O imperativo que determina e se impõe, com inevitável insistência, nas sociedades humanas atuais, pode denominar-se por “Relações Humanas”, naturalmente bem construídas, sobre os alicerces dos valores ético-deontológicos e humanísticos, desenvolvidas através do diálogo assertivo, e consolidadas nos resultados do bom relacionamento interpessoal.

A sociedade é complexa, porque constituída por indivíduos únicos, também eles difíceis, titulares de deveres e direitos, individuais e coletivos. Qualquer que seja o papel que a cada indivíduo, ao longo da sua vida, vá desempenhando, ele terá sempre a inevitabilidade de se relacionar com o seu semelhante, sendo que uma grande parte do seu relacionamento se verifica em duas situações, maioritariamente bem definidas, no seu percurso biossocial: na família, na atividade profissional.

Pelo comportamento individual assim a sociedade caminhará, num determinado sentido, com objetivos nem sempre bem esclarecidos, devido, em muitas circunstâncias, à ausência de valores, de regras, de ações transparentes.

A sociedade poderá ser, obviamente, muito melhor em diversos aspetos da vida comunitária, desde que as relações humanas contemplem normas civilizadas, e eticamente corretas: «Para tanto é preciso que nossas ações profissionais sejam incorporadas de sentido humanitário, cooperativo e direcionadas para a justiça social, fazendo de nós profissionais, pessoas comprometidas e responsáveis enquanto parte construtora do tecido social e do destino de nosso povo. A análise crítica de nossas ações é que dará o direcionamento de nossa vida pessoal e profissional, fazendo de nós cidadãos responsáveis e comprometidos.» (PUGLIESI, 2006:2).

A tónica para o desenvolvimento de relações humanas sadias, frutuosas e duradoiras, passa pela ação comunicacional, pelo ato comunicativo entre pessoas, entre grupos, entre nações. Não haverá outro caminho mais seguro e pacífico, do que aperfeiçoar todas as técnicas, estratégias, metodologias para uma prática de relações humanas que possa estar acima de todo e qualquer interesse ilegítimo.

A instituição de um paradigma comunicacional impõe-se, hoje, primeiro quarto do século XXI, à sociedade universal, sendo urgente implementar todos os recursos possíveis, para que o relacionamento humano intercultural, interreligioso, intergrupal, interplanetário, seja uma regra e não uma exceção.

Só por uma atitude de leal e transparente comunicação, as pessoas se podem relacionar sem receio, com a certeza que o seu interlocutor compreenderá as posições do seu semelhante, porque também ele usará dos mesmos princípios e regras do diálogo assertivo, o qual conduz, seguramente, à felicidade, porque esta também se faz das relações entre as pessoas.

Não será de estranhar a análise, segundo a qual: «O paradigma comunicacional surge na cultura ocidental no contexto de uma crise social, política, ética e económica. A sua emergência assume, por um lado, o objetivo terapêutico de pôr fim a um conjunto de processos anómicos, (desorganizados), decorrentes da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais e, por outro, o desejo de difundir profusamente uma profilaxia baseada na comunicação, que permitisse evitar futuras ruturas e desequilíbrios sociais.» (DIAS, 2004:33).

 

Bibliografia

 

PUGLIESI, E. S. 2006). “A Ética e o Administrador” in: www.metrocamp.com.br (Artigos)

DIAS, F. N. Relações Grupais e Desenvolvimento Humano. Lisboa: Instituto Piaget. 2004

 

Venade/Caminha – Portugal, 2021

Com o protesto da minha permanente GRATIDÃO

 

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

 

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