România, romano e romance¹

 

Carolina Girardello Ballardin

Fernanda Rech Pedrotti

Marina Rech Pedrotti

 

A obra România, romano e romance, do autor Rodolfo Ilari, molda o seu texto a partir de uma divisão de tópicos, assim facilitando a compreensão do conteúdo, o mesmo também faz uso de expressões em língua latina, dando exemplos para que o leitor possa de forma clara fazer inferências sobre o assunto abordado.

 O Estado Romano foi declarado como um dos mais vastos impérios, observando que sua constituição deu-se através de um processo político muito complexo, este é relatado na história das civilizações, mas é conveniente restringir atenções à história romana que se divideem fases. Essasvêm representadas sob formas governamentais: a Realeza, a República e o Império, mas estas formas não têm ligação direta com línguas latinas ou românicas, e os romanistas representam pontos referencias.

O Estado Romano teve sua democratização do poder prontamente explanada, e no que se verifica, enquanto império, não se vê retorno à oligarquia, mas têm-se informações de que fora resultado da anarquia militar e da demagogia política, que foram grandes marcas do período republicano. Alem destes, há outro aspecto a ser analisado, trata-se da capacidade de conquista que os romanos possuíam sobre os outros povos. Isso lhes possibilitava as populações itálicas e gregas; seguida da conquista da Europa Mediterrânea, onde encontraram rivalidade Cartago, no âmbito da exploração marítima, este conflito culminou nas Guerras Púnicas; há também a conquista de Gália e Europa Central, juntamente à Ásia Menor e África, onde se tem como conseqüência de expansão de territórios romanos a utilização de socci no exercito e a ação militar em regiões afastadas; e por ultimo as conquistas tardias, que foram a da atual Escócia, a Romênia e a Arábia Pétrea.

A partir do século II D.C. dá-se a decadência do Império Romano, sua superioridade política descentralizou-se devido à extensão do Império e culminou com a má administração política. Com o poder central que não combatia fortemente os bárbaros, esses cresceram consideravelmente em número e infiltraram-se, ou seja, invadiram e conquistaram seu espaço.

                Cabe ressaltar que embora os romanos explorassem os povos vencidos economicamente, os mesmos procuravam respeitar a religião, também sentiam-se honrados com o uso do latim pelos povos vencidos.

                Sabendo que “românia” deriva de “romanus” recorrida pelos povos latinos. A partir de “romanus” surge a expressão “romanice” que significa “à maneira romana” e desse derivou o substantivo “romance”. Na divisão do império romano separou-se a fala e a cultura latina da fala e da cultura grega. A área de ocupação da língua latina tem, atualmente, a denominação de România, os limites dessa, em comparação ao império romano, não coincidem, pois, grande parte das áreas que dominadas pelos romanos, hoje falam línguas germânicas, gregas, semíticas, dentre outras. Porem falam-se línguas românicas na América Latina, que está fora dos horizontes do mundo antigo.

    O autor enumera três razões para explicar por que o latim não alcançou o domínio e a expansão em todo o Império, são elas: a romanização superficial, a superioridade cultural dos vencidos e a superposição de populações não romanas.

Observa-se que o texto retrata parte da historia dos romanos que é relevante para que se construa um conceito sobre importância da língua latina, enquanto criadora de tantas outras. Jamais se dirá que essa língua tenha desaparecido, pois há subsídios pertinentes em diversas línguas dela provenientes.

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¹ILARI Rodolfo. România, romano e romance. In:________.Lingüística Românica. 3. ed. São Paulo: Ática, 2000. p. 41-53.