Tema: Retorno a Escola no Brasil após o Confinamento do COVID -19: Medidas preventivas para o ambiente escolar em Belém do Pará.

 

Prof. Msc. Miguel Arnaud Marques, mestre em educação pela Universidad Autônoma de Assuncion, Advogado de Carreira, Lic. pela FAPAN, Pós graduado em Gestão Escolar UNAMA.

Resumo: O presente artigo procura fazer uma reflexão e propor indicadores para o retorno das aulas na rede publica e particular, sinalizando segurança após o confinamento do COVID-19.O objetivo é contribuir com o governo e com a sociedade cientifica educacional a respeito do assunto e mostrar a realidade da escola pública.

Abstract: This article seeks to reflect and propose indicators for the return of classes in the public and private network, signaling security after the confinement of COVID-19. The objective is to contribute with the government and the educational scientific society on the subject and show the reality of the public school. Summary: This article seeks to reflect and propose indicators for the return of classes in the public and private network, signaling security after the confinement of COVID-19. The objective is to contribute to the government and the educational scientific society on the subject and show the reality of the public school.

Palavra chaves: COVID-19, isolamento, escola, proposições

 

Introdução

 

A escola é um espaço de trocas de saberes de conhecimentos entre alunos, dai nossos alunos sempre mantem contato deste o início da entrada ate a saída de suas ativiades. Neste sentido, com o distanciamento ao retornar as atividades escolares teremos que mudar nossa rotina, nossa estratégia de ensino e até a forma como abordamos nossos alunos.

Todo relacionamento interpessoal que cultivamos seja no lar ou na escola, influenciam diretamente em nossa personalidade, opiniões, alegrias, tristezas e comportamento. Quando o isolamento ocorre, essa troca deixa de acontecer e a pessoa isolada se tranca em sua própria mente em seu próprio eu, construindo formas de se agir pensar e se comunicar com outros seres. O retorno à escola esta tendo uma animosidade dos alunos que desejam retornar com segurança e rever os amigos, professores diretores e coordenadores. Além de rever o momento da merenda escolar a ida a biblioteca a quadra de esporte e ao laboratório de informática. É neste sentido, que nossos olhares devem estar voltados a métodos como saber retornar, afinal somos nos os protagonistas da educação de nosso pais.

A escola é um local onde circula muitas pessoas em pequeno espaço, e isso e um perigo a contaminação no ambiente escolar pelo Corona Vírus.

A titulo de exemplo na Escola Santa Luzia no ano de 2018 começaram a surgir em nossos alunos caxumba a famosa papeira, apareceram 3 casos e após 15 dias já haviam mais de 10 crianças em turnos diferentes contaminados. Observamos que não estava sendo normal nossos alunos estarem entrando de atestado seguidamente, o que levou a uma reunião com o corpo administrativo e analisamos que as crianças apesar do surto esta no bairro  e  escola era o local onde estava ocorrendo a maior contaminação. Dessa forma a direção acionou a vigilância da Sanitária da PMB, relatamos os casos e apresentamos relatório da frequência e este vieram a escola  imunizar as crianças e todos os adultos. As crianças a serem vacinadas além da autorização dos pais apresentaram a carteira de vacina. Após a vacinação não tivemos mais casos registrados, ou seja o vírus foi bloqueado imediatamente pela vacina, realizamos um mutirão de limpeza e lavagem na escola para retornarmos as atividades.

Em 2020 desde o inicio do ano foi deliberado em reunião com pais à proibição de crianças que apresentassem sintomas de gripe para não frequentarem a escola. Tal medida, foi instalada em fevereiro, o que já prevíamos a chegada do Corona vírus no Brasil, realizando assim a prevenção. Dessa forma, não tivemos grande numero de alunos ausentes devido a virose. Entretanto, no caso da COVID-19, por ser mais perigoso e como não há vacina, a atenção deve ser redobrada com o distanciamento. Partindo destes princípios surge os questionamentos? Como distanciar os alunos se em cada sala há no mínimo 30 a 40 alunos em pouco espaço? Como higienizar nossos alunos antes da entrada? São estes questionamentos que tentaremos sugerir e recomendar por meio de algumas diretrizes que poderiam ser aplicadas futuramente e mediatamente em nosso ambiente escolar.

Este artigo é uma reflexão de realidade vivida em escola publica, podendo ser considerado como um estudo direcionado as escolas publicas, sendo as proposições também podem ser usadas pelas escolas particulares.

  1. O Distanciamento social de alunos na escola como forma de prevenção

O distanciamento usado como medida de prevenção contra a COVID-19 e uma realidade em nossos pais e no mundo aconselhado pelas instituições de pesquisa. Vejamos o que a Fiocruz refere a respeito:

Com base em análises técnico-científicas e como parte de seu compromisso com a vida, com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com a saúde da população, a Fiocruz considera urgente a adoção de medidas rígidas de distanciamento social e de ações de lockdown no estado do Rio de Janeiro, em particular na região metropolitana, visando à redução do ritmo de crescimento de casos e a preparação do sistema de saúde para o atendimento adequado e com qualidade às pessoas acometidas com as formas graves da Covid-19.

Os especialistas da instituição projetam que, caso não sejam tomadas medidas mais rígidas de distanciamento social no estado do Rio de Janeiro, haverá um agravamento da situação epidemiológica e de insuficiência de leitos no mês de maio de 2020, que pode se prolongar e levar a um número expressivo de mortes que poderiam ser evitadas[1].

 

As medidas de distanciamento social é essencial no momento para combater  a proliferação do Corona Vírus. Diante deste posicionamento que iremos trilhar meios para que nossas escolas ao retornarem suas atividades, façam com segurança, mas não depende somente dos atores da escola e sim da vontade dos governos.

Assim, e tempo de repensarmos a organização da escola, seja em tempo e espaço de aprendizagem. A BNCC já desafia a mudarmos a novas metodologias de ensino se adequando a realidade do aluno. Temos que repensar as formas de ensinar e desafiar as várias metodologias, de como construir este conhecimento com o aluno.

O professor, por outro lado devido a Pandemia, até que se tenha a verdadeira cura precisa manter o distanciamento do aluno, de forma que este não sinta se excluído. E como fazer este distanciamento?, já que nossos professores, principalmente os do ensino fundamental menor precisam: corrigir caderno, exercícios no caderno, leitura individual? Metodologias que muitas pessoas podem achar ultrapassadas mais estão presentes no cotidiano da sala de aula e respondem por bons resultados.

No incurso deste contexto instalado vamos repensar primeiramente, como manter a distancia das carteiras, já que as salas de aula comportam 35 a 40 alunos por um espaço, que não chega a um metro quadrado por aluno. Não há uma solução para este modelo de distanciamento, pelo menos nas escolas publicas estadual e municipal, onde se atende a massa da população.

Um ambiente com varias pessoas é um ambiente considerado de alto risco para contaminação e proliferação do Corona Vírus. A criação de estratégias de isolamento e controle antes do retorno educacional é fundamental para a segurança pública da saúde de nossa comunidade escolar.

Uma revisão de 29 estudos do Instituto Cochrane mostra que a quarentena e medidas de isolamento social reduzem de 31 a 63% o número de mortes por corona vírus (Sars-CoV-2). Se a eficácia dessas estratégias é inegável, restam dúvidas sobre qual o momento ideal de flexibilizá-las. Daí porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou seis critérios que devem ser preenchidos antes de começar a afrouxar paulatinamente o controle de movimentação da população[2].

 

A china a titulo de exemplo, após o fim de quarentena estendeu ainda mais o retorno às escolas, visto que previam uma retomada da contaminação, já que o numero de pessoas em um mesmo espaço podem proliferar o vírus.

 

Uma pesquisa chinesa publicada no The Lancet sugere que um relaxamento prematuro das políticas de isolamento social culminaria em um crescimento rápido de mortes pelo corona vírus — e desperdiçaria parte do esforço conjunto de antes. “Uma decisão precoce pode acelerar a transmissão e gerar uma segunda onda de infecções”, escreveram os cientistas Shunqing Xu e Yuanyuan Li, da Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong[3],

 Neste aspecto, a escola como  ambiente propicio e necessário para o desenvolvimento do país, necessita de um olhar mais carinhoso, assim como a saúde pelos governantes.

Dentre os pontos propostos pela OMS que devem ser cumpridos, antes de começar a diminuir as medidas de isolamento social, pontuamos alguns com aspectos voltados para o Brasil e para nossa cidade das mangueiras, Belém do Pará.

  1. Transmissão do vírus controlada: O Ministério da Saúde atualizou, na noite desta segunda-feira (11), os dados sobre a pandemia do novo coronavírus no país. Até o momento, são 11.519 óbitos registrados e 168.331 casos confirmados. A taxa de letalidade é de 6,8%.
  2. Sistemas de saúde com capacidade de detectar, testar, isolar e tratar todas as pessoas com corona vírus e os seus contatos mais próximos.
  3. Controle de surtos em locais especiais, como instalações hospitalares.
  4. Medidas preventivas de controle em ambientes de trabalho, escolas e outros lugares onde as pessoas precisam ir.
  5. Manejo adequado de possíveis novos casos importados
  6. Comunidade informada e engajada com as medidas de higiene e as novas normas:

Nesta seara que discutiremos somente alguns itens que são fundamentais para suporte de um retorno seguro as escolas, já os demais devem ser obedecidos rigorosamente pelos governos.

Para termos um ambiente propicio a educação e a saúde nossas escolas precisam de um ambiente melhor de aprendizagem, não cabe mais em pleno desenvolvimento do País escolas em palafitas e educação em baixo de arvore. E preciso a reforma geral de algumas escolas, mesmo que seja paliativa para suprir as necessidades básicas como forro, revisão elétrica, pintura, hidráulica e equipamentos para nossos alunos, além da desinfecção de todos os ambientes escolares com material próprio. Até porque, neste período, na região metropolitana a parte administrativa ficou funcionando, e inclusive com circulação de pessoas que vieram receber os alimentos escolares ou cartões como foi caso do nosso Estado do Pará. Atitude esta, muito bem pensada por nosso governador.

Este ponto aflige muitas escolas que necessitam de reforma, pode ser considerado de suma importância para retornarmos. Neste aspecto, o governo deverá agir de forma rápida para o atendimento das demandas escolares, conforme o caso requer.

Proposições Delineadas

Outros aspectos a serem discutidos partem dos itens a seguir extraídos da OMS perfazendo as necessidades básicas para um retorno seguro das escolas, com uma visão criteriosa de expertises dentre dos paradigmas do ambiente escolar.

  1. Sistemas de saúde deve ter a capacidade de testar todos os nossos alunos e funcionários da escola, para maior segurança da comunidade escolar, pois se ainda houver casos devem ser isolados, propondo o tratamento de toda comunidade escolar com coronavírus e os seus contatos mais próximos.

O governo, caso não tenha a capacidade de fazer a mensuração de toda comunidade escolar, alunos e servidores pelo menos deve encaminhar as escolas o medidor de temperatura para que se possa realizar diariamente pelo menos este sintoma em nossas crianças.

Esta medida seria uma espécie de controle de entrada, porém precisaria de mais funcionários na portaria da escola ou profissional auxiliar ou técnico de enfermagem, já que o numero de alunos por turno, dependendo da escola chega em media 200 e as escolas de grande porte mais de 400 por turno.

  1. Estas medidas já comtemplariam o item 4 proposto pela OMS, enquanto medidas preventivas de controle em ambientes de trabalho, escolas.

Na escola, também deve ser instalada na entrada desinfectadores que jogasse um jato de liquido em todas as pessoas que viessem adentrar o ambiente. Além, do uso de álcool em gel em todos os ambientes , principalmente nos ambientes administrativos onde se mantem contato direito com o publico.

 

Uso de Mascará Obrigatório

 

Outro sistema de segurança para todos seria a obrigatoriedade de usos de mascaras, tanto pelos alunos como por toda a comunidade escolar, evitando assim a contaminação.

 

Quanto ao aspecto físico as salas devem ser ventiladas com pintura novas devendo ser mantido sempre limpo o ambiente escolar com usos de desinfetante antes da entrada e após a saída dos alunos.

 

Refeitório e Merenda escolar:

 

O refeitório das escolas devem continuar a serem higienizados diariamente e a merenda escolar deveria ser terceirizadas ou a escola deveria utilizar materiais descartáveis, não de plástico,mas de papel para reciclar .

As serventes e merendeiras devem usar novos IPIS, desde a confecção até a merenda ser servida, como: mascara tela de proteção, touca, luvas. Sabemos que muitas unidades já adotam tais instrumentos, visto que o serviço foram terceirizados.

Suspensão de atividade cívica e cultural

 

As atividades comemorativas também devem estar suspensas nas escolas, evitando assim um numero de aglomerações maiores. Esta atitude, apesar de se rigoroso e lamentável e preciso neste tempo, enquanto não se descobriu a vacina do COVID-19.

 

Uniforme escolar

 

Apesar do uso do Uniforme não ser obrigatório as escolas de forma geral, junto com a comunidade, adotam uniforme escolar como forma de identificação dos alunos e da segurança e controle do ambiente. Apesar, de ser uma forma de controle insuficiente as escolas e a comunidade aderem como forma de organizar melhor o ambiente escolar.

No caso em comento, ogoverno deverá ofertar duas fardas para os alunos com sinais e características diferentes para uso diário. Nossos alunos passam 5 horas no ambiente escolar com a farda e há algumas que usam a semana toda com a mesma farda.

Dessa forma, propomos que o aluno tenha duas fardas, assim evitaremos que o aluno utilize em dias seguidos a mesma farda. Apesar da rigorosidade da norma a ser pensada e para o bem de nossa comunidade, mas depende do governo. Porém, se houver na entrada da escola o higienizador, não precisaria a troca de farda diariamente. Sendo que o higienizador e o medidor de temperatura são fundamentais nas escolas e essenciais durante o retorno

 

Distanciamento social dos alunos

 

As salas de aula correspondem turma com 35 a 40 alunos por turma. Se nos ativermos por salas de aula as escolas com 12 salas de aula corresponderiam a media de 400 alunos por turno, o que nos remete a afirmar que seria uma grande aglomeraçãode pessoas predispostas a transmitir e adquirir o Vírus, mesmo estando este controlado. E como poderíamos amenizareste impacto?

 

Neste ponto de analise poderíamos adotar :

  1. As turmas seriam divididas em duas prevalecendo o total de 15 ou 20 alunos por turma e estas deveriam realizar revezamento durante a semana. A forma do revezamento seria semanal, ou seja, uma semana metade da turma teriam o direito de ter aula com toda a sua carga horária por um período de 5 dias, alternando as semanas. O amago da questão seria os dias letivos . Entretanto, os mesmos poderiam ser compensados no decorrer no ano letivo e ate reduzido pelo motivo da Pandemia.

Esta estratégia é a única forma que observa se para que as escolas, principalmente de grande porte possam retornar as suas atividades sem levar em risco os alunos e os profissionais da educação.

Não é uma atitude que iria abalar os docentes e nem os discentes, visto que já passamos por períodos de greve sem aula de forma mais prolongada e posteriormente a escola minimamente recuperou o tempo perdido. Não podemos dizer que foi 100% recuperados mais 95 % conseguimos salvar o ano letivo.

Este período no que tange a Pandemia é uma estratégia para que o surto antes da vacina não seja proliferado e podermos voltar às atividades educacionais.

 

  1. Comunidade informada e engajada com as medidas de higiene e as novas normas:

 

Será preciso o governo apoiar e dar suporte as escolas para o retorno, pós controle da COVID -19, com elaboração de panfletos e novas normas de acesso a escola e aos meios de higiene, reforçando a todos que frequentam o ambiente escolar por meio de campanha sobre o contagio do Víruse seu modo de transmissão e sintomas.

Este meio de informação não pode ficar restrita somente a escola, mas de forma ampla pela televisão com propagandas voltadas a escola, antes do retorno.

 

  1. Recursos financeiros nas escolas

 

Os recursos financeiros tanto pelo governo estadual como pelo Federal devem ser encaminhados à escola para que esta possa realizar, antes do retorno adaptações e compra de materiais necessários ao ambiente escolar.

Neste aspecto, surge um fator impactante para que a escola não tenha acesso aos recursos que é dividas junto a Receita Federal de seus Conselhos escolares. Apesar, de o Conselho Escolar ser uma instituição sem fins lucrativos, muitos conselhos contam com dividas e encontram-se com pendencias financeiras junto a receita federal, o que precisaria de uma lei para anistia ou perdão desses conselhos escolares conduzindo os mesmos a fazerem jus de movimentar os recursos do Governo Federal como PDDE e outros.

Caso o governo ou Ministério da Educação não tome providencias a respeito deste ponto se tornara difícil a escola e a comunidade ter um retorno seguro, podendo os responsáveis pela autorização responderem por crime de responsabilidade com a saúde publica.

        Nesta seara não podemos ser negligentes como há registros em São Paulo e em outras cidades de pessoas se manifestando contra as medidas sociais, além de aglomerações desnecessárias. Isso sugere que ainda há bastante gente negligenciado a pandemia de coronavírus. O que esta em jogo e a saúde e a vida de milhares de alunos que serão futuramente os regentes de nosso Brasil e não podemos ser omissos diante da Pandemia que o Mundo Vive.

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Com base nas analises somente temos que reiterar que os esforços no que se refere a reforma e outros equipamento destinados a educação, assim como aos hospitais somente depende de nossos governadores e do próprio Ministério da Educação. Diante desta abordagem os pontos discutidos e sugeridos pela OMS e adaptados neste artigo referente a educação são de suma importância para um retorno seguro das atividades escolares. E neste sentindo e significado que nos propomos a divulga estas analises como forma de contribuir não só com o governo, mais com a área da educação, visto que há pouco estudo sobre o retorno as aulas. O presente servira para abertura de novas discussões a respeito do tema.

 

 

Referencial:

  1. https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-fiocruz-alerta-para-urgencia-de-medidas-rigidas-de-isolamento-social
  2. https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-medidas-flexibilizar-isolamento-social/
  3. Sampieri, Fernandes Metodologia de la Investigacion. 2006
  4. http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/viewFile/787/8151

 

 

 

 

 

[1]  https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-fiocruz-alerta-para-urgencia-de-medidas-rigidas-de-isolamento-social

[2]  https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-medidas-flexibilizar-isolamento-social/

[3] https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-medidas-flexibilizar-isolamento-social/