Homem feliz

O aumento anormal das mamas masculinas, denominado no meio científico como ginecomastia (do grego, gyne = feminino e mastia = mamas, ou seja, mamas femininas), é um problema para todos os homens que são acometidos por esse mal. Afinal de contas, ele prejudica a autoestima, a beleza e o orgulho masculino, já que, num tamanho fora dos padrões, as mamas chegam a ser motivo de chacota e até mesmo de violência. Nas primeiras semanas, há ainda uma intensa dor, que chega a incomodar o homem e que se torna ainda mais forte quando as mamas são tocadas.

A ginecomastia é configurada como um excesso de pele, gordura e glândula mamária, causado pelo desequilíbrio hormonal, em que hormônios femininos e masculinos estão balanceados de uma forma incomum. Pode ser uma doença ou até mesmo a puberdade a razão de haver esse desequilíbrio, bem como o uso de antibióticos, anabolizantes e suplementos alimentares, esses últimos geralmente aplicados para quem quer aumentar os músculos.

Os homens mais sensíveis a esse problema são os adolescentes, dos quais 80 a 90 por cento costumam apresentar algum grau de ginecomastia, porém reversível naturalmente. Os idosos também são vulneráveis, já que a incidência gira entre 60% e 70% por conta da andropausa, quando os hormônios masculinos deixam de ser produzidos na escala necessária.

Independentemente da origem do distúrbio hormonal, essa patologia tem solução e cura. Muitos homens deixam de tirar a camiseta – até mesmo na praia ou na piscina –, passam só a comprar roupas largas e perdem ânimo e disposição por causa dessa doença, que não é nenhum bicho de sete cabeças. Basta consultar um especialista em ginecomastia e realizar o tratamento, que pode ser medicamentoso ou então cirúrgico.

Tratamento medicamentoso

Tudo depende do grau da ginecomastia e também do próprio paciente para a escolha do melhor tratamento. Por exemplo, se for um adolescente, muito provavelmente nem será necessário realizar algum tipo de intervenção, bastando apenas que haja um acompanhamento para ver se as mamas estão crescendo apenas por causa da puberdade e que o adolescente coloque compressas de gelo para reduzir as dores.

Se a ginecomastia realmente tiver características de irreversibilidade e não durar mais que 18 meses, o tratamento mais indicado é o medicamentoso. Nesse caso, são aplicados fármacos e remédios que buscam estabilizar os hormônios e assim frear o crescimento das mamas. São muitos os medicamentos disponíveis no mercado, divididos em três classes principais – os andrógenos (que injetam hormônios, como a testosterona e a di-hidrotestosterona, diretamente no corpo), os inibidores de aromatase (que impedem que a testosterona seja convertida em estrogênio, um hormônio tipicamente feminino) e os antiestrogênicos, esses últimos os mais comuns e eficazes no combate contra a ginecomastia leve.

Os antiestrogênicos se tratam de remédios que não contam com grandes efeitos colaterais e que têm como mecanismo de atuação impedir a síntese de estrogênios, os quais estão diretamente ligados à formação de traços e características femininas, como as mamas maiores. Alguns estudos apontam que sua utilização é tão eficiente que até 78% dos casos de ginecomastia são revertidos com seu consumo regular, enquanto há taxas de quase 100% em casos de adolescentes com ginecomastia não-reversível.

A pessoa, então, deve consultar o especialista em ginecomastia para saber qual o melhor medicamento e para evitar o surgimento de consequências negativas com o uso dos mais variados remédios.

Tratamento cirúrgico

Caso, contudo, esses medicamentos não funcionem e caso a ginecomastia esteja em um nível avançado (com duração maior de 18 meses), a solução envolve uma operação clínica que tem como finalidade tirar o excesso das mamas e permitir que elas voltem a ter o formato e tamanho ideal.

Denominada mamoplastia redutora, ela é realizada com sedação mais anestesia local ou geral. Ela pode durar de 1 a 3 horas, dependendo do grau da doença. No caso, é extraído o tecido mamário patológico, com uma posterior reconstrução do contorno do tórax masculino, sem grandes cicatrizes e sem prejuízo às mamas. É importante ressaltar que, quando houver excesso de gordura (além da pele), também pode haver uma lipoaspiração, para a retirada dos lipídios em abundância.

A cirurgia, no entanto, só acontece depois que a pessoa eliminar qualquer problema que possa ter suscitado a ginecomastia. Ela precisa perder peso, abrir mão de anabolizantes e suplementos, tratar tumores e deixar de consumir muito álcool, para que a cirurgia não seja um mero fogo de palha. Ela precisa durar para a vida toda, pois é um procedimento que, apesar de seguro e tranquilo, envolve uma série de especificidades.

Assim, seja qual for o grau da patologia, ela tem solução. Consulte um especialista em ginecomastia para ter a certeza do melhor tipo de tratamento e poder voltar a ter uma vida normal e feliz!