Feito por Aline Morgan de Queiroz Dias, Edilce Teresinha de Barros Miercalm e Mariane Damke*

O foco das discussões sobre arte nos tempos atuais está na importância das atividades artísticas na educação escolar, como conteúdos e procedimentos de ensino, para promover aprendizados, favorecer o desenvolvimento de competências e propiciar uma formação integral ao aluno. Apesar das inúmeras modificações na forma de tratar o assunto na Educação Básica, nas últimas décadas, observa-se que ainda há escolas e professores que possuem uma concepção dicotômica sobre o assunto, que ora pressupõem que as atividades artísticas devam ser realizadas como exercícios monótonos de repetição de modelos, e em outro momento como ações de livre expressão, o que difere muito de profissional para profissional, e ocorre de acordo com seus gostos pessoais.

            Este trabalho busca auxiliar o pedagogo e o arte-educador, propondo uma reflexão sobre o ensino de artes, a partir de uma análise da história da arte, envolvendo seus mais conhecidos movimentos artísticos, no primeiro capítulo, demonstrando como é rica a produção cultural da arte europeia. Também se buscará contribuir com conceitos sobre o fazer artístico, uma metodologia de trabalho que seja significativa para os profissionais de educação, interessados em arte.

            O segundo capítulo apresenta a história do ensino da arte no Brasil, e as etapas que este passou, desde a chegada da Família Real ao Brasil, no ano de 1808, quando a educação adquire os contornos que até hoje tem, e as fases do desenvolvimento do ensino de artes, que vão da cópia mecânica, passando pelo desenho interior, até chegar a proposta de Ana Mae Barbosa, sobre o desenho cultivado, perspectiva atual, que herda os ganhos pedagógicos do passado.

            O terceiro capítulo tem o objetivo de incentivar o professor a proporcionar uma aula de artes seguindo a proposta de Ana Mae Barbosa, aprofundando suas características, que proporcionam aos alunos a oportunidade de apreciar obras de valor, produzir e refletir sobre o processo criador e sua relação com os patrimônios artísticos (releituras).

            Com a pesquisa, esperamos contribuir para a formação do pedagogo, especialmente com relação aos modos como se pode trabalhar com artes visuais, na Educação Básica, destaque ao Ensino Fundamental.

Para tanto foram consultados os autores Gombrich (2011), Proença (2005) e Barbosa (1983, 2001, 2005, 2007), a metodologia utilizada se caracteriza por pesquisa bibliográfica.

Para que um professor possa se fundamentar e proporcionar a seus alunos uma boa experiência artística, deve conhecer o básico sobre os movimentos artísticos que a humanidade vivenciou. Para tanto, foi preciso redigirmos este capitulo sobre a história da arte, fazendo um recorte sobre a história da arte ocidental. Pelo limite de linhas do trabalho, não contemplamos importantes manifestações e escolas como as orientais, africanas, indígenas, dentre outras. Mesmo dentro de nossa escolha, temos poucas obras, infelizmente. O recorte histórico feito também revela a colonização europeia do pensamento educacional brasileiro, devemos reconhecer. Selecionamos apenas três obras em cada período histórico – da arte gótica à arte contemporânea – pois seria impossível abordar todas as produções artísticas que foram se acumulando ao longo da história da humanidade. Proença (2005) foi a autora escolhida para fundamentar este capitulo, no qual apresentaremos brevemente alguns autores da arquitetura, escultura e pintura. Consideramos importante realçarmos para os alunos e crianças as diferenças entre estas formas de arte, não ficando apenas com a pintura, como tradicionalmente é feito.

*Professoras efetivas da rede municipal de Rondonópolis-MT