Resenha do livro PROVA - UM MOMENTO PRIVILEGIADO DE ESTUDO - NÃO UM ACERTO DE CONTAS
Por Maria Tanise Raphaelli Bosquerolli Antunes | 07/05/2016 | EducaçãoRESENHA DO LIVRO - PROVA: UM MOMENTO PRIVILEGIADO DE ESTUDO (Vasco Pedro Moretto)
Maria Tanise Raphaelli Bosquerolli Antunes
Os rumos atuais da educação requerem instrumentos avaliativos que não sejam excludentes. É necessário dar um ressignificado às provas e utilizá-las sob uma nova perspectiva pedagógica. Vasco Pedro Moretto, em seu livro "Prova: um momento privilegiado de estudo - não um acerto de contas" (DP&A, 2005) aborda essa questão salientando a importância da avaliação no processo ensino-aprendizagem.
No primeiro capitulo, ele fala do sucesso de ensinar comparando o pseudosucesso com o real sucesso. No primeiro caso, o aluno tira uma boa nota porque memoriza os conteúdos, repete aquilo que o professor falou. No segundo caso, o professor atinge os objetivos de ensinar oportunizando aprendizagens significativas de conteúdos relevantes. Para que isso ocorra, em primeiramente, o professor tem que estabelecer os objetivos que deseja alcançar. Isso definirá as estratégias de ensino adequadas e possibilitara que o processo seja sistematicamente avaliado. Se o professor sabe o que deseja ensinar, certamente encontrara formas de fazê-lo. Com clareza de objetivos, o professor verificara a relevância dos conteúdos que será determinado por vários fatores, entre eles características psicossociais dos alunos, grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos dos conhecimentos ensinados, a capacidade do aluno de estabelecer relações entre o conteúdo, as necessidades do dia-a-dia e o contexto cultural em que o aluno está inserido, assim, aprender significativamente é dar sentido à linguagem que usamos.
O autor reforça que a escola tradicional era conteudista, porém, a nova Lei de Diretrizes e Bases aponta novos rumos para a educação: desenvolvimento de competências em vários campos do saber, assunto de seu segundo capitulo:
"ensino para competências". Nele, é seguida a proposta de Philippe Perrenoud adaptando esse conceito: "competência é a capacidade do sujeito mobilizar recursos (cognitivos) visando abordar uma situação complexa." (p. 19) Nele, são relacionados três aspectos: "ser capaz de", "mobilizar" e "recursos".