Refletindo sobre a diversidade linguística -   Stella Maris Bartoni Ricardo

GEAN KARLA DIAS PIMENTEL
GRACIELE CASTRO SILVA
RENATA RODRIGUES DE ARRUDA                                                                                        

A linguagem é uma interação que se encontra em um contexto que sempre se modifica. Por essa razão, entende-se que a linguagem está sempre uma construção, pois a mesma, não se encontra pronta e acabada, mas sim, renovada em ressignificada no processo de interação entre os sujeitos. Além disso, nesse mesmo contexto entram em ação muitos outros fatores, como: cultura, afetividade, gestos, desejos.

Vale ressaltar que, o domínio social é um espaço físico onde as pessoas interagem assumindo certos papeis sociais. Os papeis sociais são um conjunto de obrigações e de direitos definidos por normas socioculturais. Os papéis sociais são construídos no próprio processo da interação humana.

Quando usamos a linguagem para nos comunicar, também estamos construindo e reforçando os papeis sociais próprios de cada domínio. Vejamos alguns exemplos. No domínio do lar, as pessoas exercem os papéis sociais que são construídos no próprio processo de interação humana. Vejamos alguns exemplos. No domínio do lar, as pessoas exercem os papéis sociais de pai, mãe, filho, avô, tio, avó, marido, mulher etc. quando observamos um diálogo entre mãe e filho, por exemplo, verificamos características linguísticas que marcam ambos os papéis. As diferenças mais marcantes são as intergeracionais (geração mais velha/ geração mais nova) e as e gênero (homem, mulher). Será que conhecemos bem essas diferenças sociolinguísticas que ocorrem na interação no seio de sua própria família.

Você pode observar que a transição do domínio do lar para o domínio da escola é também uma transição de uma cultura predominantemente oral para uma cultura permeada pela escrita, que vamos chamar de cultura de letramento.

O estudo das variedades linguísticas pertence ao campo da linguística: a sociolinguística. A sociolinguística tem sua aplicação no contexto do ensino e aprendizagem da língua portuguesa e vincula-se com a maneira como se dão a compreensão, aquisição e desenvolvimento da linguagem do sujeito.

A linguagem é um processo simbólico que tem as funções de: interação, comunicação e de discurso. Sendo assim, ao mesmo tempo em que a linguagem é apreendida pelo sujeito a partir do seu contexto, é também uma produção. Em palavras mais simples, o sujeito adquire a linguagem como produto social, histórico e cultural, mas também age sobre ela modificando-a, reelaborando-a e transformando-a por motivos mais diversos. Isso quer dizer que há uma relação muito próxima na interação do sujeito com a linguagem.

Esse conhecimento sobre a linguagem como um processo simbólico de trocas sociais e culturais nos indica a primeira aprendizagem: a linguagem apresenta-se características tanto do sujeito, ou seja, de acordo com os seus valores, conhecimentos, condição social, mas, ao mesmo tempo, das características de quem se destina a linguagem e do assunto.

O processo de interação pressupõe, então, que sempre devemos considerar: o contexto na qual ela ocorre (e cada contexto é especial e diferente); o assunto que é o tema daquilo que pretende ser transmitido; as características pessoais do sujeito que produz a mensagem (locutor); e a quem se destina a mensagem.

Esses elementos caracterizam as condições da linguagem. Importante também ressaltar que a linguagem sempre acontece dentro de um contexto que define e orienta como acontece essa linguagem. O contexto reflete os valores sociais e culturais dos sujeitos envolvidos na interação promovida pelos usos da linguagem.

A linguagem está intimamente relacionada à cultura, ao tempo e ao espaço nos quais se dão as interações humanas. Isso indica o fato de que a língua é um fenômeno dinâmico que também evoluiu e se transforma de acordo com a sociedade e sua cultura. Em palavra mais simples, podemos dizer que a língua é resultado dos fatores sociais e culturais que, por sua vez, influencial as interações humanas.

Podemos compreender que as regularidades da língua têm que ser seguidas pelos seus falantes. Contudo, a língua apresenta diferentes maneiras de se apresentar de acordo com o contexto no qual ela é produzida. Dessa maneira, podemos sistematizar que: as variedades linguísticas podem ser produzidas no interior de um grupo, produzindo dialético; as variedades linguísticas podem ser produzidas por cada sujeito em cada situação concreta na qual ele utiliza a língua. Este resumo foi baseado também no livro Ensino e Alfabetização.

Referência Bibliográfica:

Stella Maris Bartoni Ricardo, Educação em língua materna a sociolinguísticas na sala de aula,2005

Franco, Raquel Rodrigues Ensino e alfabetização II/ SP: Pearson Education do Brasil,2012