RELAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS NA PRATICA PEDAGÓGICA: ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

SILVA, Vanessa Galvani da ¹.

LOPES, Adriana Ester ².

OLIVEIRA, Marcela Crepaldi de ³

RESUMO

O presente trabalho apresenta como tema Relação Étnico-Raciais na Prática Pedagógica: Anos Iniciais do Ensino Fundamental. O trabalho objetiva combate das dificuldades étnico-raciais na educação fundamental. O objetivo da pesquisa esta em mostrar a relação étnico-racial dentro da escola a fim de melhorar as práticas pedagógicas. Este artigo objetiva estimar o exercício pedagógico em relação aos conceitos étnico-raciais no currículo escolar. Abrangendo e habituando-se como a formação dos educadores esta cooperando para a lei 10.639/03, percebendo sua identificação étnica e de seus educandos. Foi realizada pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo foi com 10(dez) professores da Escola Municipal Nilo Procópio Peçanha em Alta Floresta MT. É a pesquisa de campo que buscou verificar junto aos educadores a utilização de conceitos étnico-raciais no cotidiano da prática pedagógica. Conclui-se que a política pública educacional requer mais empenho com a superação da heterogeneidade Étnico-raciais dentro do ambiente escolar e que a discriminação racial lesa o resultado escolar.

Palavras-chave: Discriminação racial. Escola. Preconceito.

1 INTRODUÇÃO

Nesta era contemporânea com  uma sociedade intensamente preconceituosa, aonde ser desigual jaz razão de discriminação, notadamente quando se trata da pessoa negra, onde por anos sofreu e sofre com preconceito e racismo. Constituindo assim, compete a nós vincularmos experiências habitadas e torna-las conhecidas ao dia-a-dia escolar, já que o efeito quando se fala do Afro descendente a discriminação racial é uma preocupação vivida não exclusivamente no ambiente escolar, mas em múltiplos campos ainda que de contorno sutil.

A escola tem um dos papeis fundamentais de promover as relações étnico-raciais, pois é no ambiente da escola que se recebe o alicerce para fazerem-se cidadãos dignos e bem aceitos diante a sociedade. Uma sociedade se cria incluso da escola, com o incremento da escola, dos educandos e a comunidade, isso coopera para a influência mútua dos educandos entre si, pois se sabe que todas as crianças têm direito ao ensino, ou seja, a educação, não importando a raça ou grupo social.

A Lei de Diretrizes de Bases (9.394/96) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino no Brasil orientam para a necessidade de práticas de cidadania, tendo como um dos objetivos principais orientar o trabalho pedagógico, e com esse objetivo, a escola tem que buscar o desenvolvimento de capacidade e desenvolturas que permitam compreender a sociedade.

De acordo com Cavalleiro (2000, p.82), o racismo é o ingrediente básico das dinâmicas e relações interpessoais entre os profissionais da educação e as crianças.

Também de acordo com Cavalleiro (2000), são várias as manifestações em que se podem comprovar a existência de discriminação étnica em relação aos negros, considerando que a realidade brasileira apresenta uma separação entre brancos e negros: brancos, na sua maioria, recebem maiores salários e no caminho contrário negros em sua maioria encontra-se na base da estrutura social, sem enxergarem possibilidades de melhoria em sua condição de existência e com mobilidade decrescente.

A UNESCO concretizou um estudo a propósito as inclusões raciais na escola e assegura que “[...] o conceito de raça implica considerar necessariamente a sua plasticidade, ponderando a dinâmica que a mestiçagem provoca nas relações sócio-raciais em termos de gradações, quer quanto a estigmas, quer quanto a aceitações e nomeações do outro” (UNESCO, p.145, 2006).

Embora esta questão seja de suma importância não há muita investigação a respeito da questão em Alta Floresta MT, docente necessitam cogitar propósito para hostilizar o complexo tipo de preconceito e discriminação em recinto escolar. Neste artigo, enfatiza especificamente as formas pelas quais os docentes implantam no currículo escolar a biografia e a tradição afro-brasileiras. É socialmente acentuar investigar se essa política de ação de combate ao preconceito contra a cor da pele nos colégios, garantida pela Lei 10.639/03, está sendo adaptada pelo poder público local e pelos docentes da cidade de Alta Floresta- MT.