É noite de sexta-feira.
Está chovendo
E eu aqui sozinha antevendo
O dia de amanhã.
Me vejo seguindo o mesmo atalho
Em mais um sábado normal de trabalho.
Sem nenhuma novidade.
Vejo chegando a tarde e me vejo na noite
Sozinha no meu quartinho
Ambicionando um carinho
Um toque
Um beijo
Um olhar de desejo.
Mas, quem sou eu para prever o amanhã?
Quem sabe o sol nasça
Amanhã para muitos
Inclusive para mim.
Quem sabe amanhã
Pela amanhã
Alguém me olhe com desejo
Pela tarde me dê um toque
E pela noite me dê um beijo.
Quem sabe amanhã
Alguém me faça um carinho
E o meu quartinho não pareça uma gaiola
E eu não pareça um passarinho
Tristonho, sozinho!