Nossa discussão se insere no contexto de buscar pontos de aproximação e distanciamento nos movimentos que aconteceram entre os anos de 1789-1848, que tiveram significantes mudanças na forma como o mundo era pensado e conduzido, tanto sobre o ponto de vista social como econômico.

Sabendo que todo o movimento que culminou com a Revolução Industrial, Revolução Francesa e Independência dos EUA, tem como pano de fundo as profundas mudanças no modelo de produção e condução do poderio (déspotas), e uma classe crescente que se beneficia do comercio aflora e busca seu espaço, conseqüentemente esta mudança se faz necessária para uma redistribuição do poder econômico baseado no regime capitalista que, segundo podemos apurar influência outras civilizações ao longo do globo, principalmente aquelas que eram colônias das então potencias. Para entendermos bem este fenômeno precisamos entender a motivação por traz de tantas transformações. O mercantilismo como fonte de apropriação e expansão marítima, aumenta de forma significativa os domínios de nações que expandem seus domínios alem mar, ou seja, buscam novas rotas comerciais fortalecendo com isso o tesouro, pois as colônias produziam desde alimentos a pedras preciosas, e davam conta de abastecer sem ônus, pois o sistema de trabalho em parte delas era escravo.

Neste ponto segundo HOBSBAWN, as revoluções têm caráter distinto, ou seja, a Revolução Francesa tem caráter ideológico, já Revolução Industrial Inglesa tem caráter econômico. Com relação à Independência dos EUA, a relação de colônias foi sendo alterada por taxação imposta pela coroa britânica como forma de conduzir e manter, privilégios e o protecionismo para com os produtos que eram oriundos do solo britânico.

A definição que melhor enquadra a Revolução Francesa vem de Gerard, que:

 

A Revolução Francesa é aqui definida por seu conteúdo econômico e social,”(GERARD, P118-220)

 

 

Toda esta discussão de classes que passa pela queda da bastilha e do sistema de governo, a condução da classe burguesa para ocupar um espaço que segundo eles, por estarem em evidência política e social tinham o direito e dever de ocupar em detrimento dos senhores feudais e principalmente da Igreja, que também tinha privilégios. Pensando a Revolução Industrial seus principais fatores, foram o fim do absolutismo e conquentemente, a burguesia assume as rédeas da situação e alguns fatores contribuem de forma significativa para esta mudança: acumulo de capitais pela nova classe mercantilista, o êxodo rural.

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

 

Pelo que podemos notar nesta discussão muito embora os modelos revolucionários possam ter alterado de forma significativa a constituição econômica, o ente esta totalmente alijado deste processo, pois toda a tomada de decisão tem um fim especifico, e que não necessariamente passa pelo bem estar social, ou seja, o homem senhor de sua própria história, a Igreja pensou esta realidade de forma a conduzir e livrar o homem de um mau que necessariamente não se sabe qual não esta muito distante no modelo capitalista, a importância primordial neste contexto é o fortalecimento de uma forma de governo. Se pensarmos que estava sendo criada no bojo desta discussão uma luta de classes, iremos desembocar no mesmo problema secular e circular, o contrato social.

Se seguirmos o direcionamento do contrato social, pensaremos que sempre será necessário existir dominantes e dominados para que a relação de classes sempre permaneça.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

 

 

 

 

GERARD, Alice. A Revolução Francesa. (Mitos e Interpretações). São Paulo, Perspectiva, s/d., PP 118-22.

 

HOBSBAWN, Eric J. A Era das Revoluções 1789-1848. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. P.17-20.

 

ROSSEAU, Jean-Jacques. Os Pensadores. 1ª Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1973. P.27.

 

WWW.campus22.unimesvirtual.com.br/eduead/mod/resource/view.php?inpopu(acesso em 26/09/2012)