Nehuma proposta para o regulamento da questão do Saara marroquino pode ser  possível fora da plena soberania de Marrocos sobre o Saara, tratando da iniciativa de autonomia reconhecida pela comunidade internacional a sua seriedade e credibilidade.

O tão aguardado encontro sobre o saara se terminou quinta-feira em Genebra. Depois de uma mesa redonda, organizada pela ONU sobre a questão do Saara marroquino na cidade de Suíça, na qual se pretende a dar um novo começo ao processo de resolução deste diferendo. Todos os olhares foram voltados para o Enviado Pessoal do Secretário-Geral da ONU, Horst Köhler.

Esta nova etapa, durante a qual as partes o Marrocos, a Argélia, a Mauritânia e a Polisário discutiram uma saída ao dossiê do saara ocidental, anotando que o segundo dia da mesa redonda sobre a disputa regional no Saara marroquino  foi marcada pela apresentação da delegação marroquina, liderada por Nasser Bourita, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação internacional, face aos membros da Polisário.

O Marrocos participou desta mesa redonda muito convencido da justiça de sua causa nacional e confiante do processo da ONU.

Reconhecidamente, a participação marroquina desta mesa redonda em resposta ao convite do enviado pessoal do Secretário Geral da ONU Horst Köhler.

Ressaltando que a delegação marroquina constituída por Omar Hilale, Representante Permanente do Reino junto às Nações Unidas em Nova York, Sidi Hamdi Ould Errachid, presidente da região de Laayoune-Sakia El Hamra, o Ynja Khattat, presidente da região de Dakhla Oued Ed-Dahab e a Fátima Adli, ativista associativo e membro do Conselho Municipal de Smara.

Esta mesa redonda começou na quarta-feira, dia 06 e 7 de dezembro, no Palácio das Nações Unidas, em Genebra. A delegação participante chamou a atenção dos meios de comunicação pela presença dos presidentes das regiões de Laayoune-Sakia El Hamra e Oued Dakhla Eddahab, além de ativista associativa da Cidade de Smara. A presença desta última reforça a representatividade legítima das populações do Saara marroquino, uma representação local a nível dos responsáveis eleitos e da sociedade civil. Deve-se salientar, neste sentido, que Sidi Hamdi Ould Errachid é também vice-prefeito da cidade de Laayoune.

Ele é um dos membros da tribo Rguibat, que em 1974 representava um quarto da população saaraui no censo espanhol. Por sua parte, Ynja Khattat é um ex-membro da Frente Polisário que se integrou a Marrocos, como operador económico em Dakhla, nos meados dos anos 90, considerado como um brilhante orador, viajou muitas vezes para Bruxelas e Estrasburgo para defender os acordos agrícolas e de pesca entre Marrocos e União Europeia,  desvendando as alegações do polisario em torno da exploração das riquezas das províncias do sul.

Por seu lado, Fátima Adli, representante da mulher saraui e marroquina, participou nesta mesa redonda como ativista e membro do conselho municipal de Smara. Conhecida na cena política Saraui desde o início dos anos 2000,  representando a sua região em diversos encontros nacionais e internacionais para mostrar o dinamismo que conhecem as províncias do sul do reino e a participação das mulheres sarauis na gestão coisa pública.

Lahcen EL MOUTAQI

Universitário