RELEVÂNCIA DOS PROCESSOS AVALIATIVOS NAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS

Ivo Ernesto Sempre 

Resumo 

No campo da educação a avaliação é um processo pedagógico, técnico, dinâmico, participativo, periódico e intencional que tem o objectivo de contribuir no desenvolvimento do aluno, corpo técnico administrativo e da própria instituição ajudando a superar os seus pontos fracos e ameaças transformando em pontos fortes e oportunidades. A relevância do processo avaliativo nas instituições da educação deve ser vista e percebida como um algo para medir o desempenho permitindo a formação de um juízo de valor sobre o que foi observado nessa medição, projectando soluções que possibilitam melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem. Ela torna-se importante se tiver objectivo, metas e caminhos certos usados pelo avaliador e o avaliado de modo a atingir os resultados, a missão, visão e propiciar os valores. Portanto, o avaliador não é para julgar mas sim ajudar a compreender os factos que possam interferir no desenvolvimento do aluno ou da instituição através do uso correcto dos critérios de avaliação definidos internacionalmente e concebidos pela Comissão Nacional de Avaliação de Qualidade CNAQ e as evidencias encontradas na instituição avaliada.

Palavras-chave: Relevância de avaliação, Processos avaliativos, e Educação. 

 

Abstract 

In the field of education, evaluation is a pedagogical, technical, dynamic, participatory, periodic and intentional process that aims to contribute to the development of students, technical administrative staff and the institution itself, helping to overcome its weaknesses and threats, transforming them into points strengths and opportunities. The relevance of the evaluation process in educational institutions must be seen and perceived as something to measure performance, allowing the formation of a value judgment about what was observed in this measurement, designing solutions that make it possible to improve the quality of teaching and learning. It becomes important if it has an objective, targets and the right paths used by the evaluator and the evaluated person in order to achieve the results, mission, vision and propitiate the values. Therefore, the evaluator is not to judge but rather to help understand the facts that may interfere with the development of the student or the institution through the correct use of the evaluation criteria defined internationally and designed by the National Commission for Quality Evaluation CNAQ and the evidence found in the evaluated institution.

Keywords: Relevance of evaluation, Evaluation processes, and Education.

 

1. INTRODUÇÃO 

O presente artigo tem como tema "Relevância dos processos avaliativos nas instituições educacionais", onde de forma circunstancial foram tratados os seguintes conteúdos: Relevância de avaliação, Processos avaliativos, e Educação. Tem como objectivo geral compreender a relevância dos processos avaliativos nas instituições educacionais como sendo um processo contínuo pedagógico, técnico, dinâmico, participativo, periódico e intencional que tem o objectivo de contribuir no desenvolvimento do aluno, corpo técnico administrativo e da própria instituição ajudando a superar os seus pontos fracos e ameaças transformando em pontos fortes e oportunidades. A relevância do processo avaliativo nas instituições da educação deve ser vista e percebida como um algo para medir o desempenho permitindo a formação de um juízo de valor sobre o que foi observado nessa medição, projectando soluções que possibilitam melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem. Ela torna-se importante se tiver objectivo, metas e caminhos certos usados pelo avaliador e o avaliado de modo a atingir os resultados, a missão, visão e propiciar os valores. Portanto, o avaliador não deve desempenhar a função de juiz e muito menos de inspector mas sim de um regulador de normas padrão de uma instituição educativa rumo a um desenvolvimento de competências. Para a operacionalização do artigo foi usado o método de estudo bibliográfico que se traduz na consulta bibliográfica a qual fez-se menção neste artigo científico encontra-se a normas APA 6ª edição e está estruturado em formato IDC (Introdução, Desenvolvimento e Conclusão).

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Neste capítulo abordamos os fundamentos teóricos que norteiam o tema em estudo e com esses fundamentos discutimos de forma clara e objectiva as palavras-chave as quais constituem parte integrante deste artigo relacionados com a Relevância de avaliação, Processos avaliativos, e Educação.

2.1. Relevâncias da avaliação no processo educacional

A relevância da avaliação num processo educacional deve ser inicialmente percebida como um algo para medir o desempenho e a partir desta permitir a formação de um juízo de valor sobre o que foi observado nessa medição, projectando soluções que possibilitam melhorar a qualidade do ensino.

Nos dias de hoje, as escolas mantem a prática de exames como medida de avaliação de seus alunos, ocasionando assim a sistematização do classificar, reconhecer o certo e o errado sem a análise do contexto em que o aluno propôs aquela resposta, sendo assim, denominada de “examinar para avaliar” o desempenho do educando (CHUEIRI, 2008, p. 54).

Avaliação Institucional é grande impulsionadora de mudanças no processo académico, responsável pela disseminação de conhecimento, que se materializa na formação de cidadãos e profissionais e no desenvolvimento de actividades de pesquisa e de extensão, contribui para a formulação de caminhos para a transformação da educação, expondo o compromisso da Instituição com a construção de uma sociedade mais justa e solidária, ou seja, mais democrática e menos excludente.

Segundo Libânio (2013) afirma que “As práticas educativas nas funções da avaliação são as seguintes: definição dos significados sociais; funções sociais; poder do controle; funções pedagógicas” (p.16). Para o autor já mencionado acredita ainda que as funções pedagógicas são responsáveis pelos seguintes aspectos: Deve ser criadora do ambiente escolar, deve produzir um bom diagnóstico da realidade de aprendizagem, deve orientar para a escolha de recurso para individualização da aprendizagem, e deve proporcionar a garantia de aprendizagem satisfatória e eficaz.

Nesta ordem de percepção, a principal relevância do processo de avaliação é servir como referência do aproveitamento educacional dos avaliados, a partir dos resultados e das comparações realizadas será possível traçar uma avaliação da situação e da evolução dos pontos fracos/ameaças, apurando as eventuais eficiências ou deficiências e os problemas a serem enfrentados com a adaptação de novas soluções, investimentos, capacitações de profissionais e abordagens nos campos pedagógico, administrativo, estrutural e organizacional.

Portanto, a avaliação deve ser considerada como um instrumento de base que permite a formulação de soluções para adaptação de medidas efectivamente destinadas a melhoria das instituições educacionais.

Relevância da avaliação é tornar o processo extremamente a reduzir as possibilidades do avaliador e avaliado a tornarem-se detentores de maiores conhecimentos sobre o processo educacional. Pois, exige antes de tudo definir metas, estabelecer os critérios e procedimentos de forma que foram produzidos.

Para LUCKESI (1999) afirma que “o valor da avaliação encontra-se no fato do avaliado poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades” (p.23). 

Nisto, entende-se que as avaliações são muito mais do que instrumentos para medir o desempenho permitindo a formação de um juízo de valor sobre o que foi observado nessa medição, devendo ser numérica e objectiva dos avaliados, possibilitando a identificação e diagnóstico de deficiências, bem como a quantificação da dimensão das deficiências. Cabendo ao avaliador desafiá-lo a superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos. Entende-se que graças a avaliação é possível obter preciosas informações sobre a estrutura cognitiva e epistemológica das instituições avaliadas, e assim, oferecer aos avaliados e a seus respectivos avaliadores a orientação necessária para o melhor aproveitamento e desenvolvimento de suas potencialidades reforçando os pontos fracos e cultivando os pontos fortes, por isso, a aplicação de uma avaliação exige que o avaliador atenda a determinados requisitos como: o avaliador deve ter bons valores éticos, bons conceitos pedagógicos e ainda compreensão das propriedades do instrumento de avaliação utilizado a fim de que sua avaliação seja científica, inequívoca e justa.

2.2. Processos avaliativos na Educação 

Aqui abordamos de forma proactiva o processo de avaliação institucional constitui-se um dos elementos fundamentais para a qualidade da educação, portanto, entendemos que é pertinente um olhar atencioso sobre esses processos avaliativos, e sabemos que é um processo complexo e de maior responsabilidade sócio académica. 

Segundo Libânio (2004) afirma que “as discussões acerca da avaliação institucional no ensino têm crescido consideravelmente nos últimos anos. Isso se deve ao fato das instituições escolares serem pressionadas a repensar seu papel diante das transformações que caracterizam o acelerado processo de integração e reestruturação capitalista mundial” (p.83).

O processo de avaliação nas instituições educacionais é um acto técnico e intencional dado pelo avaliador trazendo consequências no desenvolvimento do processo, o que temos constatado é que o processo avaliativo tem-se caracterizado não como uma forma educacional que possa possibilitar o crescimento para a aprendizagem necessária dos avaliados, pelo contrário é percebida como, punitiva e discriminatória, para que o processo avaliativo traga resultados satisfatórios à instituição avaliada é necessário conhecer que tipo da instituição que está sendo avaliada, quais são suas verdadeiras necessidades e qual é o tipo de avaliação para cada instituição. 

"Avaliação é uma actividade metodológica que consiste na colecta e na combinação de dados relativos ao desempenho, usando um conjunto ordenado de escalas de critérios que levem a classificações comparativas ou numéricas, e na justificação" (SCRIVEN, 1983, p.127).

Diante disso é fundamental avaliar o grau de consecução dos objectivos que se pretende alcançar e outras consequências que não foram previstas. Desempenhando este papel a avaliação é o processo de obter informações úteis para decisões. Insurge, quase que em forma de obrigatoriedade a necessidade realizarem avaliações sistemáticas dos serviços que oferece, sendo assim, a avaliação deve ser um processo contínuo, planejado e sistemático e não um processo esporádico e sem planificar.

O processo de avaliação tem relevância se tiver objectivo de buscar metas e caminhos certos usados pelo avaliador e o avaliado de modo a atingir os objectivos, a missão, visão e propiciar os valores para alcancem metas desejados.

Para FORTES (1990) entende que: 

“Os objectivos de uma avaliação institucional são: comparar por períodos sistemáticos de tempo, seus próprios resultados, para verificar o percurso para alcançar os objectivos propostos e localizar os pontos problemáticos na estratégia proposta para alcanças suas metas pré-estabelecidas. Estes processos permitem que as instituições educacionais comparem seus resultados com ela mesma e até com outras instituições de ensino possibilitando que a própria Instituição identifique seu desenvolvimento, seus objectivos alcançados ou não e assim buscar por inovações que possam contribuir para a melhoria da instituição” (p.112).

Nesta ordem de ideia, a avaliação Institucional procura acompanhar o conjunto de processos e relações que são produzidas no dia-a-dia da Instituição, mas, a educação está relacionada com valores éticos, epistémicos, políticos, sociais, económicos e culturais e essas dimensões se apresentam cada vez mais como desafios diante novo contexto da sociedade.

Para DEMO (2003), “A própria presença do avaliador e do avaliado, um frente ao outro, faz emergir contexto de relação social classificatória e comparativa, por conta da óbvia relação de poder e que pode descambar tanto em autoritarismo quanto em convivência democrática” (p. 31).

De Acordo DIAS SOBRINHO (2008), “A avaliação adquiriu um carácter regulador, além de ter um papel de controlo, modelação, ajustamento e fiscalização” (p.194).

Neste contexto, Esses processos de avaliação são carregados de significados e necessitam da participação e compreensão de todos os sujeitos da Instituição, permitindo a integração das diversas dimensões da realidade avaliada, assegurando as coerências conceitual, epistemológica e prática, bem como o alcance dos objectivos dos diversos instrumentos e modalidades.

Segundo Haydt (2004) afirma que “no âmbito escolar a avaliação se realiza em vários níveis do processo ensino e aprendizagem, do currículo ao funcionamento da escola como um todo, ou seja, a avaliação deve ser realizada por todos os envolvidos no sistema de ensino aprendizagem” (p. 81). 

Perrenoud (1999) diz que “a outra função tradicional do processo de avaliação é certificar aquisições em relação a terceiros tendo como objectivo principal a certificação ou “passar”, servindo para controlar o trabalho do avaliado” (p.112).

Sousa (2000) diz é possível uma classificação das dimensões da avaliação educacional considerando-se o espaço pedagógico que define sua actuação tais como: 

  • Avaliação de sala de aula - tem como objecto o processo de ensino e aprendizagem que tanto serve para diagnosticar o ensino como a aprendizagem do aluno; 
  • Avaliação institucional - admite analisar uma instituição educativa para verificar o cumprimento de sua função social; 
  • Avaliação de programas e projectos educativos - tem como foco os propósitos e as estratégias destes; 
  • Avaliação de sistema - centra sua atenção em sistemas de ensino com o propósito de subsidiar políticas públicas na área educacional; 
  • Avaliação de currículo - volta seu foco à atenção para a análise do valor psicossocial dos objectivos e conteúdos de um curso. 

A partir dos conceitos, presume-se que o avaliador não está livre do acto de julgar porque avaliar é julgar algo ou alguém quanto ao seu valor. No entanto é um ato que pode expressar classificação, apreciação ou orientação em direcção ao futuro. Dai que a presença do avaliador enfrente ao avaliado é uma avaliação.

O processo de avaliação no contexto educacional não se resume apenas num processo de realização de provas e atribuição de notas, é muito mais do que um registo de perguntas e respostas a serem respondidas por estudantes em época de provas. Sendo um objecto do ensino que possibilita ao avaliado mostrar seu desempenho e competências adquiridas como resultados de sua aprendizagem, dai que erros e dúvidas dos estudantes são considerados como momentos significativos e impulsionadores da acção educativa.

Como nos remete Sousa sobre as dimensões da avaliação cingimo-nos na avaliação institucional na qual constitui o foco do nosso estudo focalizando nas instituições educacionais.

2.3. Concepção de avaliação no processo educacional

Nesta parte, abordamos os conteúdo olhando pela complexibilidade do processo da avaliação institucional, pois está clara a função desta prática avaliativa que não é simplesmente atribuir valores ou dar notas mas sim qualificar de cordo os padrões definidos.

Muitos avaliadores têm um pensamento ruim ao pensar que a “avaliação” é a arma que o avaliador utiliza para sentenciar o avaliado ou a instituição avaliada. Esses procedimentos estão bem longe da real função avaliativa que tem por base submeter o avaliado ou a instituição a mostrar suas competências adquiridas e ajudá-los adquiri-las caso essa aprendizagem ou critério não tenha sido atingida os objectivos e as metas ou padrões de qualidades desejadas.

De acordo Skinner (1978) afirma que “os estudantes devem ser encorajados a explorar, a fazer perguntas, a trabalhar, a estudar independente, para serem criativos, através do modelo de racionalização do ensino usando os meios e técnicas mais eficazes” (p. 47).

Segundo Libânio (1994), o sistema de instrução se compôs das seguintes etapas: 

a) Avaliação prévia dos estudantes para estabelecer pré-requisitos para alcançar os objectivos.

 Nesta fase observa-se o modelo behaviorista de Skinner da abordagem comportamentalista. São traçados tudo aquilo que será feito durante o processo e também dos objectivos a serem alcançados; 

b) Ensino ou organização das experiências de aprendizagem

Nessa etapa o processo em si, as experiências e o ensino irão fazer parte da aprendizagem do estudante; 

c) Avaliação dos estudantes relativa ao que se propôs nos objectivos iniciais

É a fase final do processo, momento de avaliação de todo o processo no qual estão relacionadas todas as estratégias e metas traçadas para que se chegue a um objectivo final. 

Segundo Freire (1996), “... a liberdade amadurece no confronto com outras liberdades, na defesa de seus direitos em face da autoridade dos pais, do professor e do Estado”. (p.105)

A pedagogia libertadora tem uma tendência pedagógica progressista a favor da superação das desigualdades sociais decorrente das formas sociais de organização da sociedade, a presença do professor é extremamente necessária para uma prática educativa libertadora porque busca a discussão, o diálogo na superação das desigualdades sociais presente duma sociedade.

 A actividade escolar centrada na discussão de temas sociais e políticos, centrados na realidade sociais onde o professor e estudantes analisam problemas e realidades do meio socioeconómico e cultural da comunidade local com seus recursos e necessidades canalizam acções para uma prática de ensino colectivo. Com este tipo de modelo mostra-se eficiente porque considera o ensino em todo seu processo os conhecimentos adquiridos pelos estudantes e que servem de base para que metas devem ser traçadas. 

2.4. Educação

Pretendemos elucidar os procedimentos didácticos de ensino e aprendizagem considerando-os que é uma acção de reciprocidade entre o professor e aluno, mas no contexto educacional.

Segundo Durkheim (2007)

A educação é a acção exercida pelas gerações adultas sobre aquelas que ainda não estão maduras para a vida social. Tem por objecto suscitar e desenvolver na criança um certo número de estados físicos, intelectuais e morais que lhe exigem a sociedade política no seu conjunto e o meio ao qual se destina particularmente (p. 53).

Segundo HAYDT (2011) “educação vem do latim educare que significa fazer sair, conduzir para fora”. Neste contexto, refere-se ao desenvolvimento das aptidões e potencialidades de cada indivíduo, tendo em vista o aprimoramento de sua personalidade (p.12). 

A educação escolar serve de suporte, requisito e pivete de todas formas de educação e inter-relacionam-se, sejam elas: escolar e extra-escolar, política, cultural, religiosa, social, económica, etc. na praxis intencional e não intencional, formal e não formal de âmbito prático ou teórico.

Podemos classificar a educação em três vertentes: educação formal (instituições de certificação); informal (instituições de certificação, mas de curta duração) e não formal (qualquer sitio), a educação é feita de acordo o definido por Martinez. E Através da herança cultural que consiste na transmissão de hábitos, costumes e valores (contos, cultos africanos, a superstição, a gastronomia, a indumentaria, entre outras formas). As escolas promovem a socialização, o conhecimento científico, o respeito ao próximo, a Pátria e aos símbolos nacionais e protegem a identidade cultural mas não interferem nas questões tradicionais em particular os ritos de iniciação por serem aspectos meramente da liderança tradicional.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A avaliação é um processo técnico pedagógico, dinâmico, participativo, flexível, inclusivo, periódico e intencional que visa contribuir no processo de desenvolvimento do avaliado, corpo técnico administrativo e da própria instituição como tal ajudando-os a superar os seus pontos fracos/ameaças e a fortificar os pontos fortes/oportunidades. Portanto, a avaliação deve ser considerada como um instrumento de base que permite a formulação de soluções para adaptação de medidas efectivamente destinadas a melhoria das instituições educacionais.

Entende-se que as avaliações são muito mais do que instrumentos para medir o desempenho permitindo a formação de um juízo de valor sobre o que foi observado nessa medição, devendo ser numérica e objectiva dos avaliados, possibilitando a identificação e diagnóstico de deficiências, bem como a quantificação da dimensão das deficiências. Cabendo ao avaliador desafiá-lo a superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos. O avaliador não está livre do acto de julgar porque avaliar é julgar algo ou alguém quanto ao seu valor. No entanto é um ato que pode expressar classificação, apreciação ou orientação em direcção ao futuro. Dai que a presença do avaliador enfrente ao avaliado é uma avaliação.

As principais relevâncias do processo de avaliativo nas instituições educacionais resumem se nas seguintes:

  • Servir como referência do aproveitamento educacional dos avaliados a partir dos resultados da avaliação e da evolução dos pontos fracos/ameaças ou deficiências, problemas a serem enfrentados com a adaptação de novas soluções.
  •  Medir o desempenho para permitir a formação de um juízo de valor sobre o que foi observado nessa medição, projectando soluções que possibilitam melhorar a qualidade.
  •  Impulsiona mudanças no processo académico, responsável pela disseminação de conhecimento, que se materializa na formação de cidadãos e profissionais e no desenvolvimento de actividades de pesquisa e de extensão, contribuindo para a formulação de caminhos que transformam a educação, expondo o compromisso da Instituição com a construção de uma sociedade mais justa e solidária, ou seja, mais democrática e menos excludente. 
  • Obter informações sobre a estrutura cognitiva e epistemológica das instituições avaliadas, e assim, oferecer aos avaliados e a seus respectivos avaliadores a orientação necessária para o melhor aproveitamento e desenvolvimento de suas potencialidades reforçando os pontos fracos e cultivando os pontos fortes.
  •  Acompanhar o conjunto de processos e relações que são produzidas no dia-a-dia da Instituição da educação relacionadas com valores éticos, epistémicos, políticos, sociais, económicos e culturais e essas dimensões se apresentam cada vez mais como desafios diante novo contexto da sociedade.

O processo de avaliação no contexto educacional não se resume apenas num processo de realização de provas e atribuição de notas, é muito mais do que um registo de perguntas e respostas a serem respondidas por avaliados. Muitos avaliadores têm um pensamento ruim ao pensar que a “avaliação” é a arma que o avaliador utiliza para sentenciar o avaliado ou a instituição avaliada. Esses procedimentos estão bem longe da real função avaliativa que tem por base submeter o avaliado ou a instituição a mostrar suas competências adquiridas e ajudá-los adquiri-las caso essa aprendizagem ou critério não tenha sido atingida os objectivos e as metas ou padrões de qualidades desejadas.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHUEIRI, Mary Stela. (2008).Concepções sobre a avaliação escolar. Estudos em avaliação educacional.

DEMO, P. (2003). Avaliação e democracia. Abceducatio. São Paulo, a. 4, n. 22.

DIAS SOBRINHO, José. (2008). Avaliação educativa: produção de sentidos com valor de formação. Avaliação. Campinas: Sorocaba.

FORTES, W.G. (1990). Pesquisa Institucional: diagnóstico organizacional para relações públicas. São Paulo: Loyola. 

FREIRE, Paulo. (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática em construção da pré-escola à universidade. (9ª ed). Porto Alegre.

HAYDT, Regina Cazaux, (20040). Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo: Editora Ática.

HAYDT, Regina Célia Cazaux. (2011). Curso de didáctica Geral (1ª ed). Ática Editora. São Paulo;

LIBÂNEO, J.C. (1994). Didáctica (15ªed). São Paulo: Cortez.

LUCKESI, C. C. (1999). Avaliação da aprendizagem escolar. (9ª ed). São Paulo: Cortez.

PERRENOUD, Philippe. (1999). Avaliação: da excelência à regulação da aprendizagem - entre duas lógicas, Artes Médicas, Porto Alegre.

SCRIVEN, M. (1983). Evaluation ideologies. Madaus, Scriven & Stuflebeam , Evaluation models. Boston: Kluwer.

SKINNER, B. F. (1978). Reflections on behaviorismo and society.

SOUSA, C.P. (2000). Dimensões da avaliação educacional. Estudos em avaliação educacional. Fundação Carlos Chagas, São Paulo.