Estratégias de textualização na fala e na escrita, nos mostra que as diferenças mais notáveis entre elas, estão nas atividades de formulação textual. O objetivo de Marcushi e Ângela é verificar como algumas dessas atividades se dão na construção do texto oral e do texto escrito. Todas as atividades realizadas no processamento textual visam, em principio, a construção de sentido. Essa construção de sentido vai precisar de três estratégias primordiais, essas são: a correção, a repetição e a modalização. A correção é a estratégia de formulação textual que se manifesta de forma diferenciada na fala e na escrita. Durante um turno de fala, o falante pode mudar de ideia sobre o que esta dizendo naquele momento, pode confundir-se na própria pronuncia de uma palavra ou na concordância verbal ou nominal, pode se usar uma palavra inadequada. O falante se alto corrige rapidamente. Já na escrita as correções não são vistas por nós leitores, pois o autor usa diversos recursos para não mostrar suas correções. Diferente do discurso falado, na escrita teremos tempo para ocultar as nossas correções, ao escrever um livro, o escritor faz um rascunho e depois passara a limpo, pois com certeza mudara algumas frases/palavras, sem duvida, muitas pessoas não conseguiriam ler um  livro se esse estivesse com as correções em destaque. A estratégia de repetição é uma das estratégias de formulação textual mais presentes na oralidade. Na fala, onde nada se apaga, a repetição faz parte do processo de edição. Sua presença na superfície do texto falada é alta, constando-se que, a cada cinco palavras em media, uma é repetida. Já a repetição na escrita desempenha um forte recurso persuasivo. Destacando que a ideia de repetição de palavras repetidas significa “pobreza vocabular”, esta errada, pois, muitas das palavras repetidas principalmente em sequencia, servem para expressar algo forte, e mesmo o escritor sabendo o sinônimo da palavra repetida, dependendo do que ele queira expressar, ele saberá que ao usar os sinônimos a frase não terá o mesmo impacto que ele gostaria de passar. A modalização esta concomitantemente expressando a atitude ou ponto de vista sobre o que os falantes/escritores dizem ou escrevem. A rigor, quando comunicamos alguma coisa a alguém, nosso ato de fala é sempre qualificado, ou seja, não apenas repassamos uma informação, mais também damos indicações de nossa atitude ou posição frente essa informação. De maneira geral, ela se refere a essas qualificações, ou em outras palavras, a modalização expressa as atitudes ou posições de falantes e escritores em relação a si próprios, em relação a seus interlocutores e em relação ao tópico do seu discurso. Stubs(1986 p.4), diz que a modalização refere as maneiras em que a linguagem é usada na comunicação para expressar crenças pessoais, adotar posições, concordar ou discordar com outros, formar alianças pessoais e sociais, ou alternativamente, para afastar o falante/escritor de pontos de vista e de ficar vago e não comprometido. Assim, as diferentes manifestações da modalização são vistas como estratégias que falantes/escritores usam para se posicionarem diante das proposições que produzem ou recebem. 

Palavras-chaves: Estratégia, Repetição, Correção e Modalização.