RESUMO DO1º E 2º CAP O INSTINTO DA LINGUAGEM (2002) DE STEVEN PINKER.
Publicado em 15 de junho de 2014 por Paulo Marcos Ferreira Andrade
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE LINGUAGENS
DEPARTAMENTO DE LETRAS
CURSO DE LETRAS/ESPANHOL
PAULO MARCOS FERREIRA ANDRADE
LINGUÍSTICA I
ATIVIDADE III - 3ª SEMANA
RESUMO DO1º E 2º CAP
“O INSTINTO DA LINGUAGEM” (2002) DE STEVEN PINKER.
Cuiabá, MT
2014
RESUMO DO1º E 2º CAP “O INSTINTO DA LINGUAGEM” (2002) DE STEVEN PINKER.
Em O Instinto da Linguagem, Steven Pinker discorre sobre sua célebre tese: a linguagem não é a mais prodigiosa invenção cultural humana. Ela é uma peça da constituição biológica do cérebro.
Num pensamento Darwinista o autor nos mostra que a complexidade da linguagem é parte de nossa herança biológica inata. A ideia de linguagem como instinto foi trazida pelo próprio Darwin em 1871. Todavia a teoria de Chomsky onde são abordados dois pontos importantes, a saber, em primeiro lugar, cada frase que uma pessoa enuncia ou compreende é virtualmente uma nova combinação de palavras, que aparece pela primeira vez na história do universo. O segundo fato fundamental é que as crianças desenvolvem essas gramaticas complexas rapidamente e sem qualquer instrução formal, também contribui com o pensamento Pinkerniano, permitindo-lhe assevera que a mente de uma criança esta pronta para aprender a gramática de qualquer língua.
Para Pinker, a concepção de linguagem como um tipo de instinto transmite a ideia de que as pessoas sabem falar mais ou menos da mesma maneira que as aranhas sabem tecer suas teias. Isso implica a crença numa genética da linguagem, um atributo inato que permite o ser humano a desenvolver a linguagem em detrimento da cultura social enquanto imagem e símbolo, mas já presente na mente enquanto habilidade de comunicação. Seria como dizer que o a espécie humana nasce para a fala, como esta lhe inerente.
Segundo Pinker o ser humano é espécie notável por suas precisões cerebrais, onde a habilidade da linguagem se sobressai a qualquer outra atividade. O autor afirma que o cérebro humano é capaz de configurar de forma eximia e precisa até mesmo um pequeno ruído que produzimos. Desta forma ele assevera que a linguagem está tão ligada ao ser humano que se torna quase impossível viver sem ela, assim vivemos, pois a experiência do verbo nas nossas relações sociais.
O ponto de apoio de Pinker é essencialmente a psicologia evolucionista, a fusão entre ciência cognitiva e biologia evolucionista a primeira procura entender o que é a mente e como funciona, enquanto a segunda se esforça em explicar os motivos que oportunizaram a existência da mente. Então explica a linguagem como instinto essencialmente humano. Desta forma explica Pinker que capacidade de uso dos símbolos em um acontecimento sem precedentes biológicos é o que diferencia em suma o homem dos demais animais.
Segundo o autor a linguagem é adquirida a partir da vivencia social e seu aperfeiçoamento é feito pelas instituições escolares. Todavia não um artefato cultural, mas uma produção biológica da própria mente e por sua vez uma unidade complexa que se desenvolve espontaneamente na criança, e deste modo alguns cognitivistas a descrevem como faculdade psicológica, o Pinker ironiza chamando de instinto.
O autor considera a linguagem como inefável essência da singularidade humana, uma das maravilhas da engenharia da natureza. Pinker procura mostrar em sua obra que o ser humano está mentalmente programado pela natureza para produzir linguagem, assim como as aranhas para fazer teias, os passarinhos para cantar e os cachorros para latirem.
As ideias de Pinker fazem enfáticas referencias à linguagem verbal, ou seja, a fala, mas isso não significa dizer que esta seja exclusivamente seu objeto. Assim para o autor linguagem é pensamento tanto como não pensamento sem signos tornando a linguagem muito mais que a simples atividade de codificação verbal.
Referencia
PINKER, Steven. O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. Tradução: Claudia Berline. Ed. Martins Fontes. São Paulo, 2004.