Quando o STF convalidou a demarcação de 46% de território indígena em Roraima, o risco disso para a soberania brasileira sobre aquele estado foi colocado em pauta. Seja por se falar em nações indígenas e na autodeterminação dos povos, seja porque se trata de estado fronteiriço com vastos vazios demográficos criados pelas reservas. Lembrando que o risco desses vazios amazônicos para a soberania nacional vem sendo denunciado desde Golbery do Couto e Silva.

Pois bem, os venezuelanos por lá já representam 10% da população local - e o número tende a crescer. Só que ninguém fala mais sobre a questão da soberania. É claro que os tempos são inteiramente outros, mas a aquisição do Acre teve como combustível a presença de mais brasileiros que bolivianos naquele território. A geopolítica também é inteiramente outra, mas situação semelhante deteriorou a soberania ucraniana sobre a Criméia e Donetsk.

A conjugação dos fatores acima - território vazio com população crescentemente não-brasileira - arma um cenário perfeito para perda da soberania brasileira sobre Roraima.

Soluções possíveis:

  1. rever a demarcação das reservas indígenas - mas vivemos uma ditadura judiciária em que os erros do STF são incorrigíveis;
  2. acelerar o processo de interiorização dos venezuelanos - sem descurar das medidas prévias de saúde pública, como vacinação.