SILVA, Andressa S.; SANTOS, Jamyle Rosa Bezerra dos. 

“Mulher: a mais nua das carnes vivas e aquela cujo brilho é o mais suave.”
(Antonie de Saint-Exupéry)

Durante a aula de filosofia do dia 05/11/2012 foi proporcionado aos alunos uma visita à sala de leitura onde foram distribuídos revistas de “FILOSOFIA” com diversos temas disponíveis para os estudantes escolherem. Cada dupla de alunos escolheu um tema de seu gosto e foi propostos que com esse tema se fizesse um relatório. Nossa professora especialista Andressa S. Silva nos explicou e demonstrou como seria feito esse relatório, onde escolheríamos três parágrafos do assunto que escolhemos e comentaríamos sobre eles. É necessário que tenha nesse relatório uma capa, contracapa, epígrafe, um sumário e também que nele esteja contendo a Introdução do relatório, o relatório mais específico, a conclusão, a referência e os anexos, que poderiam ser opcionais. Foi escolhida a reportagem A Mulher como questão humana de Navarro, Santos e Gretter por ser um tema atual, apesar de há muito tempo discutido.

 “A mulher exerceu um papel imprescindível no início da vida social, destacando-se por apresentar como função primordial a reprodução da espécie humana e por influenciar diretamente na produção social, ou seja, produzia tudo o que estava ligado a substâncias, fiação, tecelagem, alimentação e cultivo agrícola. No entanto, estas características não foram suficientes para garantir a valorização da mulher, por prevalecer o fato de que as relações interpessoais contem também um componente de poder e de hierarquia que se inicia com a forma de opressão “homem versus mulheres”, mas que vai se estender ao longo da existência da humanidade, a outras minorias (brancos versus negros, patrões versus operários, héteros versus homossexuais, etc.)” (p. 36). Talvez do ponto de vista de muitas pessoas com pensamentos antiquados, as mulheres continuam submissas e inferiores aos homens, mas estudos comprovam que hoje a mulher consegue dominar áreas que jamais imaginaram dominar, que mulheres conseguem fazer mais coisas ao mesmo tempo do que muitos homens. Essa questão hierárquica só existe na cabeça das pessoas, talvez sejamos mais inferiores em questões físicas, é óbvio, mas hoje em dia existem ainda mulheres com força igualada a de um homem, esportistas, fisiculturistas, entre outras. Mas não podemos deixar de fora o fato de que muitas mulheres aceitam serem dominadas e até gostam, ai vai de cada uma tentar ser vista como igual nos direitos e na liberdade.

“Se observarmos no contexto geral da história da humanidade, principalmente nas suas lutas por justiça e igualdade, percebemos a participação árdua das mulheres. Contudo, de um modo geral, na sociedade historicamente constituída, as mulheres sempre foram consideradas inferiores aos homens” (p. 39). A mulher luta por igualdade desde o inicio da história, e alcançou grande parte do que buscava como reconhecimento, liberdade, oportunidades. Um grande exemplo disso é a nossa Presidenta Dilma Rousseff que vem mostrando cada vez mais que a mulher esta conseguindo quebrar barreiras que jamais se imaginou. O fato de sermos consideradas “inferiores” aos homens é um pensamento um tanto quanto ofensivo, veja bem, a mulher hoje em dia já consegue de um modo ou de outro viver sem ajuda de um homem por perto, existem donas de casa, mães de família que trabalham e garantem o sustento de seus filhos sem ajuda de um homem. Grandes nomes como os de Maria Leopoldina, Chiquinha Gonzaga, Rita Lobato, Roseana Sarney entre outros, são nomes que vão ficar marcados sempre na história de igualdade de justiça a favor das mulheres.

“No Brasil, segundo a especialista em questão Feminista Margareth Rago, entre os anos de 1930 e 1960 ascende o movimento feminista, questionando a opressão machista. De fato, quando emergiu o “Feminismo Organizado”, nos anos de 1970, “em luta contra a ditadura militar, defrontavam-se com o poder masculino dentro das organizações de esquerda”, que impediam sua participação em condições de igualdade com os homens nos movimentos contestatórios de então” (p. 40). Vemos aqui que quando a mulher decidiu “protestar em prol da igualdade” muitos grupos machistas que dominavam as organizações naquela época como o exército, a política e os negócios, não aceitaram e impediam que as mulheres participassem de movimentos políticos da época. A luta contra a ditadura marcou o avanço da mulher, pois naquela época o militarismo era “mais que autoritário”, quem se rebelava contra o governo tinha que saber que corria riscos, e mesmo assim as mulheres foram atrás de seus direitos com grupos feministas e conquistaram seu lugar na sociedade.

Conclusão:

Após a realização do trabalho concluímos que mesmo com o mundo avançado como nos dias de hoje, o preconceito contra mulheres ainda é grande, muitos grupos machistas acreditam que a mulher sempre será inferior aos homens, mesmo estas mostrando que a hierarquia masculina não passa de um tabu que foi quebrado a tempo. O homem como sexo masculino sempre esteve acima de tudo, como a figura divina “Deus” é vista como um homem e não como um ser assexuado. E a partir daí talvez tenha começado essa hierarquia, Adão veio primeiro que Eva, o espermatozoide Masculino introduz no óvulo, entre outros. Acredito que as mulheres já mostraram suas capacidades perante a humanidade, e já conseguem exercer trabalhos que homes estão acostumados a exercer, manusear instrumentos que homens estão acostumados a manusear, e mostrando que cada vez mais a mulher merece ser reconhecida como igual.

Referência:

NAVARRO, Nayara A.; SANTOS, Beatriz O. M.; GRETTER, Francisco P. A mulher como questão humana. Filosofia, ano VI, nº 69. São Paulo: Araguaia, 2012. Pag. 36-42