Sedes: (Danceterias): Arena Klan, Danceteria Metrópoles; Danceteria Ritmus; American Pie; Danceteria Camapu (desativada); Danceteria Star Dance; Barra Show.

c) Parques: Parque AgroArte.

d) Praça: Da Igreja Católica. (ainda processo de finalização)

e) Policia Militar: PDD conta com um efetivo de 6policiais.

f) UBS: Santa Maria do Uruará (com ambulatório, atendimento de emergência, consultório dentário; sala de microscopia; atendimento pediátrico; farmácia; assistência com ambulância, e outros serviços.

g) Campos de Futebol e Quadras: Campo do Grêmio; Campo do Internacional, Campo do São Francisco; Campo do São Rosário (em construção), quadra da Baixada; Campinho da Associação.

h) Cemitérios: São Domingos (na área urbana); Cemitério Rio Uruará (margem do rio)

i) Pista de Pouso ou Aeródromo: às margens do PA - 371 (Trasuruará), recebe pouso e decolagens esporádicas de aeronaves do ICMBIO, IBAMA, Polícia Federal, Bombeiros (Santarém), Polícia Militar, Poder público, Madeireiros, e outros, inclusive no deslocamento de casos graves de pacientes da UBS local. Esta pista possui 80 metros de largura, por 1000 metros de comprimento.

j) Sistema de Água: possuem três: 01 Bairro da Paz (capacidade 10 mil litros); 01 Bairro Miritizal (capacidade 5 mil litros); 01 Bairro Centro (capacidade 120 mil litros)

10 – SERVIÇOS:

Estética, salão de beleza, corte e costura, danceterias, hotéis/pousadas, restaurantes, entre outros que possibilitam o intercâmbio entre os diferentes campos de atuação das atividades que venham colaborar e fomentar a circulação de divisas, trabalho e renda.

11 - ESPORTES E EVENTOS

Existe uma calendário paralelo aos eventos já realizados em épocas festivas (junina, 07 de setembro, Natal, Páscoa) e/ou calendários das sedes ou danceterias, que são:

1 _ Bingão das "Mães", realizado no Domingo do Dia das Mães, com premiações de veículos (motos) e dinheiro. O que possibilita a participação maciça da população da margem direita do Município de Prainha.

2 - Festival do Açaí - promovido pela Escola Ezilda Aragão Brasil, no mês de outubro, o que permite a integração comunitária e a degustação de iguarias de época;

3 - Rodeio e Prova de Laço - promovida pela Agroart, no mês de outubro, viabilizando a aproximação dos moradores da região e da margem direita.

4 - Raly de Férias - realizado no mês de Dezembro, com o intuito de entretenimento, lazer e diversão aos praticantes.

5 - Final de Ano - Festa realizadas nas várias sedes com o intuito de fortalecer as relações entre os diversos núcleos do município de Prainha, em espacial aos da Margem Direita do Município de Prainha.

Na Vila há várias agremiações esportivas, algumas tradicionais, as quais realizam torneios, campeonatos e festas comemorativas, dentre os quais podemos citar: São Francisco Esporte Clube; São Rosário Esporte Clube; Internacional Futebol Clube; Grêmio Esporte Clube; Veterano Futebol Clube; entre outros de menor expressão.

12 – COMUNIDADES ADJACENTES E SUAS ATIVIDADES COMERCIAIS

12.1 - COMUNIDADE DE IGARAPÉ – AÇU

12.1.1 - Historicidade  e Geografia da  (vila) Comunidade de Igarapé Açu

A  comunidade de Igarapé Açu do Uruará foi fundada no dia 08 de setembro de 1940, com a chegada  das  famílias: Diogo Moraes Braga, Joaquim Mestre de Souza, Gonçalo Tenório de Moraes, Emanuel Frauzino  Pereira.  Após a chegada dos primeiros colonizadores, ocorreu uma segunda leva de imigrações para Igarapé Açu do  Uruará, ainda no ano de 1940, com a chegada dos  cearenses: Hipólito, Antonio Mestre, Diocleciano Santos para trabalhar nos cultivos  de mandioca, milho e arroz. Os produtos eram  vendidos  para o pequeno  empresário Otaviano Miranda. Para venderem seus produtos deslocavam para outra comunidade a margem do rio Taquari, conduzindo seus  produtos  em paneiro na costa, andando aproximadamente  23 km, as vezes  alguns pais  carregavam paneiro na costa e filho no braço.

A partir do governo do Prefeito  Jose Alfredo Hage, foi  construído a primeira estrada  que liga a PA – 371, a 12 Km para o oeste de Santa Maria do Uruará, município de Prainha   PA. Facilitando a exportação de produtos dos comunitários. Uma vez que enfrentavam, mas uma das dificuldades pelo motivo de não haver ponte para a travessia do igarapé, pois o mesmo dividia-se a comunidade, havendo a necessidade os comunitário construíram a primeira ponte, anos depois  o atual prefeito Elson Arruda construiu uma nova ponte que veio a melhorar a condições dos moradores.          

Com o passar do tempo surgiu o primeiro comercio, do senhor Radico Mesquita facilitando a venda e a compra dos produtos do comunitário. Com a evolução do povoamento houve necessidade de ampliar o conhecimento científico, mas a maior dificuldade era que não tinha pessoas com o grau de escolaridade para exercer este cargo, sendo indicada a senhora Maria Ferreira Meireles , que já tinha atuado como professora na comunidade de Palhal, tendo apenas a sexta série do ensino Mobral juntamente com o senhor Elizeu Figueiredo de Moraes. Anos depois foi escolhida pelos comunitários a senhora Maria do Socorro Meireles, para lecionar com a 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental, obtendo o grau de escolaridade de 2a série do ensino Mobral, dando continuidade a seus estudos a partir do projeto Gavião I, atuando ate hoje como professora do 2o ano do ensino fundamental. Nos dias atuais a comunidade do Igarapé Açu, tem aproximadamente 1.200 habitantes; 170 moradias (famílias); sua economia é baseada na agricultara e na pecuária; possui energia elétrica 24 horas; microssistema de água; uma escola com duas salas de aula; três campos de futebol; uma igreja católica e uma evangélica. É uma comunidade muito visitada pelos moradores das comunidades vinhas, por ter vários igarapés com águas cristalinas.

(FONTE: ESCOLA DIOGO MORAES BRAGA, 2015)

12. 2 - COMUNIDADE DE PORTO FRANCO

A comunidade de Ponto Franco está situada na margem esquerda do Rio Pará do Uruará, aproximadamente há 2,5 quilômetros da Vila de Santa Maria do Uruará; pois se tratando de uma vila de pescadores, sua atividade está muito ligada ao comércio e o processo alimentício na Vila de Santa Maria, pois seus moradores, a maior parte deles, quando não direcionam seu produto ao comprador (geleiro), levam este produto para ser comercializados ainda frescos e/ou gelados na via anteriormente citada.

Quanto aos equipamentos sociais e públicas, esta vila conta com 01 escola (Escola Nova Vida); 01 barracão comunitário (local de reuniões, encontros e festas), 01 igreja (católica); 01 trapiche (recém-inaugurado); um mini-sistema de água o qual atende as 60 famílias restantes da vila, totalizando 240 pessoas; visto que uma grande parte da população migraram para a Vila de Santa Maria do Uruará,  com dois objetivos: primeiros, os mais jovens em busca de conhecimento e educação, visto que em Porto Franco, não existem os anos/séries do Ensino Fundamental Maior, e, também, do Ensino Médio; já os mais idosos (aposentados) em busca de estar perto de uma assistência a saúde mais propícia em Santa Maria.

Além do pescado como fonte de alimentação e atividade primária na economia, existem pequenas criações e plantações que contribuir com a alimentação e o pequeno comércio aí existente.

12. 3 - COMUNIDADE DE TERRA PRETA DO URUARÁ

A Comunidade de Terra Preta do Rio Uruará, está situada na margem direita do Rio Pará do Uruará, quando a mesma possui sua economia ligada à pecuária e a pesca, esta última feita no sentido de venda aos chamados "geleiros", os quais abastecem os mercados da Região Oeste do Pará. A criação de gado está ligada ao bovino, suíno, caprino e bubalino.

A comunidade possui um total de 25 famílias, o que totaliza 150 habitantes, os quais tem o acesso por meio fluvial com outros centros, inclusive com Santa Maria do Uruará e ma sede do município, a cidade de Prainha.

(Fonte: Presidente da Associação de Moradores da Terra Preta, 2015)

12. 4 - COMUNIDADE DE MATOGROSSO

A comunidade de Mato Grosso do Rio Uruará, está localizada na margem direita do Rio Pará do Uruará, e que possui sua atividade e economia ligada à pesca e criação de gado bovino. Sendo que esta comunidade possui um quantitativo de 37 famílias, totalizando 190 pessoas. Na comunidade funciona o ensino fundamental, mas só as primeiras séries deste, do pré II ao 5º ano.

(Fonte: Presidente da Associação de Moradores e Escola São Sebastião, 2015)

12. 5 - COMUNIDADE DE CARAXIÓ

Esta comunidade está dividida em duas regiões: Caraxió de Baixo e Carixió de Cima. Ela está situada na região do Rio Caraxió Médio, o qual tem afluente do Rio Pará do Uruará na margem esquerda.

Nesta comunidade predomina a agricultura de subsistência, como também aquela direcionada à criação de gado: bovino, equino, suíno, galináceos e outros. No entanto, a agricultura está concentrada na produção de mandioca, macaxeira, milho, arroz; colheita de uxi, bacaba, açaí e outros como piquiá. Como também à extração de madeira de lei, destinada ao comércio local, assim como a exportação em pequena escala.

Ela é composta de 20 famílias, compondo assim um total de 180 pessoas, as quais possuem uma ligação bastante expressiva com a Vila de Santa Maria do Uruará, feita através de transporte terrestre, através da PA-371 (Transuruará).

(Fonte: moradores locais, 2015)

12. 6 - COMUNIDADE DE SÃO JOAQUIM DO URUARÁ

Esta comunidade está situada na margem direita do Rio Pará do Uruará, contendo um quantitativo de 15 famílias, compondo um total de 90 indivíduos; os quais desenvolvem suas atividades ligadas à agricultura familiar, à pesca, e a pequena criação bovina. Sua ligação com a Vila de Santa Maria do Uraurá é feita por via aquática através de rabetas, canoas e barcos.

(Fonte: Moradores Locais)

12. 7 - COMUNIDADE DE SÃO JOSÉ E SANTA CRUZ

A comunidade de Santa Cruz e São José estão situadas na margem direita do Rio Pará do Uruará, o que na verdade é uma só comunidade, no entanto por divergências sociais e religiosas foram divididos em dois núcleos (São José, evangélica) e (Santa Cruz, católica). Estas comunidades abarcam ainda dois núcleos menores que são "Cidade" e Mucuri: a primeira situada na margem esquerda do rio que a banha e a outra do mesmo lado (direito).

Sua economia está baseada no comércio, na pesca, na criação de ovinos, caprinos e bovinos; assim como na agricultura de base; visto que a comunidade é um dos palcos das reuniões da criação da Reserva Renascer, o que faz com que a população esteja muito centrada no extrativismo vegetal controlado ou seja vinculado aos órgãos de fiscalização federal: IBAMA e  ICMBIO.

Possui uma população de 120 famílias, totalizando 720 habitantes; e que seu acesso à vila de Santa Maria do Uruará, se dar de duas formas: meio aquático (barcos, canoas, rabetas) e meio terrestre, quando se atravessa o rio e segue pelo Ramal São Paulo - Santa Maria.

(Fonte: Escola Papea Gomes Lacerda, 2015)

12. 8 - COMUNIDADE DE BEIRA RIO

A Comunidade de Beira Rio está situada na margem direita do Rio Pará do Uruará, sendo uma vila de agricultores, e que possuem um total de 45 famílias, totalizando 270 habitantes. Sendo que a base da economia está centrada na agricultura familiar, na pequena extração de madeira, e na pecuária e na criação de subsistência.

(Fonte: Presidente da Associação de Moradores de Beira - Rio, 2015)

12. 9 - COMUNIDADE DE SÃO PAULO

A comunidade de São Paulo do Rio Uruará, está situada na margem direita do Rio Pará do Uruará e pertence à Região do Uruará. É uma vila de agricultores, e que possui 85 famílias, totalizando 425 habitantes, o quais tem uma ligação direta com Santa Maria do Uruará, sendo este acesso feito através de estrada e por via aquática.

Esta vila, e/ou comunidade, possui uma igreja (católica), um barracão comunitário e uma escola, e um salão utilizado nas atividades festivas, culturais e sociais da comunidade.

(Fonte: Coordenação da Escola Bernardina Ferreira Gomes, 2015)

12. 10 - COMUNIDADE DE SÃO RAIMUNDO E PEDRA BRANCA

A Comunidade de Pedra Branca e São Raimundo do Rio Uruará, estão situadas na margem direita do Rio Pará do Uruará; as quais a primeira é de predominância evangélica e a segunda, católica; e que pela distância geográfica, assim como por estas questões religiosas, não fora permitido que os alunos estudassem em um só núcleo, ficando dividido o funcionamento nas duas comunidades.

Suas economias estão diretamente ligada ao extrativismo vegetal (serragem de madeira) em pequena escala, tanto para o uso interno, assim como para a pequena exportação. No entanto, a agricultura familiar é predominante, como a produção de farinha de mandioca e produtos outros, que são vendidos na Vila de Santa Maria do Uruará.

Os meios de transportes utilizados para se chegar, os comunitários, a outros centros urbanos, em especial à Santa Maria do Uruará, é feito de duas formas: aquático, feito por canos, lanchas (rabetas) barcos e terrestres, através de motocicletas, que transitam pelo ramal São Paulo - Santa Maria.

As duas comunidades juntas possuem 27 famílias, o que totaliza 108 pessoas, as quais se permitem nas inter-relações comunitárias sociais na Região do Uruará.

Na comunidade de São Raimundo existe a realização de uma festa tradiconal, no mês de abril, denominada de "Festa do Pirarucu", o que abrange no seu convite/participação toda a população da região do Uruará e Região da Margem Direita do Município de Prainha.

(Fonte: Lideranças Locais comunitárias, 2015)

12. 11 - COMUNIDADE DE FLORESTA

A comunidade da Floresta, está localizada a margem direita do Rio Pará do Uruará, sendo este afluente do Rio Amazonas e pertencente ao município de Prainha.

Esta localidade, esta aproximadamente 80 km em linha reta da sede do município, contando com a população de 260 pessoas, que vivem distribuídas em locais menores, mais que fazem parte dessa comunidade. Suas residências são caracterizadas pela construção em madeira e cobertas de telhas industriais ou mesmo palhas extraídas da região.

No que se refere sua infraestrutura esse local não dispõe de distribuição sistema de distribuição de água e nem esgoto. Sendo a água captada diretamente do rio, através de utensílios e esporadicamente através de bombas hidráulicas.

Outros bens básicos, no casso da energia elétrica ser inexistente no que diz respeito ao conjunto das casas.

O acesso a esta dava-se anteriormente somente através de canoas e barcos de pequenos portes. No entanto já pode ser feito através de vias terrestres, que dão acesso a outras comunidades próximas.

No que diz respeito ao relevo, esta apresenta uma planície de baixa altitude que varia entre 3 a 7 metros em relação ao Rio Pará do Uruará. Já a sua formação vegetal é enorme densa, caracterizada principalmente pela Floresta Amazônica e alguns traços de floresta ciliar as suas proximidades. Sendo que a primeira possui arvores que abrangem 30 a 40 metros de altura. No casso da segunda, predomina arvore da altura entre 4 a 7 metros.

As suas limitações geográficas caracterizam-se da seguinte forma:                 

Ao norte: Tamuataí; ao Sul, com o Rio Para do Uruará; ao Leste, com Monte Sinai; ao Oeste, com Pedra Branca.

Floresta é uma comunidade com uma população de aproximadamen5e 180 habitantes distribuídos entre adultos, idosos e crianças.

Foi fundada em 1977, recebeu esse nome pelo fato de a mata (floresta) ser ainda “virgem”, ou seja, inexplorada.

Os primeiros moradores construíram na comunidade uma igreja e uma escola.

Hoje tem na comunidade, tem um motor de luz que fornece energia para alguns comunitários, isto porque à localização das moradias são distantes, não favorecendo essa distribuição igualitariamente.

No que se refere aos prédios comunitários, existem: um barracão, uma igreja, o prédio da escola e a residência dos professores. 

A hidrografia deste local caracteriza-se pela presença de pequenos olhos d’ água e principalmente pela continua descida, em seu constante volume, o Rio Pará do Uruará.

A agricultura na comunidade de Floresta é uma principal fonte de renda da população, assim como as práticas de outras atividades caracterizam a economia deste local, como, por exemplo, a extração da madeira, com finalidade exclusiva de se confeccionar pequenas canoas para transportes; tabuas direcionadas a construção de casas, remos, lanchas, barcos de pequenos calados, proporcionados na utilização do transporte aquáticos da própria região e outros. Além desses, há ainda o artesanato típico da comunidade que é fabricado e confeccionados a partir dos mais diversos tipos de cipós extraídos da floresta adjacente. Sendo que, os mais presentes artesanatos fabricados e utilizados são cestos, paneiros, peneiras, tipitis, abanos, entre outros.

Lembrando ainda que, a extração de palha nativa, tem como função não somente a cobertura das casas locais, como também a exportação para outros núcleos urbanos com o intuito de ser utilizado nas mais diferentes atividades das populações regionais.

Vale ressaltar que a atividade pesqueira é inexistente neste local, quando para se consumir o mesmo, isto é o pescado, é necessário importado ou mesmo dirigir-se a outros locais para capturá-lo. Os comunitários que habitam a comunidade da Floresta sobrevivem da agricultura familiar, baseada no cultivo da mandioca e outros pequenos cultivos, tendo como sua principal fonte de renda à farinha de mandioca que serve para alimento e comercialização, para outros centros urbanos próximos ou mesmo para outras cidades da Região do Baixo-Amazonas.

O trabalho da roça é feito pelas famílias, as quais ainda dotam vários métodos tradicionais para a fabricação da farinha como o uso de: terçados, enxadas, roçaduras e etc.

A comunidade é de difícil acesso, o que dificulta a escoação de seus produtos, tendo como única entrada ou saída o Rio Pará do Uruará, onde os comunitários utilizam barcos de pequenos portes para transporta sua produção, até o destino onde é comercializada. (PEREIRA, 2010)

13 - BALNEÁRIOS - locais de aglomeração de pessoas que se possibilitam a divertir-se, promover o entretenimento e integração comunitária, os quais possibilitam a integração homem-natureza; prevalecendo assim o espírito colaborativo com o meio ambiente.

São os principais balneários da Região do Uruará: El Dourado (Rio Caraxió - Km 13); Igarapé - Açu (PA - 372); Balneário do Farinha (Igarapé Patauá); Balneário do Pau- D'Arco (Rio Uruará - Comunidade São Raimundo); Balneário São Paulo - Beira Rio (Rio Uruará);

14 - ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA VILA DE SANTA MARIA DO URUARÁ E REGIÃO - AMOSAMUR

Entidade de cunho representativo e jurídica sem fins lucrativos, e que tem inúmeras atribuições junto à comunidade, as seus sócios, assim como à população de sua abrangência administrativa e jurídica, como por exemplo, formar convênios com o Poder Publico e outras entidades, assim como órgãos nas diferentes esferas; como também "construir obras com seus próprios recursos, adquiridos ou doados".

Foi fundada no dia 19 de dezembro de 1993, na Vila de Santa Maria do Uruará, no sentido de reivindicar junto aos poderes, as necessidades da população local; quando foi estendida o seu campo de abrangência no ano de 1998, como seu novo estatuto Regimental, abrangendo assim todas as comunidades na Região do Uruará.

Atualmente tem trabalhado junto ao governo municipal, no sentido de viabilizar e resolver questões relativas à Região do Uruará, da Vila de Santa Maria do Uruará, como também da própria margem direita do Município de Prainha, onde acredita exista a desorganização dos comunitários em relação às suas solicitações e pedidos.

Nas suas duas décadas de existência, já contribui consideravelmente na solução de problemas que ora afligem a vida do cidadão com poucos recursos financeiros, fazendo parcerias com empresários locais, entidades e órgão do governo; assim solicitando serviços de primeira necessidade às empresas responsáveis por tais como: telefônico, de energia, de telefonia celular (não atendido); de distribuição de água, de saúde, serviços eleitorais, de solicitação e tiragem de documentos diversos.

Como também age como parceiros nas definições comunitárias e das diretrizes da sociedade local, sempre promovendo o intercâmbio entre a necessidade e a solução dos fatos. Agindo ainda de forma democrática, imparcial, justa e acessível, entre o cidadão e os órgãos governamentais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora a Vila de Santa Maria do Uruará, tenho avançado bastante nos vários campos sociais, comerciais, financeiros e econômicos, ainda falta muito para se chagar ao resultado desejado, pois as políticas públicas, assim como as sociais ainda não atingiram de maneira coerente e eficaz à população local e das comunidades da Região do Uruará; pois falta alguns serviços básicos de infraestrutura que poderiam contornar alguns problemas vigentes, como construção de uma escola para o funcionamento do Ensino Médio Regular; implantação de uma biblioteca pública/comunitária; construção de um trapiche comunitário (em projeto); construção de um campo de atividades esportivas (futebol principalmente); implantação de novo sistema de água, assim como ampliação da rede de distribuição de água; melhoria na captação e condução do lixo doméstico; implantação e funcionamento do Correios , o que possibilitaria o atendimento na pagamento de faturas e de outras taxas regulares ao consumidor; implantação e funcionamento do uma agência bancária, o que facilitaria os serviços bancários aos pensionistas, aposentados, beneficiários, assim  como ao funcionalismo público.

No entanto, a responsabilidade tem que ser de forma democrática e cidadã, onde o principal assistido seja o cidadão que por suas limitações, segurança e bem-estar. precisa se atendido no seu lugar de vivência e convivência.

E quanto aos valores que aqui circulam, assim como das atividades ora desenvolvidas em todos os setores que empregam e geram valores em benefício do cidadão local, devem ser gradativamente fortalecidas e alimentadas por investimentos, para que proporcione cada vez mais o progresso, o desenvolvimento e o fortalecimento das relações sociais, comerciais, econômicas e políticas na Vila de Santa Maria do Uruará e Região do Uruará, assim como manter as inter-relações com outros núcleos urbanos da margem direita do Município de Prainha - Pará.

 

REFERÊNCIAS

DOS SANTOS, S. P. A ATIVIDADE PESQUEIRA NA VILA DE SANTA MARIA DO URUARÁ E REGIÃO DO URUARÁ, Rio de Janeiro, 2015. (TCC)

PEREIRA, M. H. G. AGRICULTURA FAMILIAR NA COMUNIDADE DE FLORESTA, Rio de Janeiro, 2010. (TCC)

PINTO, J. M A. A PESCA: FONTE DE ALIMENTAÇÃO E BASE ECONÔMICA DA VILA DE SANTA MARIA DO URUARÁ E COMUNIDADE DE PROSPERANÇ. Rio de Janeiro, 2010 (TCC)

Fontes: Porta das Cidades, 2010. acessado em 12 de janeiro de 2016