O autor de este artigo é Sónia Moura Sequeira, Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta membro da equipe do site Therapion.com 

É sabido que alguns provérbios de outrora, deixaram de fazer sentido.

Este por exemplo, que se refere às crianças órfãs do pós guerra, numa altura em que as carências eram muitas.

A relação mãe filho também teve a sua evolução, mas sempre foi a base onde se equilibra a balança mental, quanto mais sólida e consistente for, mais estável e equilibrada a balança consegue ser.

E como se constrói uma base sólida?

Perguntam os pais preocupados pela saúde mental dos filhos. Porque por vezes. Porque por vezes quem tem tudo não tem mãe, e quem tem mãe não tem nada.

Lembro-me da Teresinha (de 10 anos) que na consulta antes do natal me confessou “já fiz o meu pedido de natal – queria que a minha mãe gostasse de mim”.

Aqui não está em jogo os sentimentos, mas sim, a demonstração desses sentimentos. É importante que a criança se sinta amada e querida pela família e pelos pais. Por vezes queremos dar tudo aos filhos e esquecemo-nos de que o que eles mais precisam é de amor e atenção. Quando falo de atenção é também estar atento a comportamentos que queremos diminuir e dar limite no momento certo de forma assertiva.

A vida profissional é muito intensa, a luta por condições melhores é constante. A preocupação dos pais, trabalhadores são múltiplas, não esquecendo que por tanto que querem dar e perdem o bem mais precioso, o amor dos seus filhos.

Para um equilíbrio saudável da mente das crianças, estas têm que se sentir seguras e terem um sentimento de pertença, primeiro à família, depois ao grupo de pares.

E lembre-se para ajudar a organizar o seu filho, você também tem que transmitir que está organizada. Será um tema para um próximo artigo.

Quem tem mãe tem tudo e quem não tem mãe não tem nada.