Recomeço

Relâmpagos rasgam o ventre da noite.
Pousam no ninho de amor não saciado.
Desejos perdidos na luta pela conquista,
jazem desprovidos de qualquer afeto.

Procura na memória viva dos sentidos
o retorno das emoções já congeladas.
Logo, uma faísca desprende-se do raio,
iluminando o quarto vazio de começos.

Destroços saciam a esperança faminta.
Cinzas são metafóricas acesas brasas.
secando as lágrimas de vãos lamentos
lembrando o momento do recomeçar.

Themis