RESENHA

A Eficiência Empresarial, Objetivo Estratégico

HAMEL, Gary; PRAHALAD, Coimbatore Krishnarao. Objetivo Estrátegico. Harvard Business, maio.1989.

DRUCKER, Ferdinand Peter. A Eficiência Empresarial. Harvard Business Reviex.1963.

Maressa Layan Queiroz de Souza

Os artigos desenvolveram uma crítica ao setor administrativo das empresas. Peter.F.Drucker relata a preocupação dos gerentes em gerenciar as empresas pelo desempenho econômico, causando transtornos devido as pressões e ansiedades para a tomada de decisões.

Para administrar é preciso de conceitos simples, o gerente tem que reconhecer sua função, que é dirigir os recursos e esforços da empresa na direção das oportunidades para obter resultados.Contudo, o que normalmente se vê é que a maior parte do tempo gasto com trabalho, a atenção e o dinheiro estão sendo usados para resolver os problemas e não para aproveitar as oportunidades. As atividades são muitas das vezes direcionadaspara o desempenho de funções que não geram resultados significativos.

É de fundamental importância identificar as áreas de eficácia e trabalhar nela. A alocação dos recursos e pessoas estão sendo distribuídos de forma errônea, os potenciais mais produtivos são usados em áreas que tem grande grau de dificuldade, mas que gera um resultado mínimo. Portanto, trabalham muito e contribuem pouco. Os resultados econômicos significativos só surgem quando a alocação dos investimentos e recursos humanos de alto nível,são direcionados para os setores mais eficazes.

Outro problema são os produtos alavancados, as empresas principalmente as americanas se especializam em várias áreas de produção, até em áreas que não têm grandes demandas. O atravancamento de produtos é um problema básico da força competitiva dos EUA na economia mundial.

Foram criadas enormes equipes de staff, mas não houve concentração suficiente de esforços em nenhuma área capaz de avançar. É preciso gerenciar os recursos e definir os esforços. Portanto, alguns passos a serem seguidos pela gerencia, são o de analisar (conhecer os fatos), alocar (realizar alocação de recursos, de acordo com os resultados), e tomar decisão (decidir sobre os produtos, staff, criar e buscar oportunidades).

O gerente precisa ser realista ao tomar decisões, atender as necessidades das áreas que apresentam real valor, e se necessário for, deverá abrir mão do que já não mais gera o resultado previsto, tornando a empresa mais flexível em suas ações.

Em seu artigo “Objetivo Estratégico”, Gary Hamel C.K. Prahald fala da energia despendida por algumas companhias para reproduzir as vantagens coorporativas de suas concorrentes, isso é realizado pelas empresas do ocidente, que durante algum tempo ficaram em um lugar confortável, não sendo confrontadas por movimentos industriais maiores que os seus.

Os novos concorrentes globais têm uma visão diferente das estratégias em relação ao pensamento gerencial ocidental. As empresas do oriente surpreenderam todo o mundo, elas buscaram inovação e com pouco recurso financeiro alcançaram sucesso. Por exemplo, a Honda era menor que a General Motors, mas sua ambição em se tornar uma grande montadora foi desproporcional ao seus recursos e capacidade. Essas obsessões adotadas pelas empresas do oriente são chamadas de “objetivo estratégico”.

O objetivo estratégico visa posições de liderança almejada e estabelece progresso.Para alcançar posições desejadas toda a equipe é motivada, esclarecendo a importância do objetivo, e da contribuição individual e coletiva; renovação das definições para gerar entusiasmo, e a alocação dos recursos coerente com o objetivo.

Permanecer estável ao longo do tempo é uma característica do objetivo estratégico, isso ocorre pela consistência que se dá as medidas de curto prazo, permitindo a adesão de novas oportunidades. Outro fator importante é a visão de conquista que os empregados adquirem, eles são motivados a buscar a primeira posição e permanecer nela.

O objetivo estratégico é diferente do planejamento estratégico, à medida que as situações se tornam difíceis, os objetivos que não podem ser planejados são eliminados. Alguns empresários declararam que os planos estratégicos revelavam mais os problemas que as oportunidades futuras. Já o objetivo olha para o futuro e organiza seu presente.

As empresas que surgiram principalmente do oriente, estão preocupadas ou focadas em obter recursos para alcançar metas aparentemente impossíveis, com isso ela não se limitam e buscam novas vantagens para ultrapassar os concorrentes. A inovação e a possibilidade de trabalhar por improviso é necessária em algumas ocasiões.

Um exemplo citado no artigo, foi a inovação da Canon para expandir seus negócios, essa empresa simplesmente escolheu criar vantagens em relação a sua concorrente a Xerox. Em vez da Canon seguir os passos da rival, ela escolheu a criatividade para alavancar seus negócios e toda equipe estava engajada na realização dos projetos.

No objetivo estratégico toda a organização precisa ter uma visão ampla de concorrência, os desafios serão lançados à medida que outros são eliminados, para não haver excesso.

Para estar à frente da concorrência, as vantagens competitivas precisam ser criadas com rapidez. Sendo a capacidade de aprimorar os conhecimentos, a vantagem mais resistente. A inovação competitiva é fundamental, ela permite a ampliação da companhia, pois essa não está rígida e imobilizada em seu sucesso ou em seus limites.

Ouvir todos os setores da empresa, faz com que todos se sintam participantes da mesma, e quebra com a atividade elitista. As mudanças realmente significativas vêm dos setores produtivos,que são a essência da empresa.

Há empresas que são boas, mas poderiam ser melhores, porém estão atrofiadas pelo medo e cercadas pelos limites de seus recursos. A alta administração precisa acreditar na capacidade de sua organização em alcançar metas, e gerar novas capacidades com as oportunidades.