Sábado ou Domingo – O Decreto Dominical

Por Rubens Britto | 17/01/2015 | Religião

Sábado ou Domingo

O Decreto Dominical

       A infalível Palavra de Deus declara: “Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo” (Daniel 7:25). É possível identificar o sujeito (“ele”) que “falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis”? Vejamos.

       Nesse texto sagrado, um “tempo” representa um ano. O período descrito como “tempo, tempos e metade de um tempo” é, portanto, três anos e meio. A escatologia bíblica confirma o período de “três anos e meio.”

       O apóstolo João confirma esse período de tempo, usando a mesma expressão: “Foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que ela pudesse voar para o lugar que lhe havia sido preparado no deserto, onde seria sustentada durante um tempo, tempos e meio tempo, fora do alcance da serpente” (Apocalipse 12:14).

       No afã de não pairar dúvidas quanto a esse período em exata aferição, João registrou: “A mulher fugiu para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus, para que ali a sustentassem durante mil duzentos e sessenta dias” (Apocalipse 12:6). Portanto, considerando o ano bíblico de 360 dias, temos que “três anos e meio” (360 dias +360 dias +360 dias + 180 dias) representa exatos 1260 dias.

       Cumpre salientar que na profecia bíblica, um dia representa um ano: “Depois que o número dos dias em que espiastes a terra, quarenta dias, cada dia por um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades, mesmo 40 anos” (Números 14:34). Destarte, conforme o princípio dia-ano, 1260 dias proféticos tornam-se 1260 anos. A palavra usada aqui para “tempo” significa um ano profético constituído por 360 dias. Portanto, resumindo, “tempo, tempos e metade de um tempo” se refere a três anos e meio profético, consistindo em 1.260 dias proféticos. Esta é destaque no paralelismo da profecia em Apocalipse, onde o período de três anos e meio é comparado com 1260 dias proféticos, ou 1.260 anos literal.

       Como identificar esse período (1260 anos) no transcurso da história? A supremacia legalmente reconhecida do Papa começou em 538 DC, quando o Imperador Justiniano elevou o Bispo de Roma para o cargo de Chefe de todas as Igrejas. Isto é conhecido como o Edito de Justiniano. Adicionando 1.260 anos a 538 AD nos leva a 1798, ano em que o Papa foi deposto quando o general francês Berthier, sob o comando de Napoleão, levou-o para o cativeiro. Napoleão aparentemente tentou esmagar o Papado, e cerca de 18 meses mais tarde o Papa morreu no exílio, em Valence, França. Este ato terminou com  o poder papal durante 1260 anos.

       Todos os estudos escatológicos válidos de Daniel 7:25, bem como a exegese bíblica adequada, identifica claramente o sistema papal como o Anticristo. O Papado se colocou no lugar de Jesus Cristo na Terra, e afirma ser capaz de mediar entre as pessoas e Deus. Os grandes reformadores estavam todos unidos em seu reconhecimento de Roma papal como o poder Anticristo.

       Acerca de “mudar os tempos e as leis”, Constantino proíbe as atividades econômicas aos domingos, adaptando o dia do Sol, pagão, à prática instituída entre algumas comunidades cristãs. Assim, no ano de 321 DC, é criado um decreto, entre a Igreja Católica Romana e Constantino, com a intenção de subjugar a validade do dia de Sábado – o dia sagrado e de descanso biblicamente correto (quarto mandamento).

       Isto posto, qualquer um pode verificar no Catecismo da Igreja Católica que o sábado do quarto mandamento foi excluído, substituindo-o pelo domingo, uma jactanciosa ação humana pervertendo sobremaneira a santa e imutável Lei de Deus.

        A lei dominical aqui mencionada é exposta no último livro da escritora americana Ellen White, que foi publicado em 1917, um ano depois da morte dela: “Nestes nossos dias, muitos dos servos de Deus, ainda que inocentes de delitos serão entregues para que sofram humilhação e abuso nas mãos dos que, inspirados por Satanás, estão cheios de inveja e preconceito religioso. A ira do homem se insurgirá especialmente contra os que honram o sábado do quarto mandamento; e por fim um decreto universal lhes denunciará como merecedores da morte. (Prophets and Kings, p. 512).

      A quem nós, seres humanos, devemos prestar obediência? Precisamos descansar no domingo por imposição e sujeição as leis humanas ou necessitamos descansar no sábado do sétimo dia prestando honra, obediência e submissão a Deus?

       Rubens Britto (teólogo, escritor e palestrante).

       Acesse o link abaixo e obtenha maiores esclarecimentos sobre este assunto:

       http://novotempo.com/novachance/2013/03/13/papa-francisco/