RELATÓRIO PARCIAL  –  PEIF/2015

PERÍODO: MARÇO E ABRIL

MUNICÍPIO: TABATINGA

INTRODUÇÃO:

Ao iniciarmos o nosso trabalho na escola tivemos nos organizar através de dialogo aberta com todos os participantes do programa para alcancemos as metas projetadas nas atividades desenvolvidas dentro de dois meses com  o tema “Escrita e Leitura em Língua Materna e Portuguesa: Uma experiência intercultural e bilingüismo“, na Escola Municipal Indígena João Ayres da Cruz, juntamente com 14 professores que atuaram nas séries iniciais do I e II Ciclo do Ensino Fundamental, da faixa etária de 07 à 14 anos. Inclusive as crianças com necessidades especiais também foram incluídas. Na primeira semana de aula tivemos que fazer um diagnóstico em todas as turmas para verificarmos a situação de nível de aprendizagem das crianças, principalmente na leitura e escrita, tanto na língua materna (dialeto) e portuguesa, sendo que a língua espanhola, pois existem também alunos estrangeiros que precisam ser identificadas para possíveis acompanhamento diária para a compreensão dos assuntos trabalhados. Tudo isso é para facilitar a execução das atividades a serem desenvolvidas dento do sistema educacional. Nos dois meses todos os professores participaram na elaboração do planejamento escolar mensalmente, onde foram discutidos conteúdos que a ser trabalhados e  que cada responsável da turma tem um papel importante para trabalhar conforme o planejado no projeto. Nas quatro turmas de 2º ano do I Ciclo do ensino fundamental, das quais os professores; Joel Coelho Araújo, Clarício Manoel Batista, Juscelino Severino e Osvaldo Coelho Fernandes foi iniciado atividades de leitura e escrita nas três idiomas, verifica-se de que durante a aplicação dos conteúdos são necessários que os professores adotassem uma metodologia especifica para atender de acordo o nível de cada aluno. Nestas turmas começamos trabalhar com pequenos textos, traduzindo em língua portuguesa e em espanhol para que os alunos compreendam e interpretam todos os assuntos trabalhados dentro da sala de aula, o importante saber também que antes de serem traduzidas precisam que os alunos entendam, pois os professores não trabalham apenas pela tradução e, sim pela contextualização buscando explorar a linguagem oral, tanto escrita, pois também assim facilita a aprendizagem, onde os mesmos relacionam-se e interagissem  de forma em cada indivíduo consiga conhecer significados de palavras estudadas, utilizando dicionários específicos nas três idiomas. Essa uma das estratégias utilizadas pelos professores durante a execução das atividades. E que foi observado também, que para aprender o significado de uma palavra é necessário que a escrita seja de forma interpretativa, ou seja, pela ilustração e pelas pequenas frases, como foi trabalhada as teorias Vilas Boas, que apenas uma palavra-geradora explora-se diversos sentidos e significados. Na segunda semana de aula de cada mês, nas quatro turmas do 3º ano do I Ciclo dos professores; Renildo da silva Forte, Sônia Liberato Lucena, Sildo Guilherme Ângelo e Humberto Ramos Lopes, desenvolve-se as mesmas atividades, mas já com os textos variados,  principalmente os textos que se referem os contos, mitos, lendas e assuntos referências aos conhecimentos tradicionais, nessas atividades explora-se apenas pequenos textos para não implicar a aprendizagem das crianças, sendo que a partir daí trabalhasse os conceitos da gramática, conceituando nas três idiomas, durante o período observa-se as crianças consigam compreender  os assuntos desenvolvidos, não esquecendo de os professores fizeram tradução dos trabalhos com as crianças e ao mesmo tempo utilizaram uma metodologia fundamental em retirar do texto as principais ideias e, explicá-la contextualizando com a realidade das crianças. Sendo os professores utilizaram o dicionário para facilitar a compreensão e interpretação das palavras e os textos descritos. Nas duas turmas do 4º ano do II Ciclo, dos professores: Nilson Alexandre Ferreira e Irlanda Thomé dos desenvolveram atividades da tradução das palavras da literatura, como poemas, poesias, histórias antigas, receitas, culinárias, mitos e crenças. Essas atividades desenvolve-se para verificar as habilidades na leitura e escrita. E começaram a trabalhar com a escrita e leitura dos textos já produzidos e, a partir criando-se o mecanismo de transcrição e produzindo com suas próprias palavras com o auxílio dos professores titulares de cada turma. Para facilitar mais ainda o trabalho os docentes pediam que os alunos realizassem em dupla, onde cada equipe receberam um modelo de como se organiza a elaboração do textos seguindo as orientações da gramática. Os docentes se combinaram em trabalhar com seus alunos para que os mesmos se interagem e relacionam-se, trocando ideias, pois visse que alguns ficaram com dificuldades, mas que os professores utilizaram uma metodologia adequada de acordo o nível de cada turma, sei as crianças saíram bem nos trabalhos desenvolvidos, começando de tudo aquilo que eles já sabem, sendo que os ouvindo outras pessoas dentro da escola para a qual também possam explorar suas ideias. Para facilitar mais ainda, os professores durante a realização das aulas convidaram alguns anciãos da comunidade para participar junto com eles, contribuindo também pelo desenvolvimento da aprendizagem, principalmente, quanto se trata das crenças e mitos. E durante as aulas, observei também que aqueles alunos que dominam a língua espanhola na fala e na escrita, conseguem com facilidade a compreensão e interpretação das variedades textuais, inclusive os textos já produzidos em língua portuguesa e língua materna, por isso o professor antes de iniciar suas práticas pedagógicas devem se reunir para chegar numa conclusão de que a diversidade cultural quanto o ensinamento e a aprendizagem devem aprimorar os conhecimentos diversificados. E nas duas últimas turmas do 5º ano do II Ciclo, das professores: Elso Alexandre Geraldo e Arlindo Augusto Fernandes trabalharam com a produção textual que envolve assuntos relacionados a ética e cidadania, contextualizando as questões atuais da comunidade que nas últimas semanas do mês março, houve muitos acontecimentos, onde eles aproveitaram a escrever textos sobre os fatos ocorridos.

Quanto o uso da linguagem durante a realização das atividades observadas que cada uma possui sua concepção de ensino, como por exemplo, em língua Ticuna fizeram estudos aprofundando essa prática com dinâmicas e leitura dos textos variados entende-se também que o uso da língua materna é importante, pois quando se aprende escrevendo e lendo facilitaria mais ainda a compreensão da língua portuguesa pela tradução das palavras e como significados. Deste trabalho resulta-se a aquisição de novas experiências através das atividades com as crianças diante da diversidade linguística dentro do ambiente escolar, como por exemplo, aprendiz de um dialeto dominado pelas outras crianças. E também durante o acompanhamento pedagógico tive que impor atividades recreativas que faz com que as crianças consigam desenvolver suas habilidades, como cantar com eles em língua ticuna, português e ao mesmo tempo em língua espanhola. 

Portanto, o uso da linguagem oral e escrita é uma forma de transmissão dos conhecimentos e experiências já vivenciadas, mas é necessário a escola, principalmente os professores que atuam dentro da sala de aula consigam criar atividades dinâmicas das quais as crianças aprender e saber usar a Língua Indígena, Língua Portuguesa e Língua Espanhola na escola são um dos meios de que as sociedades indígenas dispõem para interpretar e compreender o mundo em que está inserido, sobretudo aquelas que dizem respeito aos direitos dos povos indígenas. Para isso acreditamos que os trabalhos desenvolvidos dentro do da comunidade escolar com as crianças indígenas, que tragam novidades para melhorar o processo de ensino e aprendizagem e ajudará muito pela aquisição de experiências através das línguas das quais dominam e que será útil para se comunicarem com outras pessoas, sendo que os professores que atuaram na turma do 2º ao 5º ano trocaram suas experiências durante as oficinas, onde eles aproveitaram trocando suas ideias e refletindo sobre as suas práticas pedagógicas, ou seja, interação de conhecimento que isso se dará um novo olhar para as crianças da comunidade escolar e que devem fazer parte do processo educativo, desenvolvendo e estimulando um cidadão critico e participativo de sua realidade e, para os mesmos não se sintam isolado dentro da sociedade em que se encontram e com o mundo dos brancos.

PERÍODO DE EXECUÇÃO: 

 Início:  03/2015     Término : 04/2015     

OBJETIVO GERAL

Realizar acompanhamento pedagógico às escolas do município de Tabatinga participantes do Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF), de modo a refletir uma nova perspectiva da práxis docente, a partir da execução do Projeto de Aprendizagem. 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Realizar acompanhamento diária das turmas contempladas do programa, garantido a sua formação crítica e respeitando a diversidade intercultural da realidade em que convivem.

Oportunizar o acesso à diversidade linguística às indígenas estrangeiras presentes dentro da comunidade escolar.

Desenvolver o processo evolutivo de ensino e aprendizagem do aluno, pelo reconhecimento e valorização da diversidade sociolinguística e, fortalecimento da identidade étnico cultural da comunidade escolar e das comunidades entorno.

PÚBLICO BENEFICIADO:

  • Professores das Escolas Municipais que são atendidas pelo PEIF: A escola Municipal Indígena João Ayres da Cruz, com 14 professores e 340 aluno no total.

MODALIDADE:

  • Presencial 

AÇÕES REALIZADAS:

  1. Reuniões com os membros da equipe para tratar das questões relativas ao acompanhamento dos professores nas escolas. (4HS.)
  2. Acompanhamento dos professores nas escolas na  aplicação do Plano de Aprendizagem numa perpectiva intercultural nos meses de março e abril.(20HS)
  3. Grupos de estudos com os professores de cada escola, identificando as necessidades para uma ação da equipe da Universidade.(6HS)

DIFICULDADES ENCONTRADAS:

  • Falta de recursos próprios do programa
  • Ausência dos tutores dentro do sistema educacional
  • Falta de materiais específicos para consulta

AVANÇOS:

  • Melhora o processo evolutivo do ensino e aprendizagem e rendimento dos alunos
  • Participação ativa dos pais dentro da escola
  • Intercâmbio das experiências práticas pedagógicas entre as escola próximas.

Tabatinga-AM, 16 de abril de 2015.

Supervisor do Município

Formador da  escola