Capinzal: Minha Terra Natal! (Parte II)

Professor Me. Ciro José Toaldo

 

No artigo anterior escrevia a respeito do ‘Frigorífico Ouro’, neste enaltecerei alguns lugares encravados na minha memória, eles fazem parte da história dos 71 anos de emancipação política de Capinzal (SC).

Começando pela Ponte Pênsil, também conhecida como Ponte Velha ou Pinguela! Atravessei inúmeras vezes por ela para ir à casa de meus avós maternos, eles viviam na outra margem do Rio do Peixe, no município do Ouro (SC). Atravessar a ponte era uma aventura, pois é suspensa por dois enormes cabos de aço e o transeunte a sente mover. É emocionante! Tenho muitas recordações desta ponte.

Guardo na mente a Igreja Matriz de São Paulo Apóstolo e seu solene Sino. Este monumento contou com a participação efetiva de meus avós paternos em sua construção. Nono Anselmo (in memoria) contava longas histórias daquela construção! A torre do sino é imponente. Aprendi tocar o sino. Os capinzalenses ficavam sabendo quando alguém falecia pelo toque do sino. Havia o toque fúnebre de crianças e de adultos!

Também não me esqueço do Colégio Mater Dolorum, da Escola Técnica Padre Anchieta e da Escola Básica Belisário Pena. A Escola Padre Anchieta foi desativada, as outras duas continuam deixando seus registros! Poderia escrever muito relacionado a estes locais de aprendizagem: inúmeras atividades, além das histórias dos pleitos eleitorais! Enfim, tantas recordações!

Cine Glória e Ateneu Clube. Duas construções para rememorar muita história! Filmes, namoricos, festivais, eventos culturais e aventuras proporcionadas pelo Cine Glória! O Ateneu Clube, junto com o Arabutã Futebol Clube foram duas paixões de meu pai (in memória). Fiquei emocionado ao saber que estão reativando o Ateneu Clube! Parabéns!   

Não menosprezo nenhuma empresa que fez parte destes 71 anos de Capinzal, mas como estou tratando de minhas memórias, uma delas retratei no artigo passado, Frigorifico Ouro. Neste destaco outras três: a madeireira Hachmann, a Bitter Aguia e a Perdigão. A madeireira por ser um local aonde brincava nas pilhas de tábuas que ficava exposta próxima a via férrea, eram depositadas para serem transportadas pelo trem. Brinquei muito naquelas tábuas! Também tenho na mente tristes episódios de incêndios ligados ao Hachmann. 

Quanto a Bitter Aguia é uma empresa de um grande amigo de meu pai, o “laco” (seu nome é Adelino ele encontra-se acamado). Situada na Rua dos Almeidas (não sei se ainda é este nome), sempre meu pai me levava lá. Lembro que nos fundos havia um córrego e acima uma cancha de bocha. Enfim, marcou-me muito esta empresa. Por sinal, tem um bitter fantástico!

Quanto a Perdigão, foi uma empresa que chegou ao início dos anos oitenta, ela comprou o Frigorifico Ouro e acabou transferindo toda sua produção para a Cidade Alta de Capinzal, saída para o Zortea (SC). Lembro que cada vez que visitava o pai, ele fazia questão de mostrar como a Perdigão ampliava seu frigorifico, inclusive subíamos os morros para poder ver aquele crescimento! 

Estas foram algumas de muitas lembranças de Capinzal (SC)! Ainda escreverei um livro sobre minhas memórias ligadas com a minha terra natal. Que as escolas, ao retornar as suas atividades educativas, desenvolvam projetos pedagógicos no intuito de resgatar a memória do povo capinzalense e ourense. Afinal, vivemos no tempo aonde temos muita informação do mundo todo, mas muitas vezes os nossos ‘heroicos desbravadores’ estão esquecidos ou jogados em suas casas! Vamos rememorar o nosso passado, seja ele positivo ou negativo, pois o importante é saber que se hoje temos um Capinzal pujante e que atrai gente de todo os rincões é pelo fato de termos um passado, ele jamais deve ser esquecido.   

Mais uma vez: parabéns Capinzal (SC)!

Até o próximo artigo!