A identidade é uma questão que parece complicada, em razão do que ela envolve em termos de complexidade e de ambiguidade.

 A identidade não é uma questão fácil para todos nós, porque ela trata de um assunto filosófico que ultrapassa tudo o que é tangível ou habitual.

 A identidade a discutir neste sentido  não é portanto tem nenhuma relação com a inspeção policial ou do ponto de vista étnica ou etnocêntrica. A  escolha é sobre o título "dentidade é masculino", no sentido que ela especifica um lado masculino mais favorável e louvável. Mas isso não significa a exclusão do sexo feminino, mas ao contrario se preocupa com à sua inclusão. Antes de tratar desta questão de identidade, é importante levantar algumas interrogações sobre as quais podemos se basear para discutir esta questão.

 Por que então a identidade? Existe realmente uma identidade? A identidade é singular ou plural? Onde está a identidade do homem? ... Estas interrogações e muitas outras, sem delimitar a margem constituem um desafio, cuja problemática não é nova, ela remonta bem aos tempos antigos da humanidade, lembrando da expressão socrática, a famosa formula: " Conhecer-se a si mesmo ".

 Por que a identidade? Esta interrogação não foi levantada só assim ou arbitrariamente,  o homem tem criado múltiplas identidades, as quais não as enriqueceram o homem, mas limitaram o seu progresso e aumentaram as suas ameaças que emanam dos semelhantes.

 De fato, a identidade, segundo a qual, implica uma necessidade do que um interesse, o que coloca a identidade em jogo, uma vez que os conflitos e as discórdias envolvem o conceito da identidade. Deste ponto de vista, todos os conflitos que ameaçam o corpo da humanidade dependem da compreensão da identidade, da complexidade, bem como das coisas estranhas e terríveis do termo.

 Algumas pessoas querem ser em nome de sua identidade, o centro do mundo, os islamistas neste caso. Essas pessoas acreditam que eles possuem a verdade, toda a verdade em suas crenças, sua religião, escolhida  por Deus, canalizando o rumo de toda a humanidade ao serviço de uma tradição, sem exceção. Quem ousaria se opor a esta vontade será punido, não somente por Deus, mas pelo fanatismo destas pessoas ou ainda por seus porta-vozes! A partir daí, a identidade religiosa torna-se uma peça fixa e imutável para eles.

 Acreditando que esta identidade religiosa é uma peça central, enquanto ela não esteja imposta pela força contra os outros. Todos nós precisamos de religião como uma parte inegável de nossas vidas, principalmente quando ela é  uma euforia ou conforto espiritual para as preocupações, bem como uma forma de solução para viver em paz com os outros. Esse modo de ver as coisas envolve outras pessoas como uma unidade individual que decorre de uma espiritualidade; trata-se de um sentimento que se vive intimamente por cada pessoa segundo à sua religião, à crença religosa, mas sem que esta esteja divina.

 Além disso, muitas pessoas acreditam no estilo de vida destas pessoas que visam o confronto, alguns tentam impor a identidade com obrigação, como o caso dos americanos ou dos ocidentais em geral. Estes últimos não vêem o mundo como uma entidade plural, mas sim como um só mundo que os pertence, o que engloba toda a humanidade. Razão pela qual eles se consideram  superiores por suas técnicas, suas tecnologias, suas razões de ser, suas culturas. Enquanto os outros não são aos seus olhos  que subordinados, não mereçam viver em paz se não sob sua tutela como escravos, esperando se tornar como eles, desenvolvidos, civilizados, liberados ...etc.

 Um destes dois exemplos a entender é o passado da história antiga e da religião, as conclusões a tirar desta identidade, comparada a  'fuga', concepto desenvolvido para designar o passado no contexto da morte.

 O segundo exemplo desta identidade  é a "arrogância", tal conceito envolve o nome do desenvolvimento científico pelo qual os ocidentais se identificam por muito tempo,  como sendo a identidade de proas  ou de civilização, o que impõe os valores da globalização ocidental; como os idéias.

 O que se constata, finalmente perante isso e que todas as guerras das quais sofre o mundo de hoje e de onte, decorrem das consequênicas de duas identidades as que se enfrentam, cada uma tenta vencer  uma ou obstruir outra. Aqueles que defendem a filosofia de identidade no sentido de desencadear os conflitos e as guerras que arriscam destruir uma vez por toda a raça humana. Pois estas duas identidades levam antes de nada a interrogar: se existe realmente o que se chama "identidade"? porque estes dois exemplos causa danos, cataclismos e apocalipses, o que leva a duvidar da existência do chamado '' identidade '' como sinônimo da destrução da raça humana?

 A identidade existiu e existe sempre. Mas a diferença desta identidade que se defende aqui não tem caracteristica de uma identidade obscura e dobrada sobre si mesma, em relação à uma outra identidade internacional, digna de ser imposta a todo mundo.

 A identidade aqui não tem somente  um aspecto, ou seja múltiplos desafios que são para umas certas pessoas a um tipo de identidade, aquela que eles consideram fixa  e infinita. E o fato de ser racista e fanático,  impede uma identidade religiosa que contempla uma forma da destruição dos homens.

 Para valorizar  a sua identidade, os conceitos da moralidade da vida social devem ser baseados sobre  uma forma de convivência pacífica para com os outros, cujo objetivo é demonstrar as diferenças e não as semelhanças como pretendiam os religiosos radicais. Mas as diferenças residem nas especificidades de uma identidade sinônimo  da riqueza. Bem como da curiosidade de descobrir, de provocar o diálogo entre as civilizações, o que consolida as relações inter-humanas.

 Deste ponto de vista, a identidade masculina é deduzida da identidade humana e da múltipla necessidade do homem, isso não significa que estamos distanciado um de outro, embora estejamos da mesma essência. A palavra '' idêntico '' é derivado da palavra 'identidade'', e idêntico significa semelhante, analógico, etc.

 Este conceito implica a existência de seu oposto, uma vez que a vida humana não é que uma dualidade, ou seja o termo '' diferente '' e semelhante na natureza humana. O resultado é que a semelhança precede a diferença, de modo que nos  também somos idênticos uns aos outros, compartilhando os muitos pontos e os valores comuns ou seja a humanidade.

 Pois a palavra '' homem '' diz tudo. Este termo masculino consegue abolir todas as diferenças que nos separam. O homem é afinal a essência da espécie humana, a nossa primeira identidade, ele é base comum para todos. Isto é o que importa em nossas vidas, e justifica o título " Identidade é masculino." As diferenças implicam enriquecer enquanto que o Homem nos une e faz de nós um tudo sólido, inquebrável e indivisível.

 Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário