Olhar, perceber, reconhecer... sim muitas vezes olhamos algo superficialmente, mas será que percebemos e absorvemos o que de verdade significa e como nos pode ser importante em nossas vidas? Será que enxergamos mesmo as coisas como elas realmente são? Mais um tema o qual tanto o mundo ocidental como o oriental por milênios abordam de diferentes formas e que não deixa ainda de ser uma meta: a busca da sabedoria do assimilar e passar adiante a gerações futuras os conhecimentos vividos e como utilizá-los de maneira sabia para se chegar à harmonia.

Em um exemplo bem característico, no oriente, com seus diferentes ensinamentos milenares, as artes marciais pregam que o importante não é atacar e sim se defender. E é através de pequenos detalhes em como respirar de maneira mais eficaz e como manter uma postura correta que nos ajudam não só na estética como também no equilíbrio corporal. A disciplina e a paciência na busca de um equilíbrio físico e emocional nos auxiliam muito além da filosofia. Juntas com a educação e o respeito, atingimos algo que todos almejam ao redor do mundo: qualidade de vida. É a arte de saber observar e reconhecer além dos ensinamentos que nos leva além do saber enxergar e além na nossa mera visão. Como resultado disso a autoconfiança emerge com a concentração que desprendemos das lições que aprendemos percorrendo o caminho desse aprendizado.

Já no mundo ocidental em geral, ainda lutamos contra o tempo e com nossas prioridades diárias que nos mantêm de certa forma reféns, porém não inertes. Mas é aprendendo com o que o oriente tem a nos ensinar, com suas diferentes formas de lutas marciais, por exemplo, que resgatamos não apenas tradições milenares mas que possamos aproveitar e integrar no nosso dia-a-dia.  Antigos e novos ramos da medicina também se unem gerando novas tecnologias em busca de curas e vacinas, conhecimentos que se fundem onde as metas são bem definidas em prol de um futuro mais próspero.

Hemisférios se unem gerando um futuro além das fronteiras, apesar de oceanos os manterem a parte. É saber enxergar para reconhecer o que há além das nossas redondezas. É a arte do observar a tudo atento, e deixar de enxergar apenas o óbvio. É se abrir a si mesma. Que como todo processo de aprendizagem, com disciplina e meta, possamos prestar mais atenção além das limitações e fronteiras que nos são impostas.

Um simples sorriso não é necessariamente um sinal de felicidade, mas também um desejo de querer ser mais forte diante do que nos atinge e nos afeta. E a observação é uma disciplina que exercitada com leveza nos leva a reconhecer os detalhes. É dentro dos detalhes que são tecidos os fios da bondade e da maldade e é assim, do ponto de vista do observador, estando fora, que podemos discernir uma estrada da outra.

Aprender a criar e comparar, sem definir sem julgar, mas poder tirar algumas conclusões em ações para um aprimoramento, para um avanço benéfico e equilibrado.

Pois como diz um velho ditado, conhecimento é saber o que dizer, é a sabedoria e o equilibrio em saber se devemos ou não dizer.

Então, deixo esta pequena reflexão com base em uma dica antiga e sábia frase: observar é além de enxergar. E que o observar seja um processo de aprendizagem e assimilação de vida por muitos outros e longos milênios mais e que a sabedoria seja sempre transmitida para o aperfeiçoamento humano. E que sempre possamos prestar atenção no que ocorre em nosso entorno.

Com um sorriso para o mundo e sempre com gratidão no coração.

Adriana Maluendas