RESENHA ACERCA DA SAÚDE COLETIVA NOS AMBIENTES HOSPITALARES, ATENDIMENTO AO PÚBLICO E AS VANTAGENS NA SOCIEDADE 

Texto produzido em fevereiro de 2021 e postado em marco de 2021 em Santarém - Pará

Por: Elizete da Silva Brito[1]

Esta resenha tenta conduzir um trabalho de análise sobre a Saúde Coletiva, onde, segundo o autor, destaca que: “pretendemos efetuar uma aproximação e discussão das práticas em saúde coletiva que se manifestam no cotidiano das unidades de saúde, bem como situar a enfermagem nesse espaço, para compreender como esta tem-se constituído enquanto uma das disciplinas que constroem a saúde coletiva e qual a contribuição que traz para este coletivo”. Desta forma, podemos entender que os centros de Saúde Coletiva são de fundamental importância para que não haja um “inchamento” dos centros especializados, como hospitais, UPAs, Unidades Mistas de Saúde e outros centros de Urgência e Emergência.

São vários os ganhos que estes centros de Saúde Coletiva possibilitam, não só as populações, a sociedade em geral, os profissionais de saúde e os administradores públicos, pois, os mesmos se antecipam nas questões que podem de alguma forma possibilitar que os serviços de atendimento fiquem avolumados, acarretando com isto, outras consequências, como falta de insumos, instrumentos, sobrecarregamento de leitos, atendimento móvel e outros.

Assim, “às ações dirigidas ao coletivo, os exemplos que podem ser citados são as tradicionais campanhas de vacinação ou as ações de controle de doenças, como a dengue, a cólera, ou as ações de educação em saúde”. Estas campanhas, inclusive as vacinais, são processos que colaboram fundamentalmente com o sistema de saúde, assim como contribuem que não haja em tempo curto, uma certa “aglomeração” de pessoas que irão necessitar dos serviços médicos de urgência e emergência ou aqueles clínicos que ora podem atender gradualmente uma certa população. Não ocasionando o afogamento dos serviços clínicos – hospitalares.

Caso não houvesse, estes serviços preliminares, como os citados anteriormente, as próprias pessoas, assim como o sistema de saúde correria um sério risco de falência em seu atendimento, tendo em vista, que muitas vezes, as políticas públicas acabam por não atingir gradualmente as melhorias necessárias nos ambientes hospitalares. Pois, entendemos, que nesta frente, de contribuição, existe um papel fundamental e eficiente por parte dos ACS, os quais agem nas orientações junto às famílias, e assim prescrevendo alguns cuidados necessários, para que mais tarde não venham sobrecarregar, sem necessidade os ambientes de atendimento clínicos-hospitalares.

Como se ver: “as intervenções em saúde também se dão externamente, isto é, sempre serão as mesmas, atingidas progressivamente em função da evolução linear e sucessiva do conhecimento científico relativo ao meio externo”. Onde os conhecimentos científicos não só chegam à população que carece dos serviços, mas a todos profissionais da saúde que lidam com um número maior de casos e situações e também de diferentes pessoas em seus aspectos diversos. Assim, o enfermeiro, por exemplo, em suas unidades, desempenha um papel eficaz de orientação, que perpassas suas atribuições como profissional da saúde, se tornando às vezes um membro orientador e mediador, o que abre um leque de orientações e informações para sua própria comunidade de vivência.

Como se percebe, quanto as falas dos autores, estes descrevem que: “A saúde coletiva é um campo ainda em constituição no Brasil, assumindo diversas formas e abordagens (Canesqui, 1995). Esse termo surgiu no fim da década de 70, em um momento de reordenamento de um conjunto de práticas relacionadas à questão da saúde, diante da necessidade de outros saberes, além dos da medicina, para a compreensão do processo saúde-doença e da convivência cotidiana entre diferentes profissionais”. Ou seja, ainda não se entendeu realmente quais são os papeis da Saúde Coletiva, e quais são as suas diretrizes reais. Pois além, de um processo preventivo que esta saúde elenca, também, deve-se perceber quais são as suas particularidades, inclusive no que diz respeito aos locais de fomentação dela; que pode ser uma academia, os centros de orientações como os trabalho dos ACSs, assim como das unidades conhecidas como a Pastoral da Criança; pois se ver que um somatório de trabalhos que se unificam com um único propósito, ai juntando-se aos dos profissionais diversos da saúde: a prevenção e orientação sobre determinados e posteriores patologias.

Em tese, este é um trabalho em que se observa o ganho de forma geral, tanto dos centros de tratamento de urgência e emergência, dos profissionais da saúde, da sociedade em geral, dos profissionais de apoio, que se veem reconhecidos pelo seu trabalho, assim como dos cidadãos que muitas vezes residem distantes de centros que venham lhes possibilitar um atendimento de qualidade e eficaz.

 

REFERÊNCIAS

MATUMOTO, S.; Martins, S.  M.; Pinto, I. C. Saúde Coletiva: um desafio para a enfermagem. - Rio de Janeiro, 17(1):233-241, jan-fev, 2001.

 

 

[1] Bacharelando em Enfermagem pela Universidade da Amazônia (UNAMA, polo Santarém – Pará.

Funcionária do quadro de servidores do HMS.