Os meus 36 anos, que daqui a pouco se encerram, foram marcados por situações que me mostraram um pouco mais a fé e a paciência. Tive momentos que me trouxeram insegurança, medo, consideráveis chateações e aborrecimentos. Foi um ano de aprendizado. Penso um pouco de um jeito que por mais que tento explicar, não vejo muitas vezes intenções de eu ser realmente entendido. Aprendi a conviver um pouco com a falta de DIÁLOGO, exceto pela minha mãe e irmã. O ano dos EGOS me deixou órfão para compartilhar ideias e dramas pessoais, mas houve exceções. Em todo esse percurso, a minha esperança foi um pouco aperfeiçoada, assim como a minha gratidão à minha mãe, sempre otimista. Recebi o colo necessário para não desistir de meus projetos. E na hora do desânimo, fui abraçado para continuar sorrindo. O que falar então da minha mãe? Guardo aqui a lembrança de um sorriso no lugar do silêncio sem solução; de uma conversa sincera mais do que um falar vago. Minha mãe teve em si a compreensão do que eu pensava, pois num meio de tantos, às vezes, me sentindo só, ela e minha irmã-filha estavam do meu lado, com fé. E sem eu perceber, aquela força que recebi se inverteu. Minha mãe teve problemas sérios de saúde e precisou de um pouco mais de carinho. Foi o ano em que tive que aprender a reconhecer minhas fraquezas mas nunca ficar nelas. Precisava de força. Muita força. Cri em Deus e me fortaleci diante da situação entre a vida e a morte que minha mãe passou. Situação essa que por mais que eu falasse, pedisse ajuda, informasse e até rogasse para darem atenção... restou apenas a paciência de suportar isso com o que tínhamos. Nessa circunstância fui ainda julgado, exposto, ferido e até abandonado; encorajado por poucos. Não precisei dar satisfação para quem nem queria saber o que acontecia. Daí a fé que falei e a paciência que tentei guardar para não me apegar (ou tentar) se apegar a coisas ruins trazidas pela ingratidão. Sofri calado, porém feliz! Não há preço que pague ainda termos que chamar pela palavra “mãe”. Tolos são os que ainda não perceberam isso com desculpas pífias e sem sentido. HÁ DIFERENÇA ENTRE DIZER QUE AMA EM TEORIAS VAGAS, E FAZER ESSE AMOR ACONTECER COM ATITUDES. Tão difícil e perceber isso, mas tão fácil de diagnosticar. E nesse instante, terminando mais uma fase em minha vida, avanço com os meus projetos, agora pensando um pouco mais no que pausei, dando início a harmonia entre família (próxima a mim) amigos e muito trabalho com seus desafios. Em paz, desejo que meus 37 anos sejam de construção pessoal, saúde para minha mãe que está bem graças a Deus, assim como também da minha afilhada; e condição espiritual para avançar muito além da limitação, da superficialidade e mediocridade na relação entre as pessoas, de si mesmos e dos nossos objetivos na vida. Que eu possa fazer a diferença e convidar para fazerem o mesmo nunca esperando ser compreendido, mas sim, compreender-se em paz para avançar nos seus sonhos! E na tentativa de viver em harmonia e equilíbrio diante do desafio da vida, aponto uma frase de Clarice Lispector que dizia “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”