O Marrocos engajou seus esforços no sentido de desenvolver o país e preparar sua infra-estrutura  energética.  A indústria solar da região do Saara Ocidental, um exemplo de integração numa nova fase para o reino de Marrocos que  se posiciona como actor principal na região da África, apesar do diferendo em torno  do saara ocidental, depois da recuperação e da consolidação do território saraui, no ámbito da Marcha Verde 1975.

O Marrocos, sob a liderança do Rei Mohamed VI colocou o país no caminho do desenvolvimento tecnolgóco diante dos desafios da paz e segurança.  O programa de Energia solar inciiado pelo reino constitui um passo em prol do desenvolvimento e uma capacitação em termos de Energia solar através o reino: O programa Noor PV I, pretendido este ano em abril, ele visa três usinas fotovoltaicas nos sites, denominados NOAR Ouarzazate IV (70 MW), NOOR Laayoune (80 MW) e NOOR Boujdour (20 MW).

Estas duas últimas, situadas nas regiões do Saara Ocidental de Marrocos visam desenvolver a partir do sol energia verde, capaz de tornar esta região independente  dos meios energíticos.

Até 2020, o Marrocos pretende produzir mais de um quarto de sua energia verde através de parques eólicos e usinas de energia solar, situadas no sul e no oeste de Marrocos. Não menos de 40% da capacidade solar de Marrocos, provenientes do Saara marroquino. Em novembro do ano passado, o ministerio de enreriga divulgou um relatório intitulado"Electrificar o Marrocos", detalhando os esforços de Marrocos em energia renovável para tornar o Marrocos independente de energia, bem como transferir para os africanos no quadro dos acordos de cooperação e da União Africana.

No início de abril do ano passado, o rei de Marrocos lançou o início do trabalho de construção na região do Saara Ocidental, pouco depois  dos trabalhos do programa Ouarzazate - Marrocos.

A Companhia Acwa Power da Arábia Saudita ganhou o direito de desenvolver os três sites do projeto. Em colaboração com outras três empresas - Chint Group, Shapoorji Pallonji e Sterling & Wilson -  Para a Acwa Power, ela ganhou a licitação com o objetivo de desenvolver, de construir e de explorar as três usinas sob um sistema CPET (Construir, prosseder, explorar, transferir). O anúncio da escolha de Acwa Power foi feito na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP22, realizada em Marrakech,  novembro do ano passado.

A Acwa Power contratou a Sterling & Wilson, com sede em Mumbai, Índia, para desenvolver as instalações. Este contrato foi assinado na COP22.

Em novembro de 2016, a WSRW  dirigiu-se a Sterling & Wilson, por carta escrita para saber sobre as medidas tomadas em relação ao conflito artificial do saara ocidental, a este respeito o povo saraui foi o primerio a defender os projetos e a questão no quadro do plano de autonomia, proposto pelo reino de Marrocos desde 2007.

 A concretização do programa de infra-estrutura Saudita-Marrocos sobre o território regional do saara ocidental foi dada por Vigeo Eiris, uma empresa marroco-francesa-britânica, ela fez declarações firmes e apoia a posição marroquina, respondendo as interrogações de WSRW.

A Agência Marroquina de Energia Solar (MASEN) concluiu o acordo de compra para vender a eletricidade produzida. E a Comissão Europeia afirmou, na sequência do acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia em 2016, que a UE respeita a soberania de Marrocos sobre o seu território nacional.

A Agência Nacional de Energia Elétrica de Marrocos  continua a trabalhar com todos os atores da sociedade para executar vários estudos  para otimizar a rede elétrica decorrentes de energia solar.

Estes trabalhos dos centrais solares devem demorar cerca de 12 meses.

 Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário- Rabat- Marrocos