REABILITAÇÃO APÓS RECONSTRUÇÃO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR: Uma revisão da literatura
Por Alejandra Keyse Sousa de Oliveira | 21/11/2024 | SaúdeA lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é comum na vivência clínica dos fisioterapeutas, e há vários questionamentos acerca dos métodos a serem utilizados. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar as intervenções fisioterapêuticas adequadas para o tratamento pós-operatório de LCA. Para a realização desse trabalho foram realizadas pesquisas nas seguintes bases de dados eletrônicos: Pubmed, Scielo e PEDro. Os termos de busca utilizados foram: anterior cruciate ligament, rehabilitation e reconstruction. Foram selecionados artigos somente em inglês que correspondessem aos seguintes tipos de estudos: ensaio clínico randomizado, revisão sistemática com ou sem meta-análise, publicados no período 2013-2023, disponíveis integralmente na base de dados e com aprovação da comunidade científica. Os critérios de exclusão foram: estudos do tipo revisão da literatura ou integrativa, análise de vídeo, estudos de caso e pesquisas publicadas em período anterior a 2013, que não correspondessem aos tipos de pesquisas pedidos e não abrangessem os conceitos relacionados ao assunto de interesse. A partir da estratégia de busca, foram encontrados oito (8) pesquisas na PubMed, três (3) na PEDro, e um (1) na Scielo. Os resultados mostraram diferentes técnicas terapêuticas utilizadas na reabilitação de reconstrução de LCA, mas nem todas mostraram-se eficazes. Diante disso, conclui-se que independente das diversas abordagens ainda há necessidade da realização de estudos científicos referentes ao tema, visto que as diretrizes de tratamento estão em constante atualizações.
PALAVRAS-CHAVE: Ligamento Cruzado Anterior. Pós-operatório. Reabilitação.
1.INTRODUÇÃO O ligamento cruzado anterior (LCA) é um dos principais ligamentos responsáveis pela estabilização da articulação do joelho, tendo como uma de suas funções a funcionalidade da amplitude de movimento (ADM) (PETERSON; RENSTRON, 2002). Em grande parte, as lesões de LCA estão associadas a prática esportiva de contato. Os pacientes lesionados queixam-se de sentir entorse, estalido, bloqueio de movimento, e sensação de falseio no momento em que ocorre a lesão (COHEN, 2007). Com o ligamento rompido, é necessário o procedimento cirúrgico, que tem como objetivo restaurar e estabilizar a funcionalidade articular, porém essa intervenção é uma técnica invasiva que envolve estruturas adjacentes no complexo do joelho, por isso é indispensável ferramentas capazes de complementar este tratamento, assim a fisioterapia é aplicada para evitar possíveis déficits funcionais e acelerar o processo de reabilitação (ARAUJO; PINHEIRO, 2015). Apesar de todas as estruturas anatômicas do joelho estarem sujeitas a sofrerem algum dano, a lesão do ligamento cruzado anterior é bastante vista na vivência clínica do fisioterapeuta e seu tratamento gera muitos questionamentos. Diante disto, as questões que norteiam esta pesquisa são: Quais fatores implicam para que ocorra uma lesão do LCA? Quais são os protocolos de tratamento fisioterapêutico cabíveis em pacientes de RLCA? Quais os efeitos terapêuticos dos diferentes recursos fisioterapêuticos em pacientes de RLCA? Assim, o presente estudo tem como objetivos analisar as intervenções fisioterapêuticas adequadas para o tratamento de pós reconstrução do ligamento cruzado anterior, bem como explicitar os mecanismos biomecânicos e as variáveis que podem interferir e causar uma ruptura de LCA, esclarecer as modalidades terapêuticas utilizadas para a recuperação de enfermos após reconstrução do LCA e integrar conhecimento ao fisioterapeuta a respeito da temática e por consequência contribuir na recuperação de pacientes com danos no ligamento cruzado anterior. Os protocolos de intervenção fisioterapêutica se tornam um marco essencial para o tratamento de indivíduos com prejuízo ligamentar. Justifica-se, portanto, este estudo, como pertinente para o enriquecimento da formação acadêmica em Bacharelado em Fisioterapia, como também a disseminação deste conhecimento à comunidade científica.