O filme "Escritores da Liberdade", retrata com fidelidade os anos 80, num cenário em que Satre chamaria de "O Inferno", onde o conflítio ocorre inevitalvemente em uma espécie de "aldeia tribal" numa dada relação "Identidade e Alteridade", logo ao centro do processo está o modelo educacional como liame deste emaranhado histórico-psíquico-social.

A trama insere uma professora cheia de conviccções inserida em um contexto não apenas diferente de sua classe social e consequentemente da visão de mundo, mas ela se deparará com uma disputa onde o cerne sempre é o outro.

Identificando as fronteiras superficiais e dando voz aos conflitantes profundamente identificados com suas tribos, começa-se então a desfazê-las criando uma unidade na alteridade ou diversidade.

Desfeito o ambiente de disputa, segregação, violência e etc. Aplica-se dinâmicas de convivência e reconhecimento das realidades individuais contornando o problema na abordagem e no método de ensino, formação e aprendizagem.

O ponto-chave da narrativa é um "Diário", onde cada aluno discorrerá suas inquietações, exprimindo assim a manifestação humana da subversão através arte e pelas letras.

A jovem pasquitanesa Malala baleada na cabeça por defender o direito das mulheres ao sistema educacional, disse certa vez em um de seus dicursos no Prêmio Nobel da Paz em que recebeu: "Uma Criança, Um Professor, Um Livro e uma caneta podem mudar o mundo..."