Resumos sobre cinemática em estudos de educação física.
Publicado em 16 de março de 2017 por Leandro pereira Benevides
Análise de variáveis cinemática na corrida do triathlon obtidas em prova simulada
Uma análise cinemática (Do grego: Movimento), pretende analisar a biomecânica de um movimento. No caso do referido artigo, o movimento dos triatletas torna-se importante, pois define um estudo sobre as variações de velocidade, altura do salto, e distância percorrida, visto que no triátlon, os atletas, muitas vezes, sofrem um desgaste físico muito grande após as duas primeiras etapas da prova.
A corrida, conforme afirma Fraga et al, apresenta, dentre as outras modalidades da prova, a maior quantidade de variações entre velocidade e tempo de execução, em pontos, isso se deve ao desgaste físico, e sendo o papel da educação física e do esporte preparar os atletas para o desenvolvimento do melhor desempenho, esse estudo tornou-se necessário.
Há um problema em levantar dados específicos e realísticos na análise do trabalho. O autor reconhece que o fato de ter analisado o desempenho de atletas em uma prova simulada acaba comprometendo a qualidade do teste e por isso, já antecipa que os dados em uma corrida real, motivados pelas questões emocionais que envolvem uma competição fariam com que o desempenho pudesse ser ainda maior, e conta, com essa margem de erro.
Entre as conclusões definem que “A amplitude e a frequência da passada são fatores determinados por escolha individual, e podem ser influenciados por inúmeros fatores como, por exemplo, o tipo de calçado utilizado, a superfície de contato, as dimensões antropométricas e o estado de fadiga do atleta” (p.19).
As estratégias de pesquisa notaram que a amplitude e a força da passada aumenta no decorrer da corrida, o que simula uma situação real, onde o produto de análise sofre interferência biológica, quando os atletas mantém um ritmo ao longo do percurso, reservando energia para o final da corrida onde compensam a classificação, buscando um resultado final mais positivo.
Entre os resultados, as estratégias de treino que podem ser traçadas a partir dessa pesquisa, mostram que é necessário elaborar mais estratégias de treino em busca de melhores desempenhos.
Análise cinemática da variabilidade do membro de suporte dominante e não dominante durante o chute no futsal
O referido artigo projeta um estudo cinemático sobre a biomecânica do chute no futsal. Esse estudo tem como importância definir metas para evoluir os treinamento e melhorar o desempenho dos atletas sobre os níveis de força, velocidade e equilíbrio.
Sobre esses três aspectos, os estudos realizados observaram através do posicionamento de quatro câmeras de vídeo, posicionadas 1 em cada canto da quadra, que o membro dominante, como esperado, tem melhor desempenho no chute, e que o membro não dominante tem melhor desempenho na base de apoio e equilíbrio.
Nesse estudo, o resultado obtido era esperado, mas o que se torna mais importante, é observar que os resultados obtidos em vídeo servem como apoio para melhorar o desempenho dos atletas nos treinos, objetivando um treino mais específico, valorizando o que os atletas tem, positivamente, e melhorando seus pontos negativos, seja em equilíbrio ou velocidade.
Para o autor, “a ferramenta utilizada no estudo se apresentou eficaz para análise da variabilidade. Por meio dos conceitos matemáticos, que às vezes são de difícil interpretação, apresentou-se o que ocorreu na variabilidade de ambos os membros durante o movimento de chute. Como esperado, a variável desempenho mostrou-se diferente entre os lados. O MD mostrou desempenho maior (37,4% de acerto no alvo) em relação ao MND (5% de acerto no alvo)” (p.74).
Entre os resultados obtidos, ainda, é possível perceber a força sobre as articulações do joelho e tornozelo dos membros dominantes no chute, que apresentam uma maior variabilidade, em relação aos membros não dominantes. Nesse aspecto, o estudo cinemático tem como função levantar medidas para os treinos que se adequem as necessidades dos atletas melhorando seu desempenho total, e evitando o aparecimento de lesões.
Comparação de atletas do voleibol através da análise cinemática e dinâmica de trajetórias de bolas de saque
Sobre as perspectivas da cinemática, que observa o desempenho aerodinâmico dos saques dos atletas de voleibol, observando principalmente o desempenho desses atletas na execução de quatro tipos de saques, observa-se através da implantação de câmeras numa quadra, simulando o saque em uma partida real, que o desempenho do atleta pode interferir no sucesso do seu objetivo final, o ponto.
Em muitas partidas de elite, independente do quadro de atletas que participaram da pesquisa, já que foram observadas atletas mirins, juvenis e apenas um adulto de elite, o saque tem uma função primordial no desenvolvimento da partida. Muitos pontos de saque contribuem para a vitória.
Por isso, um estudo cinemático sobre o saque visa elencar os erros e acertos para desenvolver um treino eficaz sobre o desempenho dos atletas, em visão de melhorar o saque em si, desde o contato inicial com a bola, até o ângulo em que ela traça seu caminho, e o seu objetivo final. É um estudo estratégico que os autores desse artigo desenvolveram, entre seus resultados;
“[...] Considerando-se as medianas das distribuições apresentadas, as velocidades iniciais de lançamento são maiores, as bolas passam mais perto da rede e os ângulos iniciais de lançamento são menores. As diferenças entre as outras categorias de jogadores são menos aparentes e se diferenciam de saque para saque e de variável para variável. Não parece existir predomínio de uma categoria sobre a outra em relação às variáveis medidas. Não obstante, quando se observa cada categoria isoladamente pode-se detectar uma heterogeneidade maior, principalmente em se tratando das variáveis; ângulo inicial de lançamento e altura a que a bola passa acima da rede” (p.14).
Obviamente, a força de impacto da mão sobre a bola é maior nos atletas de elite do que nos atletas mirins, mas essa variável não pode ser levantada apenas pela cinemática, que prevê, nesse artigo, a responsabilidade sobre a melhoria do saque, enquanto aspecto importante na contagem final dos pontos.