A implantação da lavagem cerebral pelos líderes da frente da polisário dos jovens sarauís não evita as manifestações que preocupa e aumenta o descontentamento das famílias detidas nos campos de Tindouf, sudeste da Argélia.

Os testemunhos dos seguidores dos líderes da Frente "Polisário" levantam muitas reações entre os saarauis, revelando assim a verdadeira face do grupo de Rabouni, que não hesitou a manipular o destino de milhares de seu povo, mantendo-os como refém das forças armadas argelinas, do difícil clima de Hamada, sob um acordo comercial que não dura muito tempo, devido ao conflito de interesses, minado pelo narcisismo de alguns e ganância de outros.

Depois de quase um meio século, a maioria dos líderes admitem ter enfrentado diferenças acentuadas entre a polisário, quase levar a explodir o seu projeto comercial revolucionário, e a harmonia artificial, pretender, ser a verdade, algo de necessidade temporária, imposto pelos generais do Anakon, sobretudo depois  dos acontecimentos de 1988. 

Foi nos famosos campos de refugiados, onde estão erguidas as bandeiras marroquinas, e os saarauis chamam para regressar às suas terras natais, uma vez os líderes abrem o cerco, a exemplo do Omar Al-Hadrami, Abdel-Qader Al-Talib Omar, Omar Mansour e outros, reconhecendo os refugiados ser vítimas de um jogo puro da Argélia, através do Sr Al-Bashir Mustafa Al-Sayiz e Mohamed Abdma Saliz Aziz Salma, principais elementos de um grupo militar do Argel.

Após as declarações de Mohamed Lamine Ahmed, e Hassan Lahretani, além do Bashir Al-Dakhil e Weld Mayyara, o líder Omar Mansour, membro do Secretariado da Frente fez declarações perigosas nas quais descreveu os acontecimentos, 1988, como históricos, considerando-os como uma revolução contra a escravidão, tentativa de restaurar a decisão. 

Acrescentando não ter nenhum problema em pertencer a esse movimento corretivo, ele removeu os ídolos da frente da "Polisário", acreditando pertencer, mas, tal movimento acaba reconhecendo que aqueles que reprimem as manifestações (incluindo Ibrahim Ghali e Al-Bashir Mustafa Al-Sayed), hoje, eles compartilham o poder entre eles, apesar de tudo, eles têm uma indicação clara sobre a tomada de decisão, eles não têm nas suas mãos e da liderança de Polisario nenhuma decisão, sem os generais argelinos, eles impõem como o primo e o parceiro no acontecimento da desobediência, 1988, Abdel-Qader El-Talib Omar, representante do Argel, devido as boas relações e íntimas com o major-general Said Chingriha, comandante do setor operacional de Tindouf.

O caso do Sr Mansour Omar, nas suas declarações, ele não hesitou em expor e denunciar os irmãos inimigos, admitindo ter as manipulações na ajuda humanitária e da maioria dos membros da liderança não conhecer os fundos e a riqueza da frente da Polisário, dentro e fora de Argélia.  

Após a morte do Mohamed Abdel Aziz, na reunião da frente polisário, anota-se nítidas diferenças entre os membros, motivo a fraca coordenação e a falta de um entendimento claro e da referência, para resolver as futuras disputas entre líderes,  enviando uma mensagem clara a Ibrahim Ghali, alegando que a liderança atua,l tem a legitimidade conforme o congresso do povo, sem isolar ou marginalizar, as notícias vazadas revelam sobre o mandato de Ghali "Krekau", admitido pelos generais argelinos, dando a luz verde, para quaisquer modificações estruturais  da liderança, o qual não tem mais que de cinco meses da sua nomeação.

O processo de espalhar a lavagem interna da liderança aumentou o descontentamento dos moradores do campo, notadamente a geração jovem, que desconhece a maioria das intrigas da liderança de Polisário, como a tentativa do golpe contra o fundador, Mostafa El-Sayed, através de um plano de assassiná-lo no ataque de Nouakchott, 1977, antes de descobrir os verdadeiros objetivos do apoio argelino.

Finalmente, os saarauis do campo Al Hamada veem  que as manifestações, sob um pretexto ou outro, são uma consequência inevitável do bloqueio, perante o tratamento da questão do Saara pela liderança, posta no sentido a continuar a negociar o seu sofrimento indefinidamente, usando, para isso, todos os meios, incluindo a criação de milícias, bandidos de estradas, formados pelo quartel da Argélia, sobre as artes de opressão e abuso,  resta então a Ibrahim Ghali e suas celas,  não ser métodos violentos para enfrentar a onda de protestos nos campos de Tindouf.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário- Rabat- Marrocos