“RELIGIÃO E POLÍTICA”- UMA FILOSOFIA EM QUESTÃO.

 

 

Quando nascemos, somos educados por nossos pais em qual decisão tomar. Saindo do leito familiar, logo somos questionados pelos vizinhos, amigos, colegas e o povo em geral. Digo isso, pois até àqueles na qual não o conhecemos ao ter o primeiro contato conosco surgirem com  perguntas qual é nossa “Religião” e quem é o nosso representante na “Política”.

Interessante ao ser abordado de um modo geral, as pessoas tocam no assunto, por simples formalidade ou por curiosidade, querem saber algo sobre nós. E desafio aqueles de quem nunca foi retrucado por perguntas relacionadas à Religião e Política.

Na roda com os amigos, na calçada de casa, no trabalho, na mesa de um bar, no ponto de ônibus, vira e mexe quando menos esperamos estamos falando em religião e política. Não precisa demorar muito para a que discussão seja formalizada.

Certo dia, encontrava-me numa agência bancária na fila do caixa, e de repente surgiu à conversa entre pessoas desconhecidas sobre a nova conjuntura política do país. Falavam de tudo: Inflação, corrupção, desemprego, educação, saúde, fome. Um dos mais astutos que estavam na conversa ressaltou que tudo que estava acontecendo era devido à religião.  Outro dizia que a culpa era de nossos representantes políticos. O círculo fechou. Como falamos, pegou fogo.  Duas opiniões se formaram.

Façamos aqui um parêntese, para demonstrar um pouco de nossa história em questão, da Religião e Política desde a “Origem da Humanidade”.

Eis a Pergunta?  Religião e Política na etimologia da palavra têm ou não tem uma função social para o povo em geral? Caso contrário não serviria para o bem – estar da humanidade!          

Como vimos, o assunto é bastante comovente e ao mesmo tempo intrigante. Logo, diz a história desde a época da África, berço da humanidade, na Roma Antiga, na Grécia, Mesopotâmia, os povos Egípcios, os Maias (com rituais religiosos de seus ancestrais) estendendo aos Astecas, os Incas (na América do Sul com suas tribos indígenas). Os Sírios, Fenícios e posteriormente na França, Inglaterra, Alemanha. Nas Américas, em toda a Europa, no mundo ocidental e mundo contemporâneo.

Religião e Política são palavras encontradas e questionadas no mundo contemporâneo. Até os mais diversos Clãs (grupos e sociedades de indivíduos que vivem isolados, nele se praticam a hierarquia da política e também da sua religião. Não precisa de muito entendimento, basta acreditar e a que razão tomar. Faz-se aí um “Senso Comum”. Eles acreditam em uma força sobrenatural que o fazem melhor, mais humanos e segue uma classe, posição ao chefe ou autoridade maior da sua prole. (grifo nosso)

A Política tem sua amplitude. Na Religião encontramos a bonança.  A primeira amplia, acrescenta, prorroga. A segunda nos dá a ponderação, o equilíbrio, a união.        

Na Religião encontramos em sua etimologia os costumes, cultura e crença de cada um estabelecendo vínculos com humanidade, espiritualidade e o sobrenatural. Nela estão intrínsecos os valores morais, éticos, as tradições e os estilos de vida tais como o modo de vestir, comer, orar, nos mais amplos aspectos.  A maioria com comportamentos organizados.

Em muitas sociedades a Religião tem aproximação e vinculo com Instituição Pública, na Educação, na família, nos hospitais, no governo e hierarquia política. 

A raiz da palavra religião tem várias etimologias com ligação da palavra “diligente” ou “inteligente”, ou com “lei” “eleitor ou “eleger”. Historicamente isso se deu no ano (45 a.C), desde o tempo de Cícero, filósofo, orador e político romano, mente mais eclética da Roma Antiga. [1]    

O termo Política tem origem do grego antigo desde os tempos de sua organização nas cidades-estados, nome do qual se originou a palavra “Polis” que se derivaram palavras como “politikê”e depois “polítikós”- que estenderam-se da palavra em  latim “politicus” chegando as línguas européias modernas através do françês “Politique”. Definida em meados do Séc. XIII como “Ciência dos Estados.” [2]  BOBBIO et al. 2002.

 

Daí surgiram várias interpretações, conceitualizações para política desde os ensinamentos de Hobbes - (O Leviatã), Aristóteles - (A política), Sócrates, em Platão - (A República) - do original Politeía), Maquiavel - (O Príncipe). Graças à influência de Aristóteles o termo política se expandiu para classificar as funções do Estado e as formas de Governo.

Religião e Política são ideologias distintas. Cabe cada um na interpretação crítica dos fatos, na atitude, no caráter, buscando igualdade entre elas, com definições autônomas. No linguajar popular religião e política não se discutem.

Assim, de uma forma generalizada e metafórica “religião e política” é como se fosse uma colher de sopa mostrando as suas duas faces: uma face côncava e outra convexa.

Ou no mesmo diapasão um espelho côncavo que dependendo da sua posição pode obter uma imagem conjugada real ou ainda virtual. Sua orientação pode apresentar “direita ou invertida” Essa é a religião. No espelho convexo caracteriza por superfície esférica e sua parte refletora, seus raios de luz refletem de forma divergente, tendo seus prolongamentos direcionados para os que se encontram no lado posterior do espelho.  As imagens por um objeto real têm natureza virtual e seu tamanho é sempre menor em relação ao objeto. Consideremos como a política.

Aduza-se ainda, que Religião e política genericamente comparada são duas retas paralelas no plano analíticos sendo então concorrentes, coincidentes e eqüidistante durante toda sua extensão, não possuindo ponto em comum. As duas andam sempre uma no lado da outra, possuindo a mesma inclinação e somente seus coeficientes angulares forem iguais.  

Dessas duas disposições, ainda retiramos a interpretação de um pescador que sentado na areia da praia ao contemplar o horizonte ele avista bem longe as águas do oceano encostando-se às nuvens, como uma imagem virtual da óptica.  

 

Em última análise, embora sejam autônomas, Religião e Política se fundem em seus aspectos práticos no tocante da relação humana.

REFERÊNCIAS

 

 [1]http://www.dicionarioetimologico.com.br/religiao/. Acesso em 19 de abril de 2016.

 [2] Thomas Hobbes. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, s.d,. p. 39 (Os Pensadores).

 http://www.gramatica.net.br/origem-das-palavras/etimologia-de-religiao/A Acesso em 20 de abril de 2016.

 http://www.portaleducacao.com.br/cotidiano/artigos/49877/significado-etimologico-para-religiao

 http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-foram-os-incas-os-maias-e-os-astecas

 http://brasilescola.uol.com.br/matematica/retas-paralelas.htm. Acesso em 19 de abril de 2016.

 http://fisicaconceituada.blogspot.com.br/2013/06/experimento-da-colher.html