I. Os primeiros passos do Percurso 

Ao iniciar-se o ano letivo de 2018, os professores regentes dos componentes curriculares de ciências humanas (Geografia, Filosofia, História e Sociologia) tiveram como propósito construir um projeto que envolvesse civismo, cultura, cidadania, além dos afazeres já previstos nos planos do Ensino Médio Integral para cada uma das quatro disciplinas. Em linhas gerais, a ideia era Civismo, Participação, Símbolos Pátrios e seus significados históricos, sociais e humanizadores. Houve três reuniões para, digamos assim, ajustar os ponteiros, depois do que ficou acertado o que se segue. Deu-se atenção especial a aspectos políticos tais como sistemas de governo, nação, Estado, democracia, países democráticos e instrumentos da cidadania utilizados no Brasil, como Plebiscito, Referendo, Consulta Popular e Eleições Regulares. A motivação do projeto teve seu assento delineado e definido a partir das expectativas que se avizinhavam, haja vista, ter-se-ia Copa do Mundo na Rússia, que aconteceria entre os meses de junho e julho, e também as eleições gerais no Brasil. Chamava atenção especial sobretudo a eleição para Presidente de República, depois da controversa deposição de Dilma e todo acirramento que ocorreu em torno desse acontecimento. Em um patamar menos evidente, mas não menos importante, figurava também o porquê da corrupção, passada e presente, e o espaço que cabe a cada pessoa em um processo democrático, constituído por partidos políticos e com voto direto para os representantes. Sob essa ótica, não querendo ser pedante, mas dizendo de modo enfático: é aqui que a educação, isto é, os componentes de ciências humanas têm seu papel decisivo. A democracia pressupõe o esclarecimento, o entendimento e a participação das pessoas. Daí segue-se a tarefa das ciências humanas, posto que são elas não ciências que trabalham com descobertas de regras naturais, mas com interpretação e explicação dos fenômenos humanos. As ciências humanas são conhecimentos que se ocupam de procurar entender como ser humano se move, se projeta, se entende e se define nos espaços geográficos, nos grupamentos humanos, como interpreta sua trajetória história e que sentido ela tem para a sua existência. De nada adiantaria, por exemplo, saber que a distância da Terra à Lua é de 384 mil quilômetros, ou que o ser humano tem 2 pares de 23 cromossomos, se não houvesse entendimento do porquê ser isso importante. As ciências naturais, via de regra, ocupam-se de descobertas, que culminam em Generalizações, Leis, Regularidades, a que denomina-se Teoria. Mas o que é uma Teoria? A democracia é uma Teoria. A história é uma ciência teórica. A geografia tem aspectos naturais – a geografia física -, por exemplo, mas tem aspectos que a inserem no rol das ciências humanas, ao lado da sociologia, da história, da antropologia e da filosofia. A filosofia, a rigor, não é nem uma ciência nos moldes acima mencionados. Mas o que ele é então? Esse é também um problema. A filosofia, acima de tudo, está preocupada em analisar como que nós humanos definimos uma coisa – o ente. Se falamos que há cultura, governos, partidos, a filosofia se ocupa em entender o que são esses seres assim denominados. A filosofia analisa descrição dos entes, das coisas, e procura ajudar a pensar coerentemente. II. Da duração do Projeto e da Forma O projeto integrado das ciências humanas foi delineado para estender-se durante o ano inteiro, com atividades semanais, para cuja execução sempre havia turmas previamente avisadas e agendadas. O que diferencia o projeto de outros, no entanto, é o fato de ele ser uma espécie de gerenciador de todas as atividades cívicas semanais que deveriam acontecer na Escola. Dizendo de modo mais incisivo, a ideia era envolver não apenas estudantes do EMITI, mas estudantes de toda a escola, desde os anos iniciais, do EF (Ensino Fundamental), somando-se ainda os anos finais do Ensino Fundamental e todo Ensino Médio. Iniciou-se o projeto com as Bandeiras dos países, bem como também aspectos históricos e políticos dos respectivos países. Mas que países? Afinal, o mundo tem algo que beira 200 países, 200 nações. Não seria possível abordar um universo tão amplo. Definiuse que seriam trinta (30) os países sobre os quais as abordagens aconteceriam. Também a Bandeira, confeccionada para a Semana da Pátria que dar-se-ia em setembro, seria formada pelas bandeiras desses trinta países. São então os seguintes países escolhidos. Da América: Brasil, México, Canadá Argentina, Estados Unidos e Panamá. Da África: Ilhas Maurício, Cabo Verde, Botsuana, África do Sul, Zâmbia, Benin. Da Europa: Noruega, Suécia, Islândia, Dinamarca, Reino Unido, França, Itália e Alemanha. Da Ásia: Japão, Coréia do Sul, Índia, China, Filipinas e Rússia. Da Oceania: Austrália, Nova Zelândia além de Uruguai e Colômbia. Esses dois últimos são países da América do Sul. [...]