As nações foram sob ocupação por algum tempo, e depois acordaram e levantaram contra seus algozes, muitos foram assolados pela colonização  que explora  dramas da pobreza e destruição indutora de violência e conflito. 

Povo marroquino foi um daqueles povos que foi colonizado por parte das injustas forças coloniais. Os espanhóis começaram sua guerra contra esse povo quando a Granada caiu em suas próprias mãos em 1492, tendo lançado ataques na costa do norte de Marrocos e praticam a pirataria para controlar as duas cidades marroquinas Ceuta e Melilla, além da pressão sobre uma série de ilhas marroquinas no Mediterrâneo e Atlântico.

E a partir daí foi imposto  sobre Marrocos um tipo de protetorado, tornando seu território sob controle de França e Espanha, e de acordo com o que foi decidido na Conferência de Algeciras, em 1906, isso permitiu aos países participantes controlar Marrocos, mantendo alguns símbolos de soberania e nacionalidade, autorizando  França a enviar o seu exército para Casablanca em 1907 e levar o Sultan a aceitar o tratado de protetorado em 1912, num momento em que Espanha disponha de as áreas de influência no norte de Marrocos (Al Rif) e no sul Ifni e Tarfaya, enquanto Tânger pemaneceu uma zona internacional, após a adopção da Convenção de Paris e o resto das regiões de Marrocos ficou sob o controle da França.

Mas a vontade pela vida e liberdade representada na pessoa do falecido Rei Mohammed V era de acabar com o poder dos colonialistas e obrigando-os a reconhecer a soberania, a independência de Marrocos e retirar-se da maior parte do território, e assim, em 1956, enquanto o colonial espanhol continua impondo sua vontade sobre o sul de Marrocos, considerado como uma plataforma  de base para incursões em África, mas o Reino de Marrocos não aceitou a situação  que seu território no sul esteja sob o colonialismo, o falecido rei Hassan II decidiu assim organizar a Marcha Verde para forçar a Espanha a retirar-se do saara.

Em 5 de novembro 1975, dirigiu-se o rei de Marrocos, Hassan II, um discurso para aqueles que participaram desta marcha, dizendo: "Amanhã, se Deus quiser, vai furar a fronteira, amanhã, se Deus quiser, será iniciada a Marcha Verde, amanhã, se Deus quiser vai recuperar uma parte do seu território e tocar sua areia como entrar numa terra que integra a pátria querida do pais".

350 mil marroquinos (10 por cento dos quais são mulheres) participaram dessa marcha. Quatro dias após o início da Marcha Verde, começaram intensos contatos diplomáticos entre Marrocos e Espanha para chegar a uma solução que garanta os direitos de Marrocos nas províncias do Saara. Das palavras do rei Hassan II contidas no livro "Memória  de um rei " quando foi interrogado pelo jornalista francês, "Eric Laurent", sobre o tempo exato para parar a marcha verde? resposta: "na hora em que todas as partes interessadas percebem que seja aconselhável a diplomacia para o Saara.

O fato de fazer participar os marroquinos na Marcha verde não foi uma decisão fácil, mas sim foi mais do que isso uma afirmação de que eles iriam voltar com ordem e virtude, convencidos de que a vitória será de seus lados, e isso que realmente aconteceu. "Em 9 de novembro 1975, o rei Hassan II declarou que Marcha Verde foi o sucesso chamando os participantes na Marcha Verde para voltar ao ponto de partida ou seja a cidade de Tarfaya.

Esta Marcha permitiu a Marrocos estender seu controle sobre todo o seu território no Saara. No trigésimo nono aniversário desta comemoração da Marcha, Sua Majestade o Rei Mohammed VI dirigiu a nação um discurso no qual ele disse, que "Marrocos permanecerá no Saara e Saara em Marrocos", decidido que "a iniciativa de autonomia é o máximo que pode ser oferecido por Marrocos", no âmbito da negociação para resolver este conflito regional. Alertando no seu discurso  real sobre a necessidade de Argélia  assumir a sua responsabilidade como "parte principal" do conflito.

"Sem culpar Argélia, a principal parte nesse conflito, existe uma solução. Sem uma visão responsável da realidade da segurança instável na região, não haverá estabilidade."

A Marcha Verde não foi un fato isolado, mas sim uma expressão da coerência e unidade da terra de Marrocos do norte a sul e do leste a oeste. Apesar das tentativas de alguns países influenciar a questão do Saara e tentar criar um povo do saara e um Estado virtual desse povo, mas o Estado marroquino desviou a batalha do saara de forma inteligente e sabidoria, a procura de uma solução de estabilidade apesar dos adversários mas com a perseverança e estratégia conseguiu chamar o mundo inteiro para convencé-lo do ponto de vista do Estado marroquino sobre o Saara, como terra marroquina e continuará sob a soberania da lei marroquina.... 

Lahcen EL MOUTAQI