A disciplina “Metodologia da História” ministrada pelo professor Doutor Cláudio Alves de Vasconcelos, dentro do programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, Câmpus de Dourados – CEUD nos levou a refletir sobre as várias temáticas ligadas a História. Dentro das expectativas da pesquisa: “O Movimento dos Professores Públicos Estaduais de Mato Grosso do Sul à Luz do Novo sindicalismo” [1], as questões para a História do presente[2] trouxeram importantes contribuições.

“Questões para as fontes do presente” é um texto de Robert Frank[3] que faz uma reflexão sobre as fontes de “nosso tempo” e as dificuldades que o historiador enfrenta para escrever a história do presente. Inicialmente é colocado: “as fontes que estão marcadas pelo próprio presente são os depoimentos de testemunhas vivas, ou seja, as fontes orais,” [4] que para Frank, o vocábulo correto é “fonte oral” e não “história oral”.  História Oral é termo vindo do inglês que apresenta o inconveniente de sugerir uma história unicamente fundada na pesquisa oral, uma história militante, convencida da superioridade do “oral” sobre os arquivos escritos.

Qual é a confiabilidade da fonte oral? “O depoimento oral não constitui necessariamente uma prova, mas pode ser uma boa contribuição para a busca da prova ou das provas. A fonte escrita, também, considerada como mais nobre.” (p. 106) A grande questão colocada é quando a história oral só se fundamenta sobre as fontes orais, sacralizadas e consideradas como as únicas válidas sem serem cotejadas com as fontes escritas. Frank utiliza argumentos dos historiadores franceses Malberg e Descamps que demonstram que as fontes orais são insubstituíveis, não somente para cobrir lacunas, mas também para apreender todo um sistema de informações e além do mais, as fontes escritas raramente trazem explicações. As fontes orais sempre devem ser cruzadas com as fontes escritas. Pois, como diz Jean-Jacques Becker “se as fontes orais contribuem para cobrir os brancos da história, elas não devem servir para cobrir esses vazios com falsas informações.” (Chauveau,1999:111)...