Quem surgiu primeiro...?

Talvez um dilema filosófico que todos nós já enfrentamos na vida (pelo menos quando éramos crianças) foi responder a pergunta:

- Quem surgiu primeiro: o ovo ou a galinha?

A esta questão, os evolucionistas responderiam que foi a canja (fazendo alusão à sopa primordial). Os criacionistas negariam prontamente, pois sem galinha, sem canja (o que está correto, uma vez que só vida pode gerar vida) e afirmariam que o ovo foi o meio que Deus criou para uma galinha gerar outra galinha... ou será que a galinha foi o meio que Deus criou para um ovo gerar outro ovo? Xi.

Mas antes desta, penso que a questão mais importante que devemos responder não é quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha? Mas sim quem surgiu primeiro: Deus ou o homem?

Isto sim faria toda diferença em TUDO o que pensássemos. Vejamos:

1. Se o homem surgiu primeiro, consequentemente Deus é invenção humana.

Então há muito tempo estamos sendo enganados pelo “sistema” (e religião faz parte deste “sistema”).

Portanto, pare de ser enganado, de se controlado. Não permita que manipulem sua mente, suas opiniões. Podemos defender qualquer coisa e fazer qualquer coisa que intentarmos porque não faz diferença alguma. No máximo, estaríamos desagradando o “sistema”. Mas que saber? Isto não nos incomoda! Muito pelo contrário: temos que ir contra este “sistema”. Vamos comer, beber, transar a vontade com quem quisermos e como quisermos, vamos curtir, vamos aproveitar a vida ao máximo (isto é, sem pensar em consequência alguma) porque tanto faz.

- Temos que ser contra o “sistema” em toda e qualquer instância. Menusniumacoisinhasó: É que precisamos do “sistema” para continuar nos prover de tudo o que precisamos para curtir. Sem “sistema”, mano, não tem curtição!

E apesar de ser tão falado e criticado, ninguém sabe responder exatamente o que ou quem é este “sistema”. Se é fruto da mente de um homem ou do coletivo. A quem interessa que a coisa continue caminhando como está? Quem está no controle? Quem são os maiores beneficiados? Para onde estamos indo? De onde viemos? Afinal quem somos??? Dilemas e mais dilemas. Muita especulação sem respostas concretas.

 Mas uma coisa é certa (e perceptível): estamos todos no mesmo barco... e este barco navega lentamente para um precipício. Dentro deste barco tem festa no deck superior para uma minoria; muita gente trabalhando para manter o barco funcionando nos corredores, cozinha e sala de máquinas; e nos porões encontra-se aquela carga que ninguém deste barco deseja ver, mas que seu odor exalado chega às nossas narinas vez ou outra, conforme o vento: muita miséria, choro, lamento, dor e sofrimento. Mas o barco segue seu rumo silenciosamente. O “sistema” é quem manda.

E se o “sistema” fosse outro? O barco continuaria navegando e o curso do rio seria exatamente o mesmo...

Vez ou outra um intelectual fala. Depois um moralista dá sua opinião. O religioso prega e traz uma mensagem de desconforto. Há aqueles que não se conformam com a passividade humana e tentam expressar através de suas artes todo seu descontentamento. Aqui ou ali começam gritar em verso, prosa, música ou mega-fone: Ô vida de gado... povo marcado, povo feliz... eu também tô no barco... não tem como sair daqui!

E sabe o que todos têm em comum além de estar no mesmo barco? Sua fé. Todos eles creem que o homem (ser humano) é o mais importante.

Ah, tem também a banda cult do “sistema”. Esta também trabalha baseada no mesmo pressuposto. Fala, fala, fala, fala. Tem opinião formada prá tudo. Mas apenas uma minoria é ativista em prol da humanidade: o homem pelo homem.

Eles conseguem enxergar os séculos de dominação política, religiosa, econômica e cultural imposta sobre nós, simples mortais (...que vivemos como se nunca fossemos morrer). Defendem a liberdade de pensamento, desde que todos pensem exatamente como eles pensam. O problema é justamente este: liberdade. Por mais que a defendamos, ninguém admite que outros formem opiniões diferentes da sua por também exercerem o direito de pensar livremente!

- Tsk! Pura ironia...

- Do destino... Alguns completarão.

- Não, não existe destino! Outros alegarão. E aí a discussão começa.

Bom, de qualquer forma, a palavra de ordem é protestar, é ser do contra. Sempre. Afinal, “obediência faz mal à saúde”, dizem. Mas vamos supor que a partir de amanhã, cada pessoa no mundo possa fazer TUDO o que tiver vontade, sem medo de represália nem de consequências, o que aconteceria?

- Imediatamente? O caos!

- Só isso?

- Não... Daí, gradativamente mergulharíamos em trevas, onde a lei do mais forte impera. Aí, a vontade de um grupo seria imposta á força, e todos teriam de se submeter a ele...

- Ué, não é assim que vivemos?

- É, mas o “sistema” já está meio que estabilizado, e se isto acontecesse muita gente morreria antes de ele se equilibrar de novo. A humanidade seria reduzida a apenas alguns milhares em poucos anos...

- Isto não seria nada bom...

- Mas do jeito que está também não está nada bom.

Então qual vontade deve vingar? Qual nós devemos levantar a bandeira e dar nossas vidas para defender? Do cult? Do inconformista? Do vizinho moralista? Do político oportunista? Do relativista? Do economista? Do taxista? Do fornecedor de produtos alucinógenos e relaxantes? Do biólogo ateu ou do religioso bitolado? Afinal, estes tem a resposta para o início do duelo final:

- A culpa é de Deus... ou será que é do homem?

A briga está instaurada. E cada um cuida do seu filão!

2. Mas se o homem é invenção de Deus, isto muda tudo.

Há um propósito para o homem e tudo o que Deus criou.

Deus não criou o “sistema”, mas os homens o criaram. E este “sistema” dita exatamente o que você deve pensar e como deve se comportar (não importa para que banda do “sistema” você se desloca): coma, beba, transe a vontade com quem quiser e como quiser. A banda moral do “sistema” dirá: só não deixe os outros saberem. A banda podre do “sistema” (num gesto de amor e carinho) arriscará a própria vida para fornecer a substância necessária para você curtir e aproveitar sua vida inútil ao máximo. A banda cult do “sistema” dirá: é para abrir sua cabeça, aliás, nadavê esse lance de proibir... isso é coisa do “sistema”.

- Eita, minha gente... vamo entrá nessa di novo não!

É interessante observar que a humanidade viveu inúmeros momentos de crise em sua história como guerra, pestes, fome, catástrofes naturais, etc..., e que em todos estes momentos, a luta era pela unidade da família e pela preservação da vida.

Por outro lado, em momentos de “paz” a coisa se inverte de tal maneira que quando desfrutamos de aparente segurança começamos a lutar por outras causas, estranhas à manutenção da vida. São nestas horas que se levantam vozes a favor das drogas, do aborto, da sexualidade livre, da desintegração da família, da rebeldia como estilo de vida, etc.

E este “sistema” (que é promovido por todos nós), ainda fará de tudo para não pensarmos em consequências. Cada ala deste “sistema” trabalha em prol destes “direitos de todo cidadão”.

A ala intelectual fornece argumentos convincentes, a científica provas incontestáveis, a política regulariza através de leis, a artística populariza e embelezará cada medida adotada. Não podemos esquecer da ala religiosa do “sistema” (um verdadeiro supermercado). Esta há muito vem trabalhando, encarregada de distorcer a imagem de Deus, de amedrontar e manipular as pessoas pelo medo... que aliás, foi o primeiro sentimento negativo que temos registro na Bíblia, logo após a mentira e a desobediência.

Penso que conhecer a Deus é ir contra este “sistema” que estamos inseridos. Não conforme este “sistema”, mas de todo coração, alma e entendimento.

Não se conforme com este “sistema”, não se amolde ao padrão deste mundo, mas transforme-se pela renovação da sua mente! Para que você seja capaz de experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para sua vida.

Se há uma vontade que vale a pena seguir, é a vontade de Deus. Se toda humanidade fizesse a Sua vontade (não dos religiosos, não do “sistema”, mas a vontade de Deus) a Terra seria o melhor lugar para se viver.

Então, considere Deus. Considere-o em tudo o que você pensar e planejar. Considere o que Ele pensa antes de dar sua opinião humana.

Não viva como se Deus não existisse.