Helaina Leandro Ferreira               

RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO

   O relacionamento entre pessoas no ambiente de trabalho é difícil, porque o autoconhecimento, empatia, autoestima, cordialidade, ética e principalmente a comunicação são necessárias no trato com o outro, a interação entre pessoas diferentes numa organização em um ambiente competitivo, faz-se necessário entender o comportamento humano dentro de uma empresa e compreender o quanto é significante a socialização dentro do trabalho, dado que,  a grande dificuldade do ser humano é harmonizar-se por um longo período em um meio que há pessoas de diversas opiniões, um verdadeiro desafio de convivência, onde todos tem só um objeto dentro da organização, ser um bom profissional.

Centro de Controle: a pessoa que acredita que é dona do seu destino é interna; que crê que o que lhe acontece é obra do acaso é externo. Maquiavelismo: a pessoa credita que os fins justificam os meios, é emocionalmente distante e tendencialmente manipuladora. Auto-Estima: a medida de quanto a pessoa gosta de si mesma. Auto Monitoramento: capacidade da pessoa de adaptar seu comportamento a fatores situacionais. Disposição ao Risco: gosto e habilidade de lidar com situações indefinidas e altamente imprevisíveis.

(http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_3mod/compor_organizcional/p df/co _aula04.pdf acessado em 20/03/2021)

Analisar o comportamento individual durante o trabalho é essencial para avaliar o empregado e verificar o nível de contentamento dos colaboradores, visto que a satisfação representa produtividade. “Conhecer pessoas, processos de grupos, cultura organizacional e o modo como esses processos interagem entre si, passou a ser uma exigência essencial de qualquer gestor que almeje sucesso no mundo dos negócios e das organizações” (QUADROS; TREVISAN, 2009, p.15).

As atitudes do individuo está ligado a diversos fatores, que vão à idade, sexo, estado civil, personalidade, capacidades físicas, aptidões intelectuais, elementos culturais, assim umas têm mais facilidades de aprendizagens e outras dificuldades, mas com grandes características, todos têm uma vivência e algo a ensinar ou a aprender, dado que é importante associar a concepção de trabalho que cada pessoa traz consigo, para que a pessoa desempenhe bem suas tarefas, invidual ou coletivamente,  dentro da organização. Para Katzenbach e Smith (1994):

O trabalho em equipe é formado por um grupo de pessoas em pequena quantidade, cujo conhecimento é complementado, os membros são compromissados com as metas e todos se mantêm conjuntamente responsáveis pela performance e alcance do objetivo, uma vez que a velocidade com que as mudanças ocorrem exige estruturas flexíveis e adaptáveis.

Por conseguinte o objetivo deste artigo é ressaltar a importância do relacionamento interpessoal como coeficiente, condição para o sucesso das organizações.

A relação interpessoal é a conexão cometida por duas ou mais pessoas em um mesmo contexto, retrata como os indivíduos se relacionam, tal como a qualidade dessas relações.  Nas organizações de médio ou grande porte é importante que os profissionais não percam a visão da equipe, colaboração, a tendência para ocorrer o distanciamento é natural, devido tarefas e responsabilidades diárias. O individualismo empresarial no mundo leva a um clima organizacional prejudicial, sendo o começo do fim da relação interpessoal, ocasionando disputas, desordem do trabalho e perda do foco da empresa, isto é, o desalinhamento do relacionamento interpessoal, faz com que um todo sofra na organização.

Atualmente um dos critérios para a permanência do profissional na organização não são apenas profissionais e técnicas de seus colaboradores,  o temperamento, atitudes (inclusive fora da organização),  são fatores significativos para a empresa, nesse contexto, a simpatia, o saber tratar e se comunicar, o respeito mútuo, ganham dimensões importantes na Gestão Organizacional. O site Infoescola relata:

O caráter de um indivíduo é o seu modo de ser, suas características próprias, seu temperamento. Ele é um traço da personalidade, que diz respeito à maneira usual de cada um agir. Este grupo de atributos, bons ou ruins, compõe o comportamento e os valores morais das pessoas, resultantes de um processo evolutivo do sujeito, de seu convívio com a família, a escola, a sociedade como um todo. Nossas qualidades e defeitos são inerentes ao nosso caráter.

(http://www.infoescola.com/psicologia/carater/ acessado dia 04/09/2011)

   O profissional deve se destacar não apenas pelo seu profissionalismo, cem como  pela sua habilidade de se relacionar e ser solicito a  seus colegas de trabalho, visando sempre a equipe, não basta fazer bem as suas funções, é importante ser diplomático, característica cada vez mais cobradas pelas organizações, necessário para  permanecer no mundo corporativo.

   Fatores que influenciam o comportamento individual estão ligados as influencias socioculturais, que vão da idade, sexo, estado civil, personalidade, habilidades físicas, intelectual.

Para Samara e Morsch (SAMARA E MORSCH, 2005, p. 54):
As influências socioculturais consistem de uma vasta gama de circunstâncias que incluem as variáveis sociais e as variáveis culturais do microambiente que nos envolve....A cultura pode ser definida como a acumulação de valores, crenças, costumes, conhecimento, conceitos, preferências e gostos passados de uma geração para outra dentro de uma sociedade.

As influências psicológicas se baseiam na motivação, personalidade, aprendizagem, atitudes, percepção e autoconceito. Entende-se que as capacidades interpessoais são necessárias, visto que as organizações promovem treinamentos direcionados aos profissionais de todos os setores para desenvolver tal habilidade. Os treinamentos aliam dinâmicas, conteúdos teóricos e instrumentais, faz com que o participante entenda é a sua comunicação com o outro, e visa a potencialização da boa comunicação, tendo como foco principal fazer com que haja a reflexão de todos, enxergar o quanto o bom relacionamento é importante para o crescimento da empresa, pessoal e profissional.

A comunicação é o canal que dentro da empresa está em primeiro lugar, pois é por meio dessa ferramenta que a equipe atingirá suas metas e êxitos.      A boa comunicação gera a motivação, uma vez que o indivíduo passa 70% do seu tempo se comunicando através de diversos veículos, enfim a comunicação é primordial para o desempenho pessoal como profissional.

No momento atual para as organizações terem destaques no mercado de trabalho é imprescindível o empreendedor ter o olhar sempre para o futuro, aplicar as técnicas, práticas e métodos adequadas para alcançar o sucesso. Fator primordial para crescer é o bom relacionamento interpessoal interno da organização, visto que, uma comunicação clara e bem empregada nos momentos propícios, levam ao ápice do entendimento, não ocasionando ambiguidades e adversidades no ambiente organizacional devido à falta de comunicação. 

   A adaptação no ambiente de trabalho contribui de diversas formas é importante respeitar as diferenças e extrair o que cada indivíduo tem de melhor, mesmo quando lidamos com alguém que não nos agrada, é preciso ser tolerante para que o relacionamento interpessoal no expediente  não seja prejudicado. O Gestor não visa apenas um bom profissional, que realize suas atividades efetivamente, o querer da organização vai além, almejando um funcionário que seja bom no que faz e que se posicione adequadamente diante da equipe e das diversas situações, saber escutar e saber falar são características significativas. 

Levando-se em conta todos os aspectos, foi entendido que quanto melhor o relacionamento interpessoal, maior a obtenção dos resultados da organização e o suporte das necessidades do Gestor, colaboradores e clientes, consequentemente serão satisfatórias no ambiente de trabalho.

Portanto, conseguir se relacionar bem no trabalho é uma das habilidades mais valorizadas no mundo corporativo, no entanto, é preciso ter cuidado para não exagerar nos relacionamentos, em razão de ser prejudicial ao desempenho profissional, deixando de produzir resultados positivos.


REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO


*QUADROS, Dante; TREVISAN, Rosi Mary. Comportamento Organizacional. FAE. Gestão do Capital Humano. Coleção Gestão do Capital Humano, n. 05, p. 1-16. 2002. Disponível em: . Acesso em: 10 maio. 2016.

*KATZENBACH, J. R.; SMITH, D. K. A Força e o Poder das Equipes. São Paulo: Makron, 1994.

SAMARA, Beatriz Santos e MORSCH, Marco Aurélio. Comportamento do consumidor. São Paulo: Prentice Hall, 2005.

http://arquivos.unama.br/nead/gol acessado em 20/03/2021

www.infoescola.com/psicologia/carater/ acessado dia 23/03/2021)