RESENHA DE GENEALOGIA DA MORAL DE NIETZSCHE (ORIGEM DA MORAL)
Publicado em 21 de fevereiro de 2018 por IVONE CORTINA
RESENHA DE GENEALOGIA DA MORAL DE NIETZSCHE
Ivone Cortina
Licenciatura em Filosofia
Faculdade de Ciências Humanas – FACH
e-mail: [email protected]
1 Introdução
O questionamento de Nietsche em relação à origem dos preconceitos morais se denota desde o prólogo de sua obra, tendo em conta que o homem olha o mundo em suas exigências morais, buscando conhecer a si próprio e fundamentando-se em respostas baseadas em concepções do pensamento ilógico. Nietzsche buscou conhecer e discernir o preceito do bem e do mal além da conceitualização teológica, fundamentando-se no conhecimento a priori, tendo o cuidado de suscitar novos questionamentos sobre a existência da moralidade e o seu valor, pois para ele o bom estava ligado ao nobre, à afirmação de sua própria vontade. Em um breve relato histórico posiciona-se quanto à investigação minuciosa e interpelativa que o mesmo realizou em relação ao conhecimento da moral. Sua obra tem a intenção de explicar o caráter da verdade, a qual tem o valor absoluto. Em sua obra “Para a Genealogia da moral” p 11 # 5 cita:
No fundo interessa-me algo bem mais importante de que revolver hipóteses minhas ou alheias, acerca da origem da moral (mas precisamente, isso me interessava apenas com vista a um fim para o qual era um meio entre muitos). Pra mim, tratava-se do valor da moral.
Em Nietzsche constata-se a crise moral, a qual aparece principalmente com concepção filosófica a priori e da noção do eu transcendental de Kant, a qual fornece condições de possibilidades dos fenômenos. Segundo Nietzsche o bem nem sempre foi considerado um valor eterno, pois esse nem sempre foi aceito culturalmente devido a sua negação de existência e, portanto não haveria valores transcendentes do bem e do mal. A verdade deve nortear a ciência, pois Nietzsche refere que é impossível afirmar uma veracidade sem se desvencilhar da fé.
A genealogia da moral busca a procedência metafísica, a origem dos valores, pois essa não está no transcendental, mas sim na criação humana. O valor é útil, mas não deve ser tomado como algo a ser venerado.